O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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Dani 13/09/2023

Tenho esse livro há anos na prateleira e nunca li apenas porque pensava que seria chato (sim, o tradicional preconceito contra clássicos). Esse ano me propus a ler, coloquei na meta de leitura lá em janeiro, e segui empurrando com a barriga até agora. E que grata surpresa! Adorei!
É uma leitura rapidinha, a linguagem é muito acessível, e a história é muito viciante. Adorei que o personagem principal do livro é o cortiço, e as pessoas que moram lá são todas coadjuvantes. Essa sacada foi genial. Gostei muito de ter sido narrado todo o desenvolvimento do cortiço, desde sua criação. Alguns temas abordados são bem pesados, mas em algumas partes é inevitável soltar uma boa gargalhada. É um livro cheio de tretas, fofocas e escândalos, como acontece com a grande maioria das vizinhanças até hoje.
Apesar de ser uma leitura obrigatória, muito utilizada em vestibulares, eu não li na época de escola, e agradeço muito por isso. Acredito que se tivesse tido contato com esse livro naquele período, não teria gostado tanto quanto agora. Sou bem contra essas obrigatoriedades que tiram o poder dos adolescentes de escolher qual livro querem ler, e que, geralmente, os "traumatizam", fazendo com que cada vez menos pessoas sigam adeptas da leitura por prazer.
Gleidson 13/09/2023minha estante
Eu também li esse livro com maior prazer. Bem estimulante seu texto... ??


Geisa 13/09/2023minha estante
Aluísio Azevedo é maravilhoso, um dos meus preferidos


Dani 13/09/2023minha estante
Obrigada, Gleidson! ?


Dani 13/09/2023minha estante
Foi o primeiro que li dele, mas certamente lerei outros, Geisa! ?


Esdras 13/09/2023minha estante
Esse livro li na época da escola para um trabalho e se não me engano também para o vestibular anos depois e achei muito interessante. Preciso reler essa clássica obra.


Fernanda 13/09/2023minha estante
Até me deu vontade de ler. Ótima resenha ?


Fabio 14/09/2023minha estante
Ótima resenha, Dani!?
Concordo contigo, quanto alguns dos clássicos nacionais serem totalmente subestimados por nós mesmos, por consequência de serem lidos de forma obrigatória e sem os estímulos necessários por parte de docentes totalmente despreparados, e que acabam inconscientemente "traumatizando", as mentes ainda em fase de construção, e como consequência tornando-os insipientes, e como consequência acabam por não valorizar os gênios da nossa literatura.
Parabéns pela resenha e pela reflexão!


Dani 14/09/2023minha estante
Releia mesmo, Esdras! Sempre apreendemos algo novo quando lemos novamente alguma obra, mesmo sendo pela terceira vez, como no seu caso. Boa releitura!


Dani 14/09/2023minha estante
Ah, obrigada, Fernanda! Vale a pena dar uma chance, acredito que você irá gostar! ?


Dani 14/09/2023minha estante
Obrigada, Fabio! ?
Pois é, são questões complicadas que devem ser discutidas com urgência, para que haja uma mudança profunda no sistema educacional logo, já que a cada ano que seguimos nessa situação, muitas pessoas são afetadas. Às vezes os professores até tentam fazer algo diferente, mas acabam impedidos pelas diretrizes de cima, que tem outros objetivos. Enfim, o ?buraco é mais embaixo?, como dizem. Mas seguimos fazendo a nossa parte, tentando influenciar como podemos e torcendo para um futuro melhor e com mais leitores!


Fabio 14/09/2023minha estante
Concordo, Dani... temos que continuar a fazer a nossa parte!?


Mika Flamino 15/09/2023minha estante
Que resenha maravilhosa! Agora eu tbm quero ler hahahahah


Dani 15/09/2023minha estante
Ah, que bom que te influenciei, Mika hahaha. Leia mesmo, vale a pena! ?


Marcelokod 07/12/2023minha estante
Excelente! Tive que ler esse livro na escola na sexta série e na época (devido a minha então tenra idade) não gostei. Muitos anos se passaram e eis que decidi reler várias obras que li na escola. Reli essa obra-prima ano passado com outros olhos! Simplesmente sensacional!




Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/05/2018

Sendo considerado um dos maiores clássicos naturalista do século XIX, O Cortiço aborda temas polêmicos e delicados de forma crua.

