Saleitura 03/06/2013
Essa noite eu não dormi, sei lá, ando estranha nos últimos dias.Estranha e meio sem rumo... ando me sentindo como nos meus dias de adolescente quando eu pensava que nada ia dar certo e o mundo não era feito para mim.... Fernando Pessoa escreveu: "O mundo é para quem nasce para o conquistar / E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão." Eu ando pensando muito nisso.
Quando eu estou assim uma das minhas válvulas de escape é mexer em meus livro, já mudei tanto a localização geográfica dos livros na estante que nem lembro mais como era no inicio. Foi nessa brincadeira de desorganiza/organiza que reencontrei com e"Cinco Dias em Paris", uma dos livros mais cálidos da querida Dani Steel.
Nele ela simplesmente costura na cidade mais romântica do mundo um encontro entre duas pessoas que andavam meio perdidas de seus focos, meio sem rumo, sem norte e sem lar - que é um pouco diferente de casa simplesmente. Peter do alto de seu cargo no laboratório da família de sua esposa já se encontrava muito longe do objetivo que o fez sair da casa de seus pais com sua vida simples e de sua família para batalhar tanto. E Olivia, uma mulher charmosa também não se encontrava no melhor dos seus dias e no entanto a partir do encontro deles algo vai mudar.
De repente do encontro dos dois nasce algo que os impulsiona a buscar algo, a reavaliar a vida e seguir um rumo novo, isso tudo depois dos 30/40, nem Olivia e nem Peter são adolescentes ou pós-adolescentes em crise, são pessoas com as vidas construídas e que podiam deixar o momento passar e ninguém os julgaria por isso e no entanto a Dani escolhe os fazer dar uma guinada na vida.
Acho que essa é a característica que mais gosto nos romances dela, a forma como ela constrói personagens capazes de superar conflitos emocionais e ao menos tentar vencer em qualquer idade, em contextos adversos.
"Cinco Dias em Paris" é um bom livro, bem escrito, sensível, com um final feliz, estou falando dele não só porque preciso de uma reviravolta bem tipo Dani Steel, mas também com o intuito de me despedir, nessa ultima arrumada na estante separei alguns volumes para praticar o desapego e deixar em algum ponto da cidade, banco de praça, ônibus urbana ou ofertar a alguém e entre os livros ele se encontra.
E não, desapegar para mim não é fácil, cada livro em minha estante tem uma história própria e um sentido de está aqui. Cada livro ou foi presente de alguém querido ou foi comprado com diferentes graus de sacrifício. Não costumo me desfazer de livros por não desejar mais voltar a ele e sim por achar que talvez haja pessoas por ai que possam gostar dele tanto quanto eu gostei ou ainda mais.
Ah, aposto na ideia de esquecer/perder um livro porque um uma vez adicionei a multidão de meus sonhos o desejo de ter uma biblioteca minha, recentemente descobri que apesar de minha coleção de livros não ser grande já é uma biblioteca então convivendo com a Luma do Luz de Luma, yes party! adquirir um novo sonho, a saber: "Viver em um mundo que seja uma grande biblioteca!".
Leitura e resenha by Pandora
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link postagem na Saleta de Leitura
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