spoiler visualizarRick 02/03/2021
Amanhã é outro dia – J. M. Simmel [Resenha]
Gênero: Romance
Ano de publicação: 1991
Páginas: 306
Sinopse: Viena, março de 1945, últimos meses da Segunda Guerra Mundial. Três mulheres, três homens e uma menininha se veem presos em um abrigo subterrâneo. Lá fora, um bombardeio destrói tudo ao redor e os deixa isolados pelos escombros. O que os une é o sonho de liberdade.
Bom dia! Hoje venho com meu passatempo de transporte público, como sempre estou lendo na ida para o trabalho, quis compartilhar com vocês.
Considerações finais: Como o livro é dividido em partes e algumas são bem curtas, não me dei ao trabalho de comentar. Deixei que a curiosidade pudesse falar mais alto do que passar uma explicação mínima que talvez não satisfizesse vocês. Da parte I até a parte VII temos a apresentação dos personagens: A senhora Therese Reimann; o padre Reinhold Gontard; a grávida Anna Wagner e sua filha Evi; Walter Schroeder, o químico; Susanne Riemenschmied, a atriz e por último o soldado Robert Faber .
Todo o desenrolar se passa no abrigo, durante a guerra, onde Therese sempre se escondia na parte inferior do prédio onde morava. Os outros personagens, sendo descritas parcialmente parte da vida delas e como foram parar ali, dão o complemente perfeito para que possamos apreciar a obra.
O padre, ter perdido sua fé no decorrer de longos anos e reencontrando um objetivo, após muito praquejar, é algo a ser considerado na obra. Pois, naquele abrigo, vemos opostos que se repelem e se atraem quase como forças da natureza em constante atrito. A fé de Therese, a falta da mesma em Gontard. Querer que a guerra acabe logo independente do resultado, Faber, e a vontade de que ela seja ganha pelo químico Schroeder. Não poderia deixar passar a raiva que senti do padre quando o mesmo se recusou a cooperar e que em desespero, ódio e até pena de si mesmo, o fez entrar em movimento e enquanto todos dormiam agiu para tentar abrir o túnel. Nesse momento, ele consegue ouvir que também estavam trabalhando do outro lado. A luz no fim do túnel chegou, não é mesmo? Pena que ele apaga após isso.
A divisão da comida, ceder a cama, as conversas paralelas… A garrafa de conhaque. Tudo ali estava em perfeita sintonia… Até a queda da segunda bomba, o túnel desmoronar, Schroeder tentar colocar seu plano louco de explodir a parede usando os latões de gasolina… o tiro.
Do começo ao fim nós temos um livro que nos prende e fascina, alguns momentos nos deixam em dúvida de como realmente seria se estivéssemos presos como eles. É uma leitura impactante. Sobre o final do livro, não acreditei que o destino do soldado desertor seria aquele… Vagar sem nunca ter um local para descansar.
site: https://codinomesilver.wordpress.com/2021/03/01/amanha-e-outro-dia-j-m-simmel-resenha/