Tive por ele uma relação de amor e ódio. À medida que a escrita primorosa e demasiada realista do autor me extasiava, um sentimento de asco por alguns personagens crescia. Foi uma leitura pesada, permeada de revolta e tristeza. Tristeza e revolta por saber que tudo explanado nas páginas desse livro faz parte da realidade. Quantas e quantas mulheres não são abandonadas por seus maridos quando para eles já não ?servem? mais? Quantas e quantas mulheres engravidam e têm que criar seus filhos sozinha porque o progenitor da criança lhe vira as costas? Quantas e quantas pessoas sofrem com a miséria, sobrevivendo em condições insalubres e quase desumanas? Quantas e quantas pessoas ainda não sofrem preconceito étnico? Quantas e quantas pessoas não são conduzidas por caminhos tortuosos devido ao meio em que vivem? Quantos e quantos massacres acontecem por causa do dinheiro, da soberba, da ambição?

O livro é ainda adornado com pinceladas de drogas, álcool, prostituição, pobreza e pagode (este como refúgio para as mazelas), afinal, de qualquer forma, o povo sempre dança.

Uma narrativa forte e altamente verossímil que é uma ferrenha crítica social brasileira.
28/05/2018minha estante
O cortiço é subproduto do capitalismo. Recomendo Quarto de Despejo.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/05/2018minha estante
Quarto de despejo tá na minha lista também. Pena que não achei pra baixar.


28/05/2018minha estante
Eu tenho, te passo.


28/05/2018minha estante
Te mandei um recado.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/05/2018minha estante
Oba!! Brigada, Rê. Te mandei o email i, box.


Rafa 30/05/2018minha estante
Este livro, quando se lê com prazer é muito bom. Mas fui obrigado a ler na escola. rs




Marlon Teske 24/09/2013

A Última Palavra em Soluções Imobiliárias
Confesso que comprei "O Cortiço" com aquele pé atrás de estudante de escola pública obrigado a ler livros de autores nacionais. Achei o tomo em uma padaria (!) que fica ao lado da rodoviária de minha cidade por causa do atraso do ônibus, e paguei a bagatela de R$3,00 ( Menos da metade de uma daquelas revistas toscas sobre tatuagens ou penteados que estavam do lado) .

Movido apenas pelo medo do tédio de ter que ficar ali sentado por muito tempo sem ter o que fazer e pra não perder a oportunidade de engordar a minha minguada biblioteca particular com mais um livrinho, deixei meus trocos no balcão. E hoje lamento não ter comprado outro pra presentear alguém com ele.

O Cortiço narra as desaventuras de João Romão desde os 13 anos quando começou a trabalhar até se tornar um dos homens mais ricos de todo o Botafogo, além de toda a lama e a sujeira que o capitalismo selvagem impõe aos que chafurdam no nosso país. Além disso, claro, como não poderia deixar de ser num título 100% ambientado no Rio de Janeiro cheio de pagode, sexo e sensualidade.

O melhor livro nacional que já li (confesso que foram poucos) com uma linguagem leve (para os padrões da época, pelo que li até chocou quando foi lançado) especialmente devido a detalhes sobre a escravidão e o homem como consumista frenético agarrado aos seus vinténs.

Leiam!

Lido em Dezembro de 2005.
[Ramon] 21/08/2014minha estante
Nossa, se até vc deu Five Stars então eu leio sim! :D


Davi 08/10/2015minha estante
eu li e é muito bom,é o melhor livro nacional na minha opinião também


Prô Rosangela 03/03/2018minha estante
chulo???????


Marcos.Lacerda 29/11/2020minha estante
Gostei muito do início do seu comentário. Os dois primeiros parágrafos são poéticos, agradáveis de ler, e até inspiradores.
Porém, data venia, considero associar a avareza humana ao capitalismo com um nexo causal intrínseco como um erro absurdo. Há descrições de pessoas avaras desde tempos antediluvianos, e elas expõem sua avidez desmedida desde épocas em que nem moeda havia: se tomava a propriedade. Este erro vem sendo disseminado em tempos coevos, e um exemplo vem de uma senhora que joga ao vento muitas bobagens, entre elas a acusação de que "o roubo é culpa do capitalismo" (a "filósofa" é a afamada Márcia Tiburi), como se nunca houvesse sido descrito um caso de roubo perpetrado pelos humanos até o ocaso do século XVIII.
No demais, fica aqui o registro de minha admiração por uma pessoa que tem o hábito da leitura, virtude rara nos habitantes de Pindorama, e que demonstra uma verve poética admirável e harmoniosa.
Cordiais Amplexos.


