Nós & eles

Nós & eles Bahiyyih Nakhjavani




Resenhas - Nós & eles


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@livrosdelei 05/02/2021

Obra complexa, mas profunda e linda
?No?s e eles? foi o meu segundo contato com o trabalho de Bahiyyih Nakhjavani. Achei a obra totalmente diferente de ?O alforje? (meu primeiro contato), mas sem perder a linda escrita da autora.

A obra inteira e? contada na primeira pessoa do plural, pois o objetivo da autora e? englobar todas as facetas persas ao redor do mundo (por conta da dia?spora iraniana). Essa narrativa do ?no?s/eles? e? intercalada entre os capi?tulos da histo?ria sobre uma idosa (Bibi) que deixa o Ira? e viaja entre as casas de suas duas filhas em Paris (Lili) e Los Angeles (Goli).

Os personagens se encontram de diversas maneiras mostrando o quanto a comunidade e? interligada. Todos sa?o de gerac?o?es diferentes e possuem uma perspectiva conjunta - essa questa?o geracional e? bem explorada em Lili e Goli com relac?a?o a? ma?e delas.

Na?o achei que foi uma leitura simples, pois ela exige bastante atenc?a?o por parte do leitor. Mas acho que foi uma o?tima leitura e indico para todos que querem ter contato com uma cultura/vive?ncia diferente.
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arlete.augusto.1 09/12/2019

Interessante
Bom livro, a autora consegue dar profundidade às personagens principais, fazendo um paralelo entre a Revolução iraniana, com a queda do Xá Reza, e a derrocada dessa família, profundamente disfuncional, onde as meias verdades imperam. Passa a impressão que nada é real, tudo muito difuso, envolvido numa grande cortina de fumaça, que não vai ser dissipada, pois a história não terminou. A estória principal vai sendo intercalada com várias experiências de iranianos que deixaram o país e como lidam com suas idiossincrasias, preconceitos próprios e recebidos, consigo mesmos, com os outros.
É um texto irônico, bem crítico à própria cultura.
A cultura do Nós é interessante, pois eles sempre se referem a si próprios com o pronome no plural, fica estranho no início da leitura, mas depois a gente pega o ritmo.
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Debora 25/10/2020

Uma alegoria da diáspora iraniana
Nós e eles traz como tema a discussão da diáspora iraniana pós-revolução ismâmica. Os iranianos da diáspora são o "Nós" e acredito que, com isso, a autora quer mostrar aos "eles" quem são os iranianos - ou persas.
Eu sou o Eles, todos nós que não somos iranianos. Os eles somos os outros.
Uma temática super interessante. Mas que, em sua construção, deixa tantas lacunas que, no mais das vezes, nós criamos nossa própria ideia sobre aqueles nós, pq não fica claro ou delimitado - o que acho plausível, sendo bastante impossível delimitar uma população perfeitamente.
É uma boa leitura, rica em conhecimento e novidades. E bem diferente do padrão literário de um romance, principalmente dada a diversidade de personagens que vem e vão.
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Gisele567 02/07/2021

Nós e eles
A obra de Bahiyyih Nakhjavani, consiste em " A diáspona iraniana representada na história de três gerações de mulheres." Narra a história da mãe que sai do Irã, ao encontro das filhas que já saíram anteriormente, encontra também a neta, já nascida em outra cultura. A narração usa como recurso literário que dá ênfase ao tema da obra, o uso da primeira pessoa do plural, o "nós" que contrasta com o "eles", para mostrar diferenças culturais, afetos e desafetos das personagens, como intitula tão bem a obra.
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Giu 08/03/2021

Feliz de ter dado uma segunda chance para ?Nós & Eles? - na primeira tentativa, o estranhamento causado pelo uso da primeira pessoa do plural acabou tornando difícil a imersão na história.

Dessa vez, entrei mais preparada na leitura, que acabou fluindo muito mais - pra ser sincera, mal conseguia largar.

A autora constrói uma imagem do coletivo iraniano expatriado na diáspora iraniana, se apoiando em uma narrativa central de uma família e suas três gerações. Seu texto expõe as dificuldades que essas migrações acarretaram para os compatriotas, ao mesmo tempo que critica certos aspectos do comportamento dos mesmos, da negação das suas raízes à sua hipocrisia, da aculturação à falsidade que dirigem aos compatriotas, etc.

