O Portador

O Portador Sophie Hannah




Resenhas - O Portador


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Biblioteca Álvaro Guerra 23/06/2022

Tim afirma que é um assassino, mas a verdade é muito pior. Um voo atrasado e Tim Breary está de volta a vida de Gaby Struthers. E esse é o começo dos problemas de Gaby. Tim afirma ter matado sua esposa, todas as testemunhas presentes na casa no momento do crime confirmam essa informação e ele forneceu provas do crime. Mas mesmo assim, Simon tem suas dúvidas e quando descobre que foi manipulado pelo seu chefe, essas dúvidas passam a uma quase certeza. Tim não tem um motivo e nem ideia de porque matou Francine. Mas como provar que o assassino que já confessou não é o assassino?
Gaby Struthers, milionária e apaixonada por Tim, não tem essa dúvida. Para ela Tim, por mais estranho que seja, é incapaz de ferir alguém. E vai fazer de tudo para provar isso.
Simon, Gaby e Charlie trabalham juntos em diferentes frentes para provar inocência de Tim e descobrir porque todos estão mentindo.

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788532531537
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Douglas | @estacaoimaginaria 13/08/2020

Um thriller psicológico interessante
“O Portador” é um livro que mantém a linha de raciocínio das outras obras da autora, no mesmo universo de Spilling: uma mistura de romance psicológico e policial, mais precisamente um thriller psicológico. Nessa obra, creio que ela se aproximou muito mais desses dois extremos, principalmente a psicologia.

Simon Waterhouse e Charlie Zailer estão de volta para investigar o que de fato aconteceu com Francine Breary. O marido dela, Tim Breary, alega que a matou. Confessou isso, mas não disse o motivo para ter feito isso. Há testemunhas que confirmam o crime. O problema é que Simon não está tão convencido, principalmente pela falta de motivo. E outra pessoa tem a certeza de que Tim não é culpado: Gaby Struthers. Uma milionária que foi e é apaixonada por Tim e buscará a verdade sobre a morte de Francine.

Como eu disse, essa obra segue a mesma linha narrativa que a autora criou desde “A Vítima Perfeita”, primeiro livro da autora dessa série (Spilling), lançado no Brasil. É uma investigação policial, de certa peculiaridade, mas que envolve muito o psicológico dos personagens. Essa mescla flui muito bem nos livros da autora e parece que isso tem melhorado a cada obra.

Digo isso, pois, nesse livro principalmente ela apresenta um personagem que confessou o crime, mas não disse o motivo. Mas vai além: a pessoa que morreu estava em um estado vegetativo devido a um derrame há alguns anos. E algo muito interessante que a autora cria é que não é tão importante descobrir quem matou, de fato, Francine – e vou explicar como isso repercutiu na conclusão –, mas sim por quê Tim confessa que a matou. Esse é o mote do livro, na real, e é esse o verdadeiro mergulho na psicologia dos personagens.

Nessa obra, a autora também explora novas narrativas dentro da história maior, mas repete o que deu certo nos seus outros livros: por exemplo, as reviravoltas, os segredos, uma personagem feminina como a principal. E insere coisas novas, como o humor, muito inteligente. Essa foi sua história mais “divertida”, se assim posso definir um suspense. Nos primeiros capítulos, dei algumas boas risadas na relação de Gaby com a excêntrica Lauren Cookson, o que só preparou o terreno para o que viria depois, é claro.

Outra “figura repetida” desse livro é a vida dos detetives de Spilling que investigam o caso. Nos primeiros livros, achei que poderia ser algo que não teria futuro. Mas depois vi que isso se tornou algo crucial em uma obra de Sophie dentro desse universo. Até porque a vida dos detetives influencia na investigação, queira eles ou não. E, claro, Simon e Charlie tomam essa frente, mas Sam Kombothekra, também membro da polícia de Spilling, também é parte crucial na obra.

É muito interessante ler como a autora vai construindo a narrativa e as nossas teorias – e dos detetives – vão sendo derrubadas, assim como os álibis de suspeitos. É preciso ter uma linha de raciocínio muito bem definida para que não ocorra “falhas” na narrativa. E pra mim isso demonstra muito a inteligência e a sagacidade de Sophie. Ela consegue te surpreender com toda a teia criada, muitas vezes para algo que nem se quer passou pela nossa cabeça.

O que me leva à conclusão, com a explicação que falei que iria dar sobre descobrir quem matou. Nesse livro, isso não é tão importante quanto descobrir o motivo, porque é aí que está o verdadeiro “thriller psicológico” que a autora quis criar. Tanto é que a revelação de quem matou não é tão barulhenta como deveria ser, e há uma explicação lógica. Mas, mais importante que isso, são as consequências disso. Ou seja, nos dá a sensação de que a autora dedicou mais tempo na criação dessa teia toda do que revelar quem era o assassino.

