Os Crimes do Amor

Os Crimes do Amor Marquês de Sade




Resenhas - Os Crimes do Amor


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Bu 04/10/2020

Um pelo apanhado
Os textos de apoios são excelentes, as primeiras 50 páginas são deles. Os contos são diferentes do de costume vindo de Sade, mas nada simplório, muito bons e pelo que vi não é compilados em outras coletâneas, creio que pelo fato de ser realmente ser um pouco distintos do modo de abordagem dele. Gostei bastante e recomendo para qualquer um e especialmente para que curte Sade e nunca leu esses contos.
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Wesley Taciturn 26/04/2011

Ao contrário da ideia dada pela capa, o livro reúne contos diferentes dos famigerados textos "pornográficos" do Divino Marquês.
As histórias foram feitas para "provar" aos que o criticavam durante a fama de Justine (obra a qual Sade negou piamente a autoria [tal negação encontra-se nas "Notas sobre romances",que está na primeira parte do livro]), que ele podia escrever histórias não subversivas, com traços moralizantes à la Voltaire em seu "Cândido" e que não contrariassem os princípios republicanos da Revolução Francesa e a "ditadura" robespierriana.

Os personagens, em via geral, são quase sempre um "bonzinho" e um "libertino". O inocente por culpa do amor ou da busca pelo amor acaba sendo frustrado perante a corrupção desencadeada sem querer por ele próprio ou intencionalmente por alguma pessoa libertina que chega a extremos para ludibriar e alcançar seu objetivo (este último caso ocorre no melhor conto do livro: "O criminoso por virtude").

Alguns contos são bastante cansativos por causa da repetição e exagero em descrições desnecessárias,como ocorre em "A dupla prova", onde a magia e abstração são tão esmiuçadas que ao chegar na metade da história fica difícil manter o ritmo de leitura, tamanho é o pedantismo.

Traços pré-romanticos são notáveis em todo decorrer das narrativas. A começar pelos personagens,sempre representantes da elite da época, indo até a ambientação que, em alguns momentos, lembra-nos espaços góticos onde a fantasia e o grotesco entram em embate sondando a realidade e mentalidade das personagens.

Em geral a obra é boa pois mostra o outro lado da personalidade dual de Sade (tanto em relação a sua vida quanto em relação ao fazer literário). E prova que apesar da reputação que nutre desde seu tempo,o Marqês era bastante são quando se tratava de manter-se vivo (tanto resistindo à forca da Revolução, quanto tornando sua obra viva até os dias de hoje).
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Igor.Silva 16/06/2020

Muito bom o livro..
Marquês de Sade foi uma pessoa muito inteligente, um pouco de conhecimento sobre tudo... Seus contos são repleto de alegorias brilhantes.
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Anderson916 05/09/2021

Um outro Sade que acabei de conhecer...
...e amar, adorei as histórias, muito bem contadas, posso ate exagerar mas na última história no finzinho dela me pareceu que estava lendo Shakespeare... Kkkk
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Samu 03/06/2016

Sade sendo Sade
O livro é muito bom, embora falte muitas das loucuras do marquês. Achei um tanto contido, com uma linguagem um pouco dificil, mas vale o esforço.
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Jornal Nota 09/05/2020

Os Crimes do Amor, de Marques de Sade: quando o sadismo se debruça sobre os sentimentos
Os Crimes do Amor é o livro de Sade conhecido por ter menos conteúdo erótico, apesar de incorporar dele os prazeres de um mundo convulso, tendo como foco principal as atrocidades e manipulações envolvendo relacionamentos, as diferenças de gênero e as perversidades humanas em torno os temas do amor. O sadismo, desta vez, se desloca dos prazeres do corpo e se concentra nos prazeres e agruras das regras e moralidades de uma sociedade em transformação. A principal característica destes novelas é uma relação direta com a cultura oriental, em especial com o mundo mágico e também repleto de profundo reflexão sobre corpos e erotismo dos contos árabes das Mil e Uma Noites, incorporando, inclusive, muitas de suas principais características.

Leia a resenha completa no link!

site: http://notaterapia.com.br/2020/05/06/os-crimes-do-amor-de-marques-de-sade-quando-o-sadismo-se-debruca-sobre-os-sentimentos/
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Eni Miranda 18/04/2012

Resenha de "Os Crimes do Amor" no www.doseliteraria.com.br
http://www.doseliteraria.com.br/2011/11/os-crimes-do-amor-quando-sade-quis.html
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Patrícia 21/11/2011

Resenha no Dose Literária
http://doseliteraria.blogspot.com/2011/11/os-crimes-do-amor-quando-sade-quis.html
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Dose Literária 02/08/2013

Quando Sade quis escrever a gosto do público
Quem já leu algumas obras de Marquês de Sade como “120 dias de Sodoma” ou “Justine”, vai se impressionar ou se decepcionar com os contos de “Os Crimes do Amor”.
Para quem ainda não leu, aconselho primeiramente atentar-se a apresentação, aliás, ótima apresentação do livro por Marília Pacheco e Elaine Moraes que explica muito bem a obra e Sade.
“Se a crueldade aqui é mais psicológica, se a tortura é mais cerebral, se o suplício é mais fantasmático – deixando o corpo em silêncio – nem por isso a dor é menos pungente” descreve Elaine em sua apresentação e acrescenta:
“Este outro Sade é, no fundo, o mesmo”.