Kelly Martins 05/04/2023minha estante
Me identifiquei demais com o "pé atrás de estudante de escola pública obrigado a ler livros de autores nacionais". Me ocorreu o mesmo. Lendo a obra atualmente e simplesmente agradecendo a Kelly do passado por ter fugido de ler esse livro no ensino médio.


Fernanda2476 04/08/2023minha estante
Concordo muito, foi uma surpresa bastante agradável! E me impressionou como os temas e as realidades continuam atuais, poderia tranquilamente ser uma história narrada hoje em dia.




Mariana724 08/03/2023

??
Não consigo entender como esse livro poderia estar presente na biblioteca da minha escola, levando em consideração que estava na sessão infantil.
Livro com gatilhos pesados como ab**so, racismo,escravidão entre outros que prefiro não citar.
Com diversas menções ?brutas? sobre assuntos para ?maiores de idade?
Inclusive a relação entre o personagem principal com uma garota de 17 anos apenas por sua fortuna, e o ?descarte? de sua própria mulher por ser negra e pobre.
Apesar de poucas páginas a leitura é bem lenta e monótona, o fim resultou em algo completamente sem nexo e incompleto
Zé Vinicius 08/03/2023minha estante
Verifique o contexto da época, O cortiço é uma das primeiras obra do naturalismo brasileiro, não é sobre flores e aventuras adolescentes que ele iria falar, o livro se passa no período da escravidão no Brasil, período de um regime patriarcal e evidentemente machista...


08/03/2023minha estante
Eu achei esse livro muito cru e desconfortável, fiel a realidade da época. Foi uma leitura difícil p mim


OshoTemRazao 08/03/2023minha estante
Você é muito imatura, em termos literários, para entender a proposta do livro. O Cortiço é mais que uma crítica, mas uma denúncia a crueldade e miséria na sociedade brasileira do séc. XIX. Não espere um final feliz, um romance e coisas bonitas, a realidade nua e crua não é para todos.


Maria 14/03/2023minha estante
De fato é inadequado que o livro estivesse na sessão infantil da sua escola, mas é uma leitura cobrada em vestibulares pelo Brasil logo acredito que pudesse estar sendo direcionada aos estudantes do ensino médio. É bem pesado mesmo, Mari, você tem razão, mas é essa a intenção. Faz parte da escola literária realista-naturalista que quer criticar a escola anterior, o romantismo, e expôr os personagens em seus vícios e manias. É uma crítica social bem forte à sociedade da época e que se reflete na sociedade atual. Se você se interessar daqui algum tempo dê outra chance ao livro ou a qualquer outro dessa escola literária, sabendo que não vai ser agradável e que gerar incômodo também faz parte do papel da literatura!


Mariana724 14/03/2023minha estante
Opa maria, de todos os comentários desse post, o seu é o mais respeitoso de tudo, estudo em escola que contém apenas ensino fundamental, estou nos anos finais e este livro foi cobrado, porém ele em específico estava à disposição para qualquer criança lê-lo.
Me considero muito jovem para este tipo de leitura e pretendo futuramente ler esta obra novamente pois acho que futuramente terei mais maturidade para compreendê-lo melhor.




Jeff Ettore 08/04/2024

Simplesmente Brasil
Sentimento de angústia ao terminar esse livro. Esse cortiço representa demais o que é o nosso país. A desesperança e a certeza da desgraça para o desgraçados que vem desde os tempos de colônia. Livro com muitos personagens interessantes, muitas histórias tristes, partes difíceis de digerir. Mas uma obra fantástica, crua e dura. Feliz por ter lido e adorado esse clássico nacional.
Max 09/04/2024minha estante
Eu também gostei muito, Jeff!


Jeff Ettore 09/04/2024minha estante
Muito bom mesmo. Ainda tô digerindo...


Regis 11/04/2024minha estante
Esse é um livro que preciso muito reler, quando li não tinha o entendimento que tenho hoje e com certeza muita coisa passou batido.