A escrita da autora é maravilhosa. Porém, a tradução me incomodou bastante - algumas frases não faziam sentido algum, porque foram claramente traduzidas literalmente do inglês.
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Thais.Carvalho 21/05/2022

Adorei o livro. Em suas histórias fica evidente o choque cultural dos cidadãos do Irã que moram em outros países.
DANILÃO1505 09/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Leila 04/09/2023

Nós & Eles da autora iraniana Bahiyyih Nakhjavani é, sem dúvida, uma obra que merece destaque e análise crítica. Embora seja da mesma autora do aclamado O Alforge, este livro apresenta uma abordagem totalmente diferente e contemporânea, o que o torna uma leitura interessante e provocativa para aqueles que buscam uma reflexão mais profunda sobre as questões da sociedade atual.

Uma das características mais marcantes de Nós & Eles é a sua habilidade em abordar questões sociais e culturais complexas de forma perspicaz. A autora mergulha nas dinâmicas sociais contemporâneas, explorando temas como identidade, pertencimento, migração, diversidade e polarização. Ela constrói uma narrativa que nos leva a questionar as fronteiras que criamos entre "nós" e "eles" em um mundo cada vez mais interconectado.

A narrativa é habilmente estruturada, alternando entre diferentes pontos de vista e vozes narrativas, o que permite ao leitor ter uma visão mais ampla das experiências e perspectivas dos personagens. Isso enriquece a trama e nos convida a examinar as histórias pessoais por trás das diferenças culturais e ideológicas.

A escrita de Nakhjavani é afiada e rica em detalhes, criando personagens complexos que representam uma variedade de experiências e origens. Ela não apenas nos faz simpatizar com seus personagens, mas também nos desafia a questionar nossos próprios preconceitos e suposições, levando-nos a uma reflexão profunda sobre as divisões que muitas vezes perpetuamos na sociedade.

Além disso, a autora utiliza elementos simbólicos e metafóricos de maneira habilidosa, o que adiciona camadas de significado à narrativa. Esses elementos simbólicos contribuem para a riqueza da história e incentivam o leitor a interpretar e questionar as mensagens subjacentes.

No entanto, Nós & Eles pode ser desafiador para alguns leitores devido à complexidade da narrativa fragmentada, e as múltiplas vozes podem requerer um maior envolvimento por parte do leitor para acompanhar a história e captar todas as nuances apresentadas.

Enfim, gostei de ter lido, mas não amei a leitura não. Devo salientar que minha experiência de leitura com O alforge foi bem mais enriquecedora.
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Camila.Queiroz 04/02/2021

Gostei, mas não gostei
Um livro que não é justo eu dizer que gostei e nem que desgostei. Foi interessante ler e ter um pouco mais de contato com a cultura iraniana (assim como tive quando li Persépolis), mas a família central da história não me cativou muito. Chegou em um ponto do livro em que eu não via a hora de acabar logo - mas ao mesmo tempo não conseguia avançar muito. ?
É uma leitura um tanto confusa, pois mistura a história da família com a história dos iranianos em geral, especialmente aqueles que tiveram que sair do país com a Revolução. Essa parte é narrada na primeira pessoal do plural e acaba se entrelaçando (na maioria das vezes) com a história da família.
Então a conclusão é que não tem conclusão porque não sei se entendi direito. ??
Mas eu acredito que (quase) toda experiência de leitura vale a pena. E, no final das contas, essa valeu.
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Laiza 24/07/2021

Nós & eles - Bahiyyih Nakhjavani
Após deixar o Irã, Bibi está sos cuidados das duas filhas: Lili, uma artista que vive em Paris, e Goli, uma mãe de família que vive nos Estados Unidos. Enquanto Bibi precisa passar pela adaptação e com mudanças constantes, as filhas brigam sobre a melhor maneira de cuidar da mãe e os outros problemas da família, que envolvem as finanças, a meia-irmã, o passado turbulento no Irã, e o irmão desaparecido - quem a mãe espera até hoje o retorno para casa.

