O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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Gossipbooks0 07/06/2023

Um clássico sempre será um clássico
Confesso que O cortiço não foi uma leitura planejada e sim uma obrigação. Por que? Trabalho de literatura..
Mas o livro me surpreendeu demais, achei a história super atual e genial, pelo fato de Aluísio Azevedo critica os padrões e a patologia da sociedade da época. Aluísio criticou o casamento adúltero, no qual o homem também trai seus votos de matrimônio, que no caso de outras escolas literárias. Criticou o capitalismo que é bastante representado pelos dois portugueses João Romão e Miranda, a falsa liberdade da "ex escrava" Bertoleza, o estereótipo da mulher brasileira sedutora e promiscua que a morena Rita Baiana exala, a virgem e atrasada Pombinha.
Não podemos de esquecer do racismo presente na obra, que no caso não vem do autor e sim dos pensamentos da época que se passa no período histórico do fim da escravidão e o começo da primeira República do Brasil, ou seja, os pensamentos da Europa e da supremacia branca europeia ainda era bastante presente na obra.
Outro fator sobre livro é que como ele faz parte da escola literária do Naturalismo, ou seja, será bastante baseando no livro A origem das espécies de Charles Darwin e conterá bastante características do Determinismo, que é a filosofia de que tudo que aconteceu anteriormente são os resultados do que vivemos no presente. E outra característica do Naturalismo é a zoomorfização humana, que Aluísio deixa bastante presente em sua obra quando usa verbos e palavras que usamos para nos referir aos animais, como "mugir" e "emprenhada" ou até mesmo como os moradores do cortiço agem como animas, e se entregam facilmente aos seus desejos sexuais.
Meu veredito é que o cortiço mereça maior reconhecimento da sociedade brasileira, pois nele você encontra diversão e uma nova forma de pensar.
Jairo_books 07/06/2023minha estante
Resenha perfeitaaa




bruunaboch 15/10/2021

Surpresa
Se o objetivo do autor era me fazer sentir ódio por todos os personagens, ele atingiu esse objetivo com sucesso. Eu nunca tinha lido um livro que eu não gostasse de um personagem (até gosto da Bertoleza).

Tantas coisas erradas que aconteceram mas que se encaixam bem no contexto histórico do livro.

Se eu tivesse lido ele ano passado com certeza teria dado menos de 3 estrelas, mas agora tô começando entender que livro não é só entretenimento.
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Samucca 07/02/2023

Esplêndido
O grande romance do naturalismo brasileiro apresenta um mosaico inesquecível de personagens. Um estudo (candente e ainda atual) sobre a vida dos menos favorecidos.
Leitura obrigatória do vestibular da fuvest.
Publicado em 1890, O cortiço é um marco da aclimatação do naturalismo em nossas letras. É também uma denúncia (ainda muito atual e aguda) das condições de vida das classes populares, espremidas em lugares insalubres e exploradas por patrões gananciosos. A ascensão social do português João Romão é contada com objetividade científica. Outros personagens também são examinados no microscópio de Aluizio Azevedo: Miranda, Zulmira, Bertoleza, Jerônimo. O choque da mentalidade do velho mundo com a exuberância do Brasil é representado pela relação entre os personagens e o meio (físico, social e geográfico) em que vivem.
Um romance forte e absolutamente indispensável para qualquer leitor brasileiro.
Aquila.Tavares 07/02/2023minha estante
Engraçado, na escola eu fui obrigada a ler esses livros e hoje eu sou doida querendo reler pq esqueci tudo o que eu li no ódio kkkkk




Carlos Nunes 30/11/2020

Naturalismo nacional
Esse é um livro bastante conhecido, até por ser leitura indicada nas escolas. O CORTIÇO é uma obra focada numa habitação coletiva, muito comum no Rio de Janeiro do século XIX, retratando o cotidiano dos seus moradores, suas lutas diárias pela sobrevivência e a ascensão social de João Romão, o proprietário, disposto a tudo para enriquecer e subir na vida.
João Romão é um português pobre mas muito determinado, que monta uma taverna junto com a escrava Bertoleza, companheira de trabalho e amante, e à medida que o dinheiro vai entrando, vai construindo o cortiço. Quando enriquece, compra a pedreira atrás do cortiço. Assim, de uma forma ou de outra, ele vai explorando todos os outros personagens.
O cortiço é habitado pelas classes consideradas mais baixas e marginais: operários, imigrantes recém-chegados, lavadeiras, prostitutas. Seus moradores representam os comportamentos tidos como promíscuos, preguiçosos e viciosos, atribuídos aos pobres, negros e mestiços, como violência, homossexualidade, prostituição e traição conjugal.
Ao lado do cortiço, existe o sobrado do Miranda. Também um português, que enriqueceu pelo casamento. É o ambiente típico da burguesia em ascensão, com uma vida sossegada e superficial, o tempo dedicado à cultura e ao lazer, representando o estilo de vida e as preocupações das classes mais altas.
E enquanto enquanto acompanhamos as vidas dessas personagens, João Romão vai se refinando, passa a se vestir melhor, a frequentar lugares da moda, acaba construindo um sobrado ainda maior que o do Miranda e passa a acalentar o sonho de se casar com Zulmira, a filha do vizinho. Mas a escrava Bertoleza é um empecilho e ele precisa se livrar dela de alguma forma - e fará isso de uma forma bastante cruel.
É curioso notar que o cortiço parece acompanhar o dono nessa ascensão social, fazendo com que os moradores mais pobres se mudem para uma outra habitação na vizinhança, deixando claro que essa diferença de classes sempre existirá - é o determinismo característico da escola naturalista.
A importância de O CORTIÇO é justamente porque ele retrata com tanta fidelidade essa sociedade carioca, espelhando o espírito da época. Mas ele não é unanimidade. Mesmo entendendo sua importância histórica, alguns estudiosos argumentam que, literariamente, O CORTIÇO não é um bom livro, justamente porque o autor optou por fazer um romance de tese, focando excessivamente nas descrições e nos argumentos sustentadores das ideias do naturalismo, em detrimento da história e do desenvolvimento das personagens. Mas não deixa de ser um livro muito interessante, de leitura agradável, uma obra que merece ser conhecida por todos, pela importância que tem em nossa literatura.
Mais detalhes no vídeo abaixo.

site: https://youtu.be/wWjOZQ0PJNU
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Letícia Fontenele