Emme, o Fernando 18/05/2015Acaba sendo superficial em muitas partes, mas é ótimo para organizar seu estudo da disciplina!PONTOS POSITIVOS:
O que há de positivo nessa obra é o facto de a exposição dos temas da filosofia se dar por época e filósofos e não por temas como a maioria dos livros de filosofia.
A narrativa é feita de forma linear, mostrando com o passar do tempo histórico os principais movimentos filosóficos e os filósofos mais importantes. Isso definitivamente ajuda o estudante a entender e decifrar as linhas de pensamento e como se deram as transformações na filosofia desde a antiguidade até e os dias atuais.
É um livro interessante para se ler antes de outros sobre o tema e para se consultar quando se deseja uma rápida contextualização sobre determinado período ou filósofo importante.
Ou seja, embora muito útil de se ter em casa, obviamente não dispensa outros livros...
O capítulo de introdução ao pensamento moderno é muito interessante e elucidativo !!!
PONTOS NEGATIVOS:
O autor perde espaço e tempo do leitor na parte de filosofia medieval. Ele poderia ter deixado mais espaço para o pensamento de Agostino, por exemplo (o livro fala muito da fé cristã, mas a explicação do pensamento de Agostino deixa a desejar).
Achei o livro bastante tendencioso nos capítulos seguintes: capítulo de introdução à filosofia medieval, no capítulo 5 e no capítulo 6:
> NÃO HÁ REFERÊNCIAS DIRETAS AO "MAGISTER DIXIT" DA ESCOLÁSTICA !!!!!
> Ênfase em utilizar a expressão "Filosofia Cristã";
> Reiteradas exaltações ao cristianismo dogmático e hierárquico;
> Uso de vocabulário tendencioso;
> Tendencioso na escolha dos textos para as conexões filosóficas;
> Escolha das atividades no final do capítulo, particularmente a atividade final no capítulo 6;
> Ênfase na perseguição de cristãos por "pagãos" e absolutamente nenhuma referência à perseguição, massacre e extermínio de povos germânicos por cristãos;
> Explicação "chapa-branca" da exclusão do gnosticismo (o autor diz que os gnósticos não seguem a tradição cristã, possuem uma literatura variada e imaginativa [como se os evangelhos que acabaram fazendo parte da bíblia fossem mais "corretos" que os "imaginativos" evangelhos gnósticos]). O gnosticismo foi uma das doutrinas mais importantes no cristianismo arcaico, mas o autor mal fala sobre essa importância e diz que "eles não seguiam a doutrina oficial "realmente cristã" (como se os gnósticos não fossem cristãos [ABSURDO]).
> NENHUMA MENÇÃO AO CRISTIANISMO CÁTARO E SUA FILOSOFIA E NADA SOBRE SEU GENOCÍDIO/EXTERMÍNIO PELA IGREJA DOGMÁTICA OFICIAL, apesar de o autor citar o gnósticos !!!