Narrado em primeira pessoa do plural, a história vai se alternando entre a construção do que seria o "nós" e o "eles", abrindo espaço para a reflexão sobre a assimilação e o distanciamento cultural, e também o exílio e sobre o significado do lar - não apenas no sentido do espaço material, mas o papel subjetivo e sentimental que ele têm na vida das pessoas.

"A primeira pessoa do plural é obrigatória em tais situações. Nós usamos esse ponto de vista em persa para mostrar nossa modéstia, para demonstrar humildade" p. 12

"Talvez nós possamos escapar de ser ou não isso ou aquilo, nós ou eles (...)" p.100

A forma como a história é contada pode até causar um estranhamento no começo, já que não é algo muito comum. Mas é justamente o papel subjetivo e interpretativo das situações que você encontra, que fazem dessa leitura algo único. Conforme a leitura segue, essa forma de narrativa acaba por materializar e construir uma imagem coletiva e compartilhada da diáspora iraniana, ou seja, demonstra como o exílio traz situações, sentimentos, anseios e conflitos que acabam por serem comuns às pessoas de uma comunidade, que dividem e reconhecem entre si esse laço histórico, cultural e nacional. Também é um livro bem crítico e irônico, abordando também a negação das raízes e da herança cultural.

"Nós perdemos a morada da língua e o green card não ajudou. Nossos poucos pedaços de inglês foram o suficiente para nos virarmos, mas não é uma língua que se pode me confiar, é? Não é uma língua que podemos usar para conversar sobre aqueles que ficaram para trás". p.77

Ao mesmo tempo em que há o resgate das vivências dos iranianos na diáspora, também temos a história de Bibi e suas filhas, Goli e Lili, que é bem intensa e conflitiva. Uma família que há muito tempo não convive mais junto, então há estranhamento e distância entre mãe e filhas, que agora precisam lidar com os problemas da família, e não sabem o que dizer ou o que fazer. Em grande parte da história é como se a "ouvíssemos" entre cantos e portas, em retalhos, pairando entre o que não foi dito, o que foi escondido, o que deveria ter sido feito... O cansaço, a distância, a impotência e a solidão, são temas recorrentes na relação entre as personagens, então é uma leitura que demanda muita energia e que impacta bastante.

"Árvores não iam embora. Mesmo quando submetidas a atrocidades, elas ficavam. Ou morriam, pelo bem do jardim". p.172

"Imagina estar casado numa família como a nossa, ele teria dito: com uma esposa que é da América pós-onze de setembro por fora e pré-Revolução islâmica por dentro, e um sogro que está todo podre com a realeza por dentro". p. 184.

E é claro que ao falar sobre a diáspora e a cultura iraniana, também se realça as dificuldades políticas e econômicas do país. Falando dos tempos do antigo regime em relação à política mais atual, abordando a revolução de 1979, a guerra irã-Iraque, as turbulências econômicas.... trazendo uma mais profundidade política e social, em como isso é vívido e percebido no cotidiano tanto daqueles que vivem no exterior quanto no próprio país.

"Era melhor pensar que ele tinha sobrevivido e se tornado um velho amargo como ela? Ou ela preferiria matá-lo jovem, um idealista?". p.185

"Não é nem do ocidente nem do oriente, porque é o túmulo de um viajante, o túmulo de alguém que estava de passagem. É um túmulo humano e poderia pertencer a qualquer um. Pois também os mortos são de um outro país." p.300

Irônico, crítico, diverso e real. Nós & Eles é leitura diferente, exigente, mas totalmente inovadora e autêntica, e que precisa ser conversada, por que há muita coisa que pode ser absorvida ou interpretada de forma diferente por leitores diferentes. E já me deixou com mais vontade de ler outros livros da autora.

Conheça meu instagram literário: @possosurtaragora :)

site: http://laizafsiqueira.blogspot.com/2021/07/livro-nos-eles-bahiyyih-nakhjavani.html
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Manu 29/06/2021

Uma das mais gratas surpresas do meu ano, "Nós e eles" foi um dos livros mais intensos e singulares que já li na vida. A singularidade se dá pela escolha de escrita da autora: o narrador na primeira pessoa do plural, um "nós" que parece transitar por cidades, países, continentes, reverberando a diáspora iraniana. Uma leitura difícil porque não clara, não exata. A autora coloca aquele que observa e julga sem exatamente dizer quem o é ou sobre quem está falando. Demonstra o preconceito do povo com o próprio povo, o medo de expressar-se fora do seu local de origem, como se, não estando lá, tudo é esvaído de sentido. Os personagens se conectam a cada nova história, denotando esse uno que, com tanta poética, Bahiyyih conseguiu exprimir. Me apaixonei por esse livro, se tornando aquele que olho e sei que, muito em breve, ficarei encantada em reler e descobrir novos detalhes que na primeira leitura passaram despercebidos.
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Biblioteca Álvaro Guerra 19/09/2022

A diáspora iraniana representada na história de três gerações de mulheres.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788583181330
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Caroles 30/10/2022

a escrita de Bahiyyih é sensacional. É crítica, irônica, afiada e envolvente. A história é sobre a cultura iraniana, mas em diversos momentos eu me vi em suas palavras, nos sentimentos e nas aflições das personagens.
fiquei verdadeiramente admirada com a forma que a autora escreve.

O livro alterna entre capítulos sobre as protagonistas e capítulos mais gerais, narrados na terceira pessoa do plural que contam de algum detalhe da vida dos iranianos pós Diáspora.

uma leitura muito boa, vale a pena.
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Mari 09/11/2020

TODOS FOMOS IRANIANOS LENDO ESTE LIVRO
Nós & Eles foi um livro difícil. Não é daqueles que você senta e lê rapidamente. Eu levei muito mais tempo durante a leitura pra finalizar um capítulo, e por vezes, precisava de muita concentração pra entender, o que acabou dificultando minhas leituras...

Não conhecia a fundo as obras da autora iraniana, Bahiyyih Nakhjavani, que inclusive escreveu O Alforje, um livro que pretendo ler um dia. Tudo começou porque a @litera.ju organizou a primeira LC do Perfil LiteraJu, e eu não podia ficar de fora. Primeiro, porque Ju é maravilhosa e dedicada, fez tudo com tanto amor e carinho que dava gosto. Segundo porque eu nunca li nenhum livro do Irã, e queria ter essas experiência.

A escolha do livro foi certeira para uma Leitura Coletiva, que podíamos discutir ao longo da leitura nossas percepções... Um livro que nos faz pensar, Nós & Eles é escrito, parte na primeira pessoa do plural, parte na terceira pessoa do plural. Isso nos permite enxergar um pouco mais do que o povo iraniano pensa e sente. Um povo que sofre tanto pelos estereótipos enraizados por causa da cultura ocidental...

Neste livro, podemos acompanhar a diáspora iraniana, o contraste com outros povos e nações, e três gerações de mulheres trilhando por diferentes caminhos.

Acredito que a dificuldade do entendimento da leitura foi devido à essa alternância entre a narração como "nós" e "eles", recurso utilizado pela autora. No início, ficava tentando entender qual personagem estava narrando o capítulo, até que entendi que o melhor a fazer era se deixar levar pelas informações que estava lendo, e não por quem estava falando especificamente, e foi ai que a leitura fluiu DEMAIS. Então, pra quem for ler este livro, já fica a dica!

A nota que atribui foi especificamente pela dificuldade de conexão com o livro por causa da forma de narrativa que a autora optou para esta obra. Mas fora isso, foi muitíssimo enriquecedor poder conhecer parte da cultura e costumes do povo iraniano contados de uma forma tão peculiar.

Você já leu algum livro do IRÃ? Passa no meu perfil @aquele.dolivro e me conta aqui nos comentários sua experiência!
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Daniel Lucca 14/12/2020

Linda e confusa
Gostei bastante da história, porém achei um pouco confusa em alguns momentos... Acredito por não estar habituado com o tipo de escrita da autora, mas me lembrava em alguns instantes Markus Zusak em a menina que roubava livros...
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Laris 26/09/2023

Tenho tentado ler livros de outras culturas e fica nítido como a gente acaba tendo pouco acesso a isso, pois no início a leitura se torna um pouco densa não pela história, mas pela falta de comunicação que temos com a cultura. Contudo, é nítido que seja qual for o país, mulheres se sentiram angustiadas, traídas e sobrecarregadas, talvez por isso o nós seja tão abrangente
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