Resenhas - José & outros

Eu poeta 18/08/2023

Impactante
"eternos", para mim foi o melhor poema desse livro, descreve bem o Carlos Drummond de Andrade se tornou.

mariaclarssa 24/06/2023

Os versos contidos aqui são fortes e sucintos, e uma poesia eloquente que mexe com vários sentimentos, sentidos e filosofias. Sua prosa é magnânima e seus poemas marcantes e assertivos.

Sou supeita pra falar porque Carlos significa pra mim muita coisa, significa o começo do meu entendimento de muitas coisas da vida, do mundo e de poesia. Na primeira vez que li algo drummondiano lembro que foi logo após até aprendido a ler com confiança e me lembro de recitar na minha cabeça os seus versos pois eles tinham facilidade pra ficar na minha memória.

brigitte4 17/05/2023

José & outros
Tive que ler esse livro pra escola enquanto eu estava querendo ler outras coisas. eu não consegui me conectar muito bem com o livro. sinto que falta algo para torná-lo especial e mais agradável de ler apesar de ele abordar temas interessantes sobre a vida e ao ser humano. não é um livro que me agradou muito, achei um pouco entediante.

Danilo 16/07/2021

E agora, José?
Lindo! Tem três grupos de poemas em um livro. Para mim, a "José" foi a melhor, com poemas mais interessantes, fáceis de leitura e entendimento, me fez pensar muito. A parte do meio, para mim foi a mais demorada, com poemas mais trabalhados, e assim, cansativos. Mas, tudo lindo, amei Carlos Drummond, vou continuar lendo. Tem uns poemas que eu gostei mais que outros, recomendo muito que todos leiam, eu particularmente não sei ler bem poema, tens uns que eu só entendo o que eu quero e passo, mas é questão de prática. Muito bom!

deborafv 08/02/2021

Um ontem ressoando sempre
Há 54 anos atrás este livro (a edição que tenho) era publicado pela minha querida editora José Olympio. Há 54 anos atrás, meus pais não tinham nascido ainda, mas, Carlos Drummond de Andrade era vivo e já colhia os frutos do seu talento através do reconhecimento de suas obras.

Impossível saber o caminho que este livro percorreu até eu encontrá-lo em um sebo, mas às vezes gosto de imaginar as pessoas que foram tocadas pela poesia de Drummond ao longo deste meio século.

Quantas pessoas desejaram ler esse livro? Quantas pessoas de fato o leram? Ou ele simplesmente ficou na estante de alguém por muitos anos até que ao morrer, seus pósteros decidiram vendê-lo? Ele já foi o presente de alguém em uma data importante? Quantas pessoas já sentiram que suas vidas eram descritas ao passar por essas páginas?

Sigo cheia de conjecturas mas no meio delas uma única certeza me transpassa: Drummond é para ser lido o quanto antes, todos os dias e todas as noites que puder. É para lhe acompanhar para o resto da vida, onde em cada fase, a poesia lhe surgirá através de um novo prisma.

Wagner 19/01/2019

ELEGIA

(...) Meu Deus, essência estranha
ao vaso que me sinto, ou forma vã,
pois que, eu essência, não habito
vossa arquitetura imerecida;
meu Deus e meu conflito
nem vos dou conta de mim nem desafio
as garras inefáveis; eis que assisto
a meu desmonte palmo a palmo e não me aflijo
de me tornar planície em que já pisam
servos e bois e militares em serviço
da sombra, e uma criança
que o tempo novo me anuncia e nega, (...)

in:ANDRADE, Carlos Drumond. José &Outros. Rio de Janeiro: Record, 2006. pg 82.