Sandrinha 11/04/2024minha estante
Ótimo livro e resenha!


Jeff Ettore 11/04/2024minha estante
Sério??? Obrigado, Sandrinha. Geralmente eu detesto minhas resenhas. Mas valeu!!!




rodrigo963 24/11/2020

Desafio 2020 - novembro/livro q virou filme
Sucesso! Essa foi minha segunda tentativa em “o cortiço”, resultando em uma experiência muito positiva e enriquecedora. O cortiço representa um verdadeiro dilema social do Brasil, com uma linguagem mais popular, esse livro apresentou várias questões geográficas, sendo o principal motivo de tentar fazer leitura do livro no ano de 2015, ao processo de entender os contextos geográfico presente na literatura, porém abandonei essa leitura depois de duas páginas lidas, na época, ainda estava em construção minha relação com os livros.

Entre os vários personagens com suas histórias particulares, o próprio cortiço é, ou talvez não, o principal protagonista do enredo. Podemos observar sua participação na construção de uma identidade social nas pessoas, estabelecendo uma relação de apropriação e pertencimento no lugar. O próprio cortiço é um protagonista observador, está ali, observando os demais personagens da estória.

Assim, Aluísio buscou demostrar uma realidade mais vivida pelo povo /sociedade, além de destacar vários temas no seu livro, como: hipocrisia dos seres humanos, conflitos sociais, relação de poder, hierarquia, relação entre nativos e estrangeiros, escravidão e estereótipos. Além desses temas, podemos ressaltar: espaço geográfico, urbanização, apropriação e uso do espaço, hierarquia social, desigualdade social, identidade e geo-história.

No processo de leitura, achei esse livro engraçado em vários momentos do enredo, aquele tipo de engraçado tenso. Talvez seja uma ideia do próprio autor, estabelecer um humor nas tragédias do povo. Enfim, a hipocrisia.

ps: Esse livro é rico e maravilhoso.
Inaiara.LAbo 25/11/2020minha estante
sua resenha me fez querer reler!


rodrigo963 25/11/2020minha estante
Obrigado!! Fico feliz ??

Ps:super recomendo essa leitura ??


Tassio 28/11/2020minha estante
vou dar uma segunda chance! Espero que agora seja uma leitura boa?


rodrigo963 28/11/2020minha estante
Felipe, desejo q nessa segunda tentativa você tenha uma leitura muito produtiva/positiva. ??




Evelyn.Menezes 30/06/2017

RESENHA: O CORTIÇO
Este livro na verdade era para ser uma releitura quando tinha meus 12/13 anos tentei lê-lo, porém sem sucesso já que achei o livro chato, acabei abandonando o livro antes mesmo de chegar na metade. Alguns anos e muitos livros depois resolvi dar uma nova chance para esta obra.
Os primeiros capítulos, que são os de apresentação dos personagens, são um pouco arrastados o que me desanimou novamente porque comecei a pensar que o livro todo seria assim. Após passar essa parte de apresentações a história se tornou bem mais interessante, a forma como o autor descrevia a vida de cada personagem é maravilhosa e fez com que eu me envolvesse com os conflitos enfrentados por eles, por diversos momentos me peguei ansiosa para que a situação da Pombinha se resolvesse, sentia tanta raiva do João Romão e de como ele conseguia ser tão ganancioso e também com a mudança de comportamento dele que de avarento (que mesmo tendo dinheiro, continuava vivendo na miséria) passou a gastar dinheiro com roupas, bebidas e até mesmo reformando a casa e o cortiço. O fim da história me deixou chateada, já havia visto alguns vídeos e por causa disso já sabia o que ia acontecer, mas mesmo assim, a forma como ocorreu me comoveu muito e me fez refletir sobre como o ser humano pode ser ingrato e mudar sua índole devido ao momento ou ao ambiente em que vive.
Lucas Luan Lisboa 30/06/2017minha estante
Parabéns! boa resenha.


Evelyn.Menezes 30/06/2017minha estante
Obrigada


vanessa.pinheir 28/07/2017minha estante
Sabe pq vc sentiu isso?? Pq esse livro Naum foi feito para alguém com 12,13 anos. Acho q nessa idade a pessoa Naum tem tanta maturidade para ler o q está ali .


