Fernanda 14/12/2010Se "Champanhe" não é um livro ruim, também não é um livro memorável. Os autores contam a evolução do champanhe através dos séculos, mostrando que não é possível dissociar a evolução da bebida da sangrenta história da Champagne. Não é, portanto, uma história apenas da bebida, mas da região à qual esta deve seu nome.
Particularmente gostei das páginas reservadas à 1ª Guerra Mundial, ou Grande Guerra como os franceses a chamam. Os autores transportam o leitor a uma Champagne rasgada por trincheiras e que teve muitas aldeias e cidades, como a bela Reims, completamente destruída pela artilharia alemã. O esforço de viticultores e produtores de champanhe para manter a produção da bebida em meio ao caos é comovente.
Acredito que minha percepção sobre o livro ficou um pouco alterada porque o li logo em seguida ao excelente "Vinho e Guerra" dos mesmos autores, e a verdade é que este último é muito melhor. Embora "Champanhe" tenha muitos 'personagens' interessantes, como Charlie do champanhe, Madame Pommery e a Viúva Cliquot, o livro não tem o mesmo charme de seu predecessor. Ainda assim, para os amantes da bebida, é uma leitura que recomendo.