Resenhas - A Deusa no Labirinto

Alberto 02/02/2022

Protagonismo feminino no universo da Tormenta
Eu gostei bastante do livro anterior da autora, A Joia da Alma, e fiquei satisfeito em ver o mesmo grupo de personagens em uma nova aventura no universo do RPG de mesa Tormenta. A diferença é que dessa vez o foco é bem maior na elfa clériga Gwen, protagonista da história.

O enredo é simples, sem tramas complexas, mas não deixa de ter alguma reviravoltas animadas e boas cenas de ação. No próximo livro, gostaria de mais foco na medusa e no goblin.

Gabriel.Passos 29/04/2020

A Deusa no Labirinto (sem spoilers)
A Deusa no Labirinto é uma obra fantástica! A autora apresenta o cenário de modo imersivo, desenvolvendo ainda mais os personagens introduzidos em A Joia da Alma, enquanto nos apresenta novos personagens interessantes e muito bem construídos e com suas próprias questões.

O protagonismo feminino é marcante e se sustenta de forma orgânica ao longo da história. As questões polêmicas presentes do texto (escravidão, machismo, sexismo e misoginia) são tratadas pela autora com grande respeito e delicadeza, não expondo o leitor ao intolerável.

A narrativa começa em um ritmo acelerado, cai um pouco após os primeiros capítulos e sobe gradualmente enquanto a protagonista passa a lidar com as consequências de suas escolhas. O ritmo dispara desenfreadamente no arco final, apresentando conflitos surpreendentes e empolgantes, com problemas épicos e reviravoltas ainda maiores. O final consegue ser gentil, catastrófico e absurdamente impactante para o cenário.

A Deusa no Labirinto é parte do cenário de Tormenta, o maior RPG nacional, e, além de ser uma magnífica história de aventura e fantasia, é um marco para o desenvolvimento do cenário de jogo.

Ana Monique Souza 20/04/2023

Muito bom
Este livro de autora brasileira trouxe bastante reflexões. Não é perfeito, mas é muito bom. Me diverti, trouxe pensamentos, que se não fosse obra de fantasia, não teria num livro teórico.

Messyo 20/04/2023

Conhecimento liberta ???
Assim como no outro livro da série, Joia da Alma, esta obra tenta retratar uma aventura num mundo de fantasia com uma pegada mais dramática. Na minha visão, diferentemente do Joia da Alma este livro distribui mais o tempo entre a personagem principal e os coadjuvantes, mostrando várias passagens com núcleos de personagens diferentes. Outro grande ponto é como o lugar onde a história se passa é bem escrito, com descrições bastante imersivas. Mal posso esperar para um próximo romance de Tormenta dessa autora.

Jefferson Frias 30/03/2020

Maravilhoso
Empolgante, surpreendente, apaixonante, assim é A Deusa no Labirinto de Karen Soarele. O livro encanta e surpreende a cada página e culmina numa revirada que coloca de ponta cabeça o mundo de Arton. Perfeito!

J. R. P. LIMA 05/07/2021

Alimento para almas aventureiras
A Deusa no Labirinto é uma maravilhosa obra escrita por Karen Soarele. Finalista do Prêmio Jabuti de Literatura, um dos mais importantes do Brasil, este fantástico livro nos leva a Capital de um Reino escravista, Tapista, no Império se Tauron.

Acompanharemos Gwendolyn, Gwen, a Clériga de Tannah-toh deusa do conhecimento. Nessa aventura que possui o grande, e legítimo, objetivo de por um fim na escravidão que se configura como o maior aspecto cultural daquele império.

Junto a ela teremos O feiticeiro Ichabod, um conjurador profanado pelo maior terror deste mundo a Tormenta, mas que não se deixa dominar. Teremos também o guerreiro Christian com o Grifo Fuligem, seu companheiro emplumado. Ainda temos Verônica, uma medusa guerreira que não fica atrás de nenhum grande herói. E por último, mas não menos importante, temos meu personagem favorito o Inventor, o Engenhoqueiro Dok, que pode apenas parecer um Goblin qualquer, mas suas invenções acabam salvando muitas vidas.

Obviamente existem muitos outros personagens nessa trama. Existem muitas reviravoltas e surpresas aguardando os leitores que ousam se aventurar no mundo de Arton. No meio de todo o embate pela liberdade, forças rebeldes, um povo poderoso tentando manter sua cultura intacta e muitos conflitos pessoas ainda existe a ameaça iminente, Chegada da tempestade Rubra.

Alguns detalhes importantes:
- O Império de Tauron é formado pelos Minotauros, seus servos e escravos pertencem a outras raças;
- Qualquer semelhança com o que conhecemos sobre o Império Romano, de nossa realidade, não é mera coincidência;
- Existem batalhas Éticas, Épicas e Divinas (literalmente) te esperando nessa aventura;
- Os amantes de RPG irão encontrar nesta narrativa um alimento para suas almas aventureiras, mas aqueles que não conhecem o melhor dos Hobbies (O RolePlaying Game - RPG) também serão contemplados e agraciados com as palavras da autora.