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2011/11/os-crimes-do-amor-quando-sade-quis.html
Marcelo.Alencar 26/08/2016minha estante
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Henrique 25/04/2014

Me surpreendi ao ler as quatro novelas que compõem esse livro. Eis um trecho de uma delas, Dorgeville: " Ó vós que ledes esta história, possa ela vos convencer da obrigação que todos nós temos de respeitar os deveres sagrados, cuja perda torna-se insuportável quando deles nos desviamos. Se contidos pelo remorso que se faz sentir na quebra do primeiro freio, tivéssemos a força de nos determos ali, jamais os direitos da virtude se destruiriam totalmente; mas nossa fraqueza nos conduz à perdição, conselhos terríveis corrompem, exemplos perigosos pervertem, todos os perigos parecem dissipar-se, e o véu só se rasga quando a espada da justiça vem enfim deter o curso dos acontecimentos."

Pois o autor desse trecho é o mesmo desse aqui: "Ah, renuncia às virtudes, Eugénie! Haverá algum sacrifício feito a essa falsas divindades que valha um só minuto dos prazeres que sentimos ultrajando-as? Ora, a virtude não passa de uma quimera cujo culto consiste em imolações perpétuas, em inúmeras revoltas contra as inspirações do temperamento." Sim, é o Marquês de Sade.

Não sei se ficaram surpresos como eu fiquei ao ler o trecho do primeiro parágrafo: Sade defendendo o amor, a virtude, a religião, falando em Deus! Logo Sade, individualista, ateu convicto e libertino declarado! O autor de Filosofia na Alcova e 120 dias de Sodoma! Pois sim, é ele mesmo. Em Os Crimes de Amor, Sade defende o amor e a virtude. Nesse livro não lemos nenhum palavrão, nenhuma descrição do ato sexual, nenhum sarcasmo ou ironia; vemos muito romantismo e nenhum erotismo. É um Sade totalmente diferente. Tão diferente que nem caberia nesse blog, mas resolvi postar a resenha desse livro aqui para compartilhar essa curiosidade, esse outro lado desse grande escritor erótico.

Em Os Crimes de Amor, como o próprio nome diz, nos são apresentadas alguns crimes, entre eles assassinatos, mas são todos eles condenados. Há tragédias, inclusive com mortes, mas todas em razão do amor. Algo bem estranho a um autor que costuma defender a crueldade e tece discursos não só incentivando, mas também justificando o crime. A especialista na obra de Sade, Eliane Robert Moraes, argumenta que, nesse livro, vemos outra face de Sade, a do escritor e não a do filósofo. Aqui ele está mais preocupado em exercer sua literatura do que compartilhar sua filosofia.

Mesmo fugindo de suas características, Sade nos apresenta um bom livro, com boas histórias e personagens interessantes. Além da qualidade das trama, outra coisa não mudou: sua ótima e inconfundível prosa. Aí vai uma avaliação rápida das quatro novelas que compõem o livro.

site: http://apenaobscena.blogspot.com.br/
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pirocadeperuca 04/10/2022

não é ruim, mas também não é bom.
a apresentação de Marília Pacheco em si é certamente mais cativante e desenvolvida que alguns dos contos presentes na obra. o primeiro, A Dupla Prova, foi simplesmente irritante. extenso, abarrotado de detalhes - senti vontade de enfiar o celular na bunda e esquecer do livro. em seguida, A Torre Encantada: a viagem do protagonista por um inferno bem esboçado e outras tantas aventuras que sequer me lembro, expressando diversas críticas sensatas a respeito de diversos tópicos, foi instigante, mas não marcante. depois, O Criminoso por Virtude: este sim foi interessante, e o final, surpreendente. por fim, A Condessa de Sancerre, a melhor dentre as narrativas: intrigante, com uma vilã cruel e ardilosa, que faz de tudo para ter o amante da própria filha. ao contrário de outros personagens lascivos típicos de Sade, as atrocidades planejadas pela Condessa demonstram uma perversidade singular (não somente por suas maldades serem direcionadas à própria filha, que acredita piamente estar sendo auxiliada pela mãe o tempo inteiro), uma frieza que acredito ser mais maligna (ou, pelo menos, mais bem desenvolvida) do que a de seus outros malfeitores.
enfim, não é uma bosta, tem a escrita característica de Sade (ou maçante ao extremo ou de uma fluidez admirável (de um jeito ou de outro, muito bem escrito)), alguns contos legais, mas não é nem de longe uma obra memorável.
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