Muito se fala sobre a comparação de Sophie Hannah com Agatha Christie, mas acho que nessa obra, ela demonstrou um distanciamento maior da rainha do crime. As obras de Sophie, além de terem essa carga psicológica forte, são muito mais complexas e densas do que as obras de Agatha Christie. E isso funcionou muito bem, tenha sido essa a intenção dela ou não. O que eu vejo é que Sophie tem conseguido colocar seu nome como uma das melhores autoras desse gênero.

site: https://estacaoimaginaria.com/2020/06/22/resenha-o-portador-sophie-hannah/
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Jeff.Rodrigues 06/12/2019

Resenha publicada no Leitor Compulsivo
Sophie Hannah vem sendo aclamada por suas obras, conquistando inúmeros prêmios, dominando listas de mais vendidos e conseguindo autorização da família de Agatha Christie para escrever histórias com o detetive Poirot. Acho que tudo isso dispensa qualquer comentário que possa ser feito como apresentação de uma autora que eu conhecia de nome, mas somente agora, com O Portador, pude conhecer de fato, ao literalmente me entregar à uma obra sua.

O Portador é um suspense em que a descoberta de quem é responsável pelo assassinato de uma milionária presa à cama, vítima de um AVC, talvez seja o menos importante dos mistérios. O que ronda de verdade as páginas do livro é entender porque o marido da falecida, Tim Breary, assumiu a autoria do crime, mesmo não conseguindo fornecer nenhum motivo para as autoridades. Há tramas paralelas que vão sendo desenvolvidas e que se juntam para inocentar Tim e, aí sim, chegar ao nome do verdadeiro culpado. Um quebra-cabeças intrincado e bem elaborado em que os personagens são muito bem construídos, em detalhes capazes de torna-los tão reais quanto eu e você.

O livro é protagonizado pelo casal de detetives Simon e Charlie, e fica óbvio para leitores de primeira viagem, como eu, que existe já uma boa história construída por ambos em obras anteriores. Nada disso prejudica, contudo, a leitura. É uma história independente, apenas há detalhes e características que deixam claro que provém de um passado já apresentado aos leitores. Para além deles, os demais personagens são complexos, misteriosos, com mágoas e segredos, e muitas e boas doses de reflexões que são minuciosamente esmiuçadas pela autora. É uma construção delicada e cuidadosa de um cenário que lá no fim vai mostrar que nada foi escrito por acaso.

As qualidades da narrativa de Sophie Hannah que conquistaram minha atenção logo de cara se deram em um aeroporto. A personagem Gaby e sua epopeia aérea para chegar em casa passando por entreveros com Lauren rendeu as sequências que não só me prenderam, por perceber que ali nascia o DNA do mistério do livro, como renderam boas gargalhadas. O senso de humor e excentricidade pula dos capítulos e se converte em risos. É humor sagaz e inteligente. Contudo, essas mesmas qualidades fizeram com que vencer as quase quatrocentas e cinquenta páginas de tornasse um desafio de Hércules para mim. Porque a narrativa é densa demais, com um excesso de detalhamento e pensamentos aleatórios dos personagens que nos faz divagar e perder completamente o interesse. Sophie conseguiu tanto prender quanto afugentar a minha atenção.

A trama de O Portador é tão minuciosamente pensada e escrita em meio a um labirinto de ações, lembranças, investigações e segredos que acabou se tornando rapidamente enfadonha. Na mesma medida em que me conquistou logo nas primeiras páginas, ela me afastou na continuação, e foi difícil conseguir se reconectar em meio ao excesso de acontecimentos e nenhuma ação que desse fôlego ou revivesse a empolgação inicial. Há muito de investigação psicológica dos personagens e de motivações que expliquem seus atos, características do passado, enfim… Sophie pensa de forma muito densa a história e isso exige uma entrega total dos leitores. Não rolou comigo. Ainda mais porque sou da turma dos thrillers de mais ação, mais mistérios e muitas reviravoltas.

O Portador se mostrou um livro mais complexo do que eu imaginava e acabou não conquistando minha simpatia. É uma leitura para quem curte mergulhar na essência de cada personagem e a partir disso ir destrinchando a história. Repito, é denso e lento. Não flui rapidamente e não é um livro que você devora em poucos dias, pelo contrário. Vale para quem curte um quebra-cabeças psicológico.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2019/11/17/resenha-o-portador-sophie-hannah/
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