Muita aventura e batalhas épicas em torno de uma causa justa te espera em A Deusa no Labirinto. Vale a pena conferir e viver todos os conflitos, sofrer as perdas, chorar os mortos e comemorar as vitórias junto a esse grupo maravilhoso.

Bizinelli 15/02/2022

Libertação e ressurgimento
Entrei neste livro esperando mais um joia da alma, um livro bom que não iria inovar muito e que eu ia gostar. Me surpreendeu, um livro muito superior a joia da alma, com temas pesados e reviravoltas marcantes valeu a pena ser lido. Contudo algumas pontas soltas não foram amarradas, apenas citadas e deixadas de lado. A autora tem muito o que melhorar, mas está no caminho certo sem dúvida.

SOTRATI 16/04/2023

Diversão imperdível
Karen Soarele tem um domínio ímpar da narrativa. Ela faz o leitor imergir no texto e no mundo que ela descreve como poucos, porque o leitor não apenas observa a narração, mas entra dentro daquele ambiente, passeando por personagens e situações que te apresenta um mundo novo e ainda inexplorado. As cenas vão se sucedendo em um misto de descrição, construção do ambiente e construção dos personagens ao tempo em que desenvolve o enredo. Não posso deixar de comentar a incrível capacidade de organização da autora em retomar todos os pontos e pontas apresentadas, retomar ideias, situações e personagens. Nada no texto da Karen está gratuitamente apresentado, tudo tem seu espaço, seu peso e sua importância. Na questão da escrita, cabe ainda salientar sua capacidade de mimetizar a escatologia e loucura das descrições da tormenta, transitando da delicadeza das observações psicológicas dos personagens à dureza da chuva rubra. E aí entra a temática. Uma premissa aparentemente simples e bastante explorada que é a relação escravizado x escravizador é extrapolada em uma série de complexidades poucas vezes vista em ficção e quase nunca no gênero Fantasia. E se esse é o motor da trama principal, ele também perpassa as demais camadas narrativas e interpretativas do texto. Começamos vendo a escravização dos elfos e humanos pelos Minotauros, mas esse é apenas um dos aspectos dessa subjugação. Tem muitos mais aspectos a serem analisados e entendidos, antes da resolução da trama e para além dela. É daqueles livros que continuam sendo lidos após o final da leitura. É um livro para agradar desde o fã mais enciclopédico da Tormenta até o leitor casual de Fantasia, desde quem quer uma aventura divertida e muito bem contada até pensar profundamente sobre um tema tão pesado quanto a escravização. Por fim, fica minha sincera inveja de você que ainda não leu e vai poder ter contato pela primeira vez com essa obra prima da Fantasia Brasileira de altíssima qualidade.

Lucas 27/01/2020

A coragem de uma elfa
Devo confessar que nunca havia lido algo escrito pela Karen mas, nas primeiras linhas do livro, ela já me ganhou com seu estilo literário.

?A Deusa do Labirinto? é uma obra perfeita? Não, ao meu ver não existem obras perfeitas (sejam livros, filmes, quadrinhos, pinturas ou outras obras artísticas), todas tem seus pequenos erros, suas pequenas imperfeições.

Ao mesmo tempo, se me perguntassem se eu mudaria alguma coisa no livro, eu digo que não, não mudaria uma vírgula. Um pouco contraditório com o que eu disse acima? Não, não acho, pois mesmo as imperfeições são parte importante da obra.

Eu conheço o ?universo de Tormenta? desde a época que Holy Avenger era publicado pela editora Trama e já havia lido a ?trilogia Tormenta? do Leonel Caldela mas confesso que a maneira que a Karen Soarele descreve a ?depravação rubra? foi única, de dar arrepios em que lê.

A descrição da capital de Trapista é outro show à parte. Sou um apaixonado pela história e pela cultura de Roma e me senti mergulhando numa Roma governada por minotauros. A decoração da cidade, a maneira de se trajar, os títulos, em suma, dava para quase acreditar que Júlio César tinha chifres.

Quanto à trama em si, eu não conhecia os protagonistas (mostrados no livro anterior da autora, ?A Joia da Alma?) mas de cara consegui entender todas as nuances destes, seus ideais e suas motivações. E é difícil não se apegar à eles, da maneira que eles são construídos, com destaque para a verdadeira protagonista, Gwen, uma elfa decidida, corajosa, que não abre mão dos seus ideais e que provavelmente enfrentaria os 20 maiores deuses de Arton em nome deles. E a Karen não deu vida fácil aos heróis do livro, em mais de um momento me vi torcendo, rezando pelo sucesso deles, para que os deuses de Arton tivessem piedade deles.