Evelyn.Menezes 01/08/2017minha estante
Oi Vanessa, concordo com você. Acho que na época que tentei ler pela primeira vez não tinha maturidade e bagagem necessária para ler e interpretar esse livro




Laís Gonçalves 23/02/2020

O que a ganância não faz?
O retrato é bem realista, e embora às vezes eu achasse a narrativa muito carregada, o livro tem alguns dos parágrafos mais bonitos que eu já li ( a descrição do amanhecer no cortiço é épica, assim como as narrações de brigas). Dá vontade de colocar vários dos personagens secundários em outras situações, dá pra ver cada cena se desenrolando (em câmera lenta e com trilha sonora especial). Apesar do excesso de personagens, cada um tem seu momento de destaque.

E alguns ainda tem a coragem (porque a noção está em falta) de dizer que nada que vêm do Brasil presta.

Personagens para guardar em um potinho ( e deixar morrer sufocado) : João Romão, Jerônimo (em partes).

Personagens para guardar de todo o mau : Bertoleza, Piedade, Augusta e Alexandre, Albino.
Lorena.Mireia 23/02/2020minha estante
Eu amo esse livro, um dos meus prediletos da literatura nacional.


Laís Gonçalves 23/02/2020minha estante
Você por acaso teria mais alguns para me recomendar?


Lorena.Mireia 23/02/2020minha estante
Na verdade, ainda leio muito pouco literatura nacional, mas outros que eu também gostei bastante foi Senhora, de José de Alencar e Dois irmãos, de Milton Hatoum. Recomendo ambos.


Laís Gonçalves 23/02/2020minha estante
Ótimo, obrigada.




Suh 11/07/2020

Apesar que ser um clássico a leitura não é difícil e consegue nos prender do começo ao fim. Não espere finais felizes, pois a obra explora o lado imperfeito do ser humano.
Com relação a essa edição, posso dizer que falta beleza e o tamanho da fonte do texto é muito pequeno.
Andressa 11/07/2020minha estante
Ando enrolando bastante para lê-lo.


Suh 11/07/2020minha estante
Sei como é, eu demorei para começar, mas depois a leitura fluiu bem


Andressa 11/07/2020minha estante
Vou tentar.




Bárbara Paradiso 23/05/2021

Que livro, senhores!
???Confesso que ao começar a leitura, estava ainda naquele clima de leituras obrigatórias dos tempos de escola, onde você entende que é uma leitura importante, mas encontra um obstáculo com a dificuldade da linguagem do livro.

???Entretanto, esta foi minha maior surpresa. O enredo deste livro é fascinante, as vezes nauseante, é verdade, mas que realidade não o é?

???De fato, a linguagem empregada se torna um pouco complicada por se tratar de gírias usadas no final do século XIX. Mas os dicionários estão aí para isso, não? E ainda te dão de brinde novos termos para usar no dia a dia (não que isso seja uma boa ideia, mas... kkk). Ah, e estas gírias não comprometem o total entedimento da leitura.

???Os personagens não se apresentam diretamente como vilões e heróis, são apenas pessoas sobrevivendo, com seu lado institual a flor da pele. Estímulo e resposta, simples assim! Não atoa o autor da obra sempre compara seus personagens a animais.

???Muito interessante analisar as emoções que os personagens em questão nos dispertam. Afinal, tudo que nos afeta, tem muito a dizer sobre nós mesmos. Portanto achei genial a forma como ele usou o espaço e as relações entre os pernsonagens!

???Quanto as reflexões sobre o contexto social da época, e a triste comparação com o nosso contexto social atual. Isso fica na conta de cada um, mas que esta obra te vai fazer pensar e mexer com seus sentimentos, é bem provavél. Tire a prova!

???Em minha humilde opinião. Este livro é fantástico! Que livro, senhores! ?
Priscila 24/05/2021minha estante
Adorei a resenha.
Li este livro na época da escola e lembro de ter gostado muito mas não lembro quase nada da trama, quero muito relê-lo ainda, assim como a todos os lidos nessa época, mais de vinte anos atrás...rsss


Fernanda 24/05/2021minha estante
Parabéns pela resenha. Poderiam fazer uma versão atualizada, apesar da original ser muito boa.


