Ceecii 03/04/2022
(Não) aprendi a dizer adeus
Seguir a vida sem uma pessoa muito importante para você é muito assustador, não tem como explicar, só há um vazio. E seguir a vida quando essa pessoa que você via todos os dias, sorria juntos e vivia juntos estava muito bem e do nada adoece rapidamente ou uma tragédia acontece é uma porrada cruel que a vida entrega gratuitamente.
Esse livro tinha tudo pra ser melancólico, depressivo e fúnebre, mas não teve nada disso. Ele comportou um outro caminho, ignorou os melodramas e fez com que o protagonista tivesse uma reação de recomeço animador, claro, tirando os chororô que é bem compreensivo.
Uma grande parte do livro conta seu recomeço sem a pessoa importante e eu achei bastante forçado, mas entendo que cada pessoa tem uma reação com a morte de outra. Por outro lado vi essa parte com certeza como um exagero de páginas. To procurando até agora o motivo do autor ter feito dezenas de capítulos sobre a vida do protagonista sem a pessoa sendo que não tem um clímax, uma razão, motivo, início, meio e fim para aquilo. É um diário com um monte de relatos do cotidiano dele que não é, sinceramente, interessante.
A outra parte foi totalmente ao contrário. Senti o drama, a angústia, a dor deles e tudo foi terrivelmente bem contado. O livro vale a pena por essa parte, as estrelas são essas graças a essa parte e eu recomendo o livro só por causa dessa segunda parte porque, sinceramente, consigo resumir pra você mais de 100 páginas em apenas duas frases, mas contar aqui poderia ser spoiler.