E por falar em deuses, se na época de Holy Avenger eu tinha pena de uma certa deusa dos elfos e se a ?trilogia do Caldela? me fez pegar certa antipatia por ela, bem, eu só posso dizer que ?A Deusa no Labirinto? me fez pegar ranço total dela (e me fez achar lindo o final dela).

Em suma, ?A Deusa no Labirinto? é uma obra super indicada para aqueles que, como eu, são apaixonados por literatura de fantasia. E, ao meu ver, não é necessário nem mesmo conhecer o universo Tormenta para aproveitar a obra (basta uma pesquisa rápida no Google para tirar dúvidas). E não se assuste pelo volume do livro se você for daqueles que tem preguiça de livro grosso, ?A Deusa? é tão bem escrito que quando acaba você fica com a sensação de quero mais.

Ps: meu trecho preferido continua sendo quando um gladiador convida a protagonista para ?comer um churrasco na laje?, me rendeu otimas risadas.

FlaviosParanhos 02/02/2020

Impactante!
A Deusa no labirinto.
Hoje venho aqui falar sobre mais um livro do universo de tormenta,nesse é narrado a forma como uma sacerdotisa da Deusa do conhecimento se une a um grupo abolicionista pela liberdade dos escravos do império Taurico, redigo pelos minotauros e seu Deus supremo, Tauron o Deus da coragem, força e proteção, além de líder dos 20 deuses supremos de arton e escravagista da Deusa menor dos Elfos Glorien.

Este livro me causou uma confusão de sentimentos, ódio, revolta, indignação, e vontade de esganar diversos personagens! Mas falando agora das qualidades e defeitos do livro eu tenho algumas ressalvas. Achei o andamento do livro lento, pela quantidade de páginas o assunto podia ser melhor abordado e até mesmo melhor detalhado. Muita coisa ficou por fora,inclusive a jornada da protagonista até o seu destino. Outra coisa que me incomodou foram os combates campais, sempre que o assunto envolvia multidão o livro virava um caos, eu no caso não conseguia mentalizar as batalhas principalmente o uso dos magos. Porém a partir da página 300 tudo muda. O livro se torna literalmente outro, emoção, desespero, apreensão, torcida, Deuses tidos como vilões se mostrando heróis irretocáveis no momento necessário, enquanto outros se tornando criaturas tão repulsiva que nojo é uma palestra pequena pra definir.

O destino dos personagens foi satisfatório de certa forma, dando claro o devido destaque as personagens femininas, protagonistas incontestáveis da obra, em todos os sentidos! Como sempre me irritou um pouco a pouca utilização do goblin, Dok inventor e engenhoqueiro goblin, uma das raças mais desprezadas do cenários, porém igualmente criativos e sobreviventes. Dito tudo isto é um livro que recomendo, tem um belo e triste final, e um impacto no universo Artoniano de proporções incalculáveis. Para quem é fã de tormenta se prepare para o choque.

@fernando.e89 20/02/2020

Novos tempos! AVANTE!
Um livro que é uma montanha russa de emoções. Confesso que não esperava sentir nesse livro as mesmas emoções da trilogia tormenta, mas senti. Cada pagina me fez sair da realidade e adentrar nas entranhas de Arton. Karen foi realista, observadora e coerente com cenário. Mergulhou fundo e nos trouxe para uma Arton repleta e novos começos! Um livro para se ler e reler!
P.s.Dok e Ichabod, amo ainda mais!

Marcelo 04/06/2020

Melhor livro ambientado em Arton
Além da história do livro ser incrível e de ter uma leitura fácil, o apreço pelo ofício de escritor transparece na própria diagramação do livro.
Divido em três partes praticamente iguais, o enredo do livro trata principalmente de uma cultura descrita como metódica e de arquitetura titânica e angular. Características que são refletidas não só no volume da obra, mas também na divisão de capítulos que, possuem quase o mesmo número de páginas e todos se enquadram na estrutura de três atos, com o climax do capítulo anterior servindo como incidente de abertura do próximo, tornando a leitura instigante.
Recomendo demais a leitura.

Sônia Gregoski 22/06/2021

Nunca li nada do universo da Tormenta mas isso não dificultou em nada minha leitura.
Fiquei encantada com a mistura de Elfos,Minotauros,Goblins,Humanos Sereias...
Amei a audácia da Verônica e a coragem do Christian,mas definitivamente queria mais de Dok e Ichabod!

@juliusverse 17/01/2022

Grande surpresa a minha ter os personagens de a Jóia da Alma, o livro anterior da Karen e que se passa no universo de Tormenta, de volta nesse livro, mas ao invés do foco no Cristian, agora na elfa Gwen. Um livro com tons mais épicos que o anterior e que debate temas muito mais sensíveis, como escravidão, machismo e vários outros tipos de opressão, numa roupagem fantástica que sabe tensionar esses temas, sem deixar a obra intragável. Uma excelente leitura e eu ando ficando ainda mais fã dessa mulher.