Lilian Sturione 24/05/2021minha estante
Eu tenho esse livro na minha meta de leitura pois também o li no ensino médio e por obrigação tenho muita vontade de reler agora com maturidade




Lucas 24/04/2016

Representação da essência primitiva do ser humano
Um clássico da literatura nacional, lançado há mais de 120 anos, que ainda impressiona e gera diversos estudos a respeito. O autor maranhense Aluísio Azevedo trouxe algo novo no país à época, o naturalismo como ramo literário, influenciado grandemente pelas teorias evolucionistas, formuladas especialmente pelo biólogo britânico Charles Darwin. No fim do século XIX, o mundo vivia a Segunda Revolução Industrial, período na qual houve a consolidação de ciências como as engenharias, a biologia, a química, entre outras. Além disso, o aspecto empírico adquiriu grande importância nestas ciências: para uma teoria ser válida, era preciso que tal hipótese fosse efetivamente testada; a teoria não tinha sentido algum sem a comprovação prática.
Tal mudança (ou evolução, a palavra da moda àqueles tempos) de paradigmas também influenciou a literatura da época. Baseado nos ideais darwinistas, nas quais pressupunham basicamente que a formação do ser vivo é determinada fortemente pelo ambiente em que ele se desenvolve, surge o naturalismo, primeiro na França com Émile Zola, posteriormente no Brasil, cujo maior expoente em terras tupiniquins foi O Cortiço.
Diante destas breves definições, o leitor da obra-prima de Aluísio Azevedo percebe em termos literais, que de fato, o ser humano é fortemente influenciado pelo seu meio. E essa certeza adquirida após a leitura é construída pela história que é desenvolvida; uma infinidade de pessoas, colocadas em um mesmo contexto social, propício para que estes tipos desenvolvam seus instintos mais primitivos, nas quais se destacam o senso de sobrevivência e de bem-estar, este último impulsionado basicamente pelo poder do dinheiro. É como se o cortiço da história fosse um laboratório, onde a inserção de cobaias (personagens) e suas inter-relações fossem documentadas empiricamente, dando origem a uma obra fundamental da literatura brasileira.
Pouquíssimos livros tem tamanha carga crítica, alimentada pela profunda representação dos malefícios sociais destes instintos primitivos. O Cortiço não possui personagem principal, nem vilões e mocinhos; todos os que participam da história são ambíguos. Aspectos (ou pecados) como cobiça, inveja, avareza, adultério, furto e materialismo excessivo são muito presentes, tornando o livro, de certa maneira, uma representação do que o ser humano é capaz de fazer para sobreviver e ter êxito em sua sobrevivência. A obra de Azevedo ensina firmemente que por mais bem intencionado que um ser é, ele pode ser corrompido, tamanha a influência do meio em sua existência.
Apesar de não ter um protagonista (ao menos de carne e osso, já que a difundida ideia, de que o próprio cortiço de São Romão assume este papel principal, é válida), fica claro que o cerne da narrativa passa por João Romão, descendente de portugueses, que adquire uma venda (mercearia), e, sempre à custa de muita economia e avareza, adquire um terreno aos fundos de sua instalação e constrói um cortiço, construção rústica composta de diversos apartamentos, muito comum na população mais pobre do Rio de Janeiro da época. Além de Romão, é injusto não mencionar Bertoleza, que possui relação de escrava e amiga com o dono do cortiço e cuja personalidade é influenciada pela sua origem; além disso, sua participação é decisiva ao desfecho da história, um dos pontos altos do livro.
Por fim, a leitura de O Cortiço é recomendada para que sejam compreendidos os aspectos que classificam o lado animalesco do ser humano, caracterizados pela sua busca desenfreada por uma sobrevivência satisfatória. Uma prévia compreensão mínima do naturalismo e de teorias evolucionistas torna a leitura mais agradável e clara. A obra não faz o leitor emocionar-se ou apegar-se a algum personagem específico, mas é fascinante compreender (nas diversas metáforas que são feitas na história) o que o homem é capaz de fazer para se dar bem.
Natalie Lagedo 03/05/2016minha estante
Esta resenha me deu vontade de reler o livro.


Lucas 03/05/2016minha estante
Nobre Natalie! Compreensível, livro extremamente bem construído. :)


Nessa 11/10/2016minha estante
Acabei de terminar o livro, ele é muito impressionante mesmo.




Andréa 18/03/2010

Um livro que a muito me assombrava.
Depois de 2 tentativas frustradas, finalmente consegui chegar ao final. O livro vale para quem gosta de estórias cotidianas e sem grandes motivações. Um dia depois do outro e a natureza humana exposta de forma fria e cruel. Uma das lições que se pode tirar do livro é de que no final os maus triunfaram. O livro foi assim desde o início, não havia compaixão, nem moral e muito menos respeito pelo próximo. Não consegui destacar um único personagem que não tenha se tornado ainda mais miserável durante a narrativa. Aqueles que não seguiam o caminho da desonestidade se tornavam ainda mais pobres materialmente, enquanto que aqueles que progrediam na vida, se tornavam cada vez mais miseráveis moral e humanamente falando.
Muito se tem comparado o "cortiço" com as favelas dos dias atuais, até concordo no que diz respeito a falta de oportunidade e bens materiais, mas não acredito que a miséria material seja responsável pela miséria moral, nas favelas existem sim bandidos, mais a grande maioria são pessoas honestas e trabalhadoras. A falta de moral e escrúpulos podem ser encontrados tanto em uma favela como em um condomínio de luxo. Achei uma visão muito preconceituosa do autor, ao retratar o cortiço como local não de pobreza material, mais sim de pobreza moral. O final tentou chocar, mas uma vez que todo o livro é composto de pequenas estórias cotidianas, foi previsível e vazio; terminei aliviada em me ver livre de um livro que a muito me assombrava.
Ellatti 01/07/2010minha estante
Não gostei da visão do autor, não gostei do enredo e acavei desistindo também, não acho que eu vá terminar algum dia.


Aline 05/02/2014minha estante
Amei, li umas 3 vezes!


Andréa 05/02/2014minha estante
Nossa Aline, eu só consegui terminar essa leitura na terceira tentativa e você já lei 3 vezes? O que tanto te agradou no livro?




Horroshow 13/12/2016

Resenha por Jacqueline Romaro (Blog Horrorshow)
Clássico da literatura naturalista, O Cortiço apresenta como personagem principal o próprio - o cortiço de São Romão no Rio de Janeiro.
"Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo."

O cortiço foi construído após o enriquecimento praticamente ilícito de João Romão, um português avarento que tem mantém sua amante Bertoleza na ilusão de ter a carta de alforria da então ex escrava. O português conseguiu enriquecer com seu trabalho frenético de comerciante e pequenos roubos em suas vendas - e depois do cortiço, com os trabalhos incessantes de Bertoleza.

Com a construção do cortiço, João Romão passa a ter uma certa inimizade com o vizinho Miranda, dono de um belo sobrado, que na verdade se dá pela inveja de João Romão ao título de nobreza que Miranda ganhou após o casamento com Estela. No interesse de imitar o inimigo, o dono do cortiço constrói uma pedreira e convida Jerônimo para ser o coordenador dos trabalhadores, outro português importante para a história.

(...) Leia mais no link abaixo

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2016/11/o-cortico-aluisio-azevedo.html
Sandy 01/06/2017minha estante
Se tu não leu o livro, porque tem ele como lido e ainda fez uma resenha?


Horroshow 31/01/2018minha estante
Oi Sandy, tudo bem? Não entendemos o que quis dizer com o seu comentário. O livro foi lido e resenhado pela Jacque, uma das membras do blog. :)


Sandy 03/02/2018minha estante
Oi, foi um bug do meu app! Ele mandava comentários para publicações diferentes e eu só fui notar um tempo depois (pode ver como faz tempo que foi publicado). Desculpe o incômodo!




Mikaela 02/09/2021

O cortiço
Quando peguei esse livro pra ler, meio que ao acaso, jamais imaginaria que gostaria tanto dos personagens, da escrita de Aluísio Azevedo, do ritmo da história e desse cortiço onde de tudo um pouco acontece.
São tantas reviravoltas que é quase impossível perder o interesse no livro. Gostei do começo ao fim, sem dúvidas uma leitura surpreendente e muito agradável.
Carolina.Gomes 02/09/2021minha estante
Eu gosto muitooo desse livro.


Mikaela 02/09/2021minha estante
Já entrou pra minha listinha de nacionais favoritos!


Carolina.Gomes 03/09/2021minha estante
Meu tb!! Pretendo reler.




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