Down and Out in the Magic Kingdom

Down and Out in the Magic Kingdom Cory Doctorow




Resenhas - Down and Out in the Magic Kingdom


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Pefico 05/11/2010

Ficção Científica com pretensão de ser livro cabeça

Down and Out in the Magic Kingdom é sobre um cara chamado Julius e seus altos e baixos na sociedade futurística em que vive. Normalmente os personagens roubam a cena, mas neste livro, a sociedade, não Julius, é a grande atração. A narrativa se passa muito tempo depois que a humanidade descobriu como evitar a morte. Com essa descoberta nasceu a Bitchun Society.

Uma das primeiras regras do mundo de Julius é fazer backups constantes de todas as coisas que estão na sua cabeça. Essas informações ficam armazenadas em algum lugar e caso você morra, médicos farão um clone para receber todas as sensações, sentimentos e memórias que compunham você naquela hora. Voilá, a morte não é mais um problema.

Dinheiro não existe mais e sua popularidade determina a quantidade de whuffies que você tem. Seus whuffies determinam o que você pode comprar, gastar, visitar e são também uma espécie de status. Como todas as pessoas estão conectadas à uma rede global de informações, por algo como conexões neurais, todo mundo pode saber seus whuffies só olhando pra você.

É claro que mesmo uma sociedade assim possui suas próprias complicações. Como ninguém morre, a superpopulação se tornou um grande problema. Além disso, depois de sua primeira centena de anos explorando todas as coisas que existem em nosso planeta (e na órbita) você fica meio que entediado. Para aqueles que encheram o saco de viver existe a opção de "dead head" por algumas décadas, séculos e até mesmo milênios, algo como matar seu corpo e deixar sua memória suspensa no banco de dados. Ou mesmo a opção de tomar uma injeção letal e tornar a morte algo definitivo como era antigamente. A grande vantagem de uma sociedade onde as pessoas não morrem, é que todos os que são contra ela já morreram há muito tempo.

Down and Out in the Magic Kingdom começa muito, muito bem, mas se perde no meio do caminho. A estória estava ótima até o personagem cismar em manter intacta uma das atrações da Walt Disney (que se tornou imensa, praticamente uma megalópole). Pra conseguir isso ele arruma confusão com o Deus e o mundo e faz com que o plot seja um porre.

Cory Doctorow (o escritor) traz à tona algumas discussões bem interessantes sobre a morte e seus dilemas e sobre a frivolidade da vida. Afinal, se você vive para sempre, você vive para o que ? Entretanto uma estória e um plot desses, com tanto potencial, ficaram muito mal explorados. A boa notícia é que Doctorow deu permissão legal para todo tipo de adaptação, citação, fanfic, publicação, etc, etc. Então alguém ainda pode aproveitar as ideias dele e montar uma narrativa mais interessante. Recomendado pra quem gosta de ficção científica, do tipo que te deixa pensando nela dias, mas que não faz muita questão de gostar dos personagens.
Fabio 05/11/2010minha estante
Como você disse "a sociedade é a grande atração". Esse livro merecia uma sequencia. De preferência mais focado nas qualidades e defeitos dos Bitchun.




Fabio 26/10/2010

O livro começa assim: "Eu vivi o suficiente para conhecer a cura para a morte; para ver a ascensão da Sociedade Bitchun, para aprender dez línguas; para compor três sinfonias, para realizar o sonho da minha infância e morar no Disney World; para ver o fim do emprego e do trabalho."

Normalmente quando leio livro de ficção científica, eu encontro frequentemente distopias como 1984, Admirável mundo novo e Unwind e utopias como ???. Deve ser realmente difícil escrever um livro sobre uma utopia, provavelmente ele será chato ou deslumbrado. Não é o caso de Down and Out in the Magic Kingdom.

Eu realmente gostaria de viver essa realidade que Cory Doctorow criou. Mesmo sabendo de todas as dificuldades que a personagem principal passou eu o invejei.

O livro é imperdível para quem gosta de ficção científica, futurismo e sociedades. Lembro que ele é gratuito. Se você procurar vai achar no sítio do autor na internet.

Segue links sobre alguns conceitos que o livro aborda:
http://en.wikipedia.org/wiki/Whuffie
http://en.wikipedia.org/wiki/Adhocracy
http://en.wikipedia.org/wiki/Cory_Doctorow
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rodrigovk 05/04/2010

Whuffie!
Como literatura, demora um pouco para engrenar na história. Talvez justamente pelo cenário no qual é possível desfazer praticamente tudo, inclusive a morte, não há um grande drama para te prender na leitura. Do meio para o final os conflitos são mais interessantes, com direito a uma boa surpresa no fim.

Já a visão de futuro de Cory Doctorow é ótima! Uma sociedade onde a reputação (whuffie) substituiu completamente o dinheiro, na qual descobriu-se a cura da morte e um mundo superpopulado onde o trabalho é praticamente opcional.
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Pappa 16/09/2010

Boa estréia
Down and Out in the Magic Kingdom é o romance de estréia de Cory Doctorow. Conta a história de Julius, um homem que já passou dos 100 anos de vida, num mundo em que não existe mais morte nem dinheiro, as pessoas tem sempre um backup e tudo é controlado pelo status (whuffie). Julius mora na Disneylandia e é um dos responsáveis pela Mansão Assombrada, juntamente com sua namorada Lil. Tudo vai bem, até que surge Dan, um amigo com sérios problemas, e Debra, que, ele desconfia, quer atualizar todo o parque, colocando em risco a tradicional Mansão.

Este livro me lembra o estilo de Jasper Fforde e Neil Gaiman: tem como ponto forte a criatividade da trama. Porém, talvez pela curta extensão do livro, ele não comete o erro de exagerar no desenvolvimento das idéias, o que ocorre com os outros dois. Todo o ambiente tecnológico criado pelo autor é bem explicado (ou se torna plausível pelo contexto) e segue uma linha bem definida.

O problema que ocorre com os 3 é a ingenuidade dos personagens. Talvez por ser uma literatura para "jovens adultos", o autor não se preocupa muito se os personagens algumas vezes tomam atitudes que para mim soam um tanto quanto forçadas, para que assim a trama não saia do rumo.

Uma vantagem é que o livro pode ser baixado gratuitamente direto do site do autor sobre uma licensa de uso público. Ele inclusive incentiva que o livro seja baixado e traduzido, o que por sinal já ocorreu para uma versão em português.

O tamanho do livro é um ponto que poderia ser melhorado - a edição em pdf tem aproximadamente 140 páginas. Havia espaço para mais desenvolvimento da trama, principalmente no final, que é um tanto quanto abrupto.

Tive um pouco de dificuldade de ler a versão em inglês (não havia versão em portugues quando comecei a lê-lo), pois ela traz muitas gírias e expressões que são difíceis de decifrar para alguém que não seja nativo. Fiquei com o dicionário (online) aberto o tempo todo.

Como obra de estréia, é bastante promissor. Vale a pena ler, até porque não vai tomar muito tempo.
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22/02/2011

Neste livro a sociedade evoluiu a tal ponto em que o dinheiro foi banido e o que realmente vale são os "whuffies", ou seja, muitas vezes associado ao que um ser humano pode oferecer a sociedade. Longe de ser uma sociedade perfeita, pois inveja, intriga, mentiras ainda existem, mas muito mais próxima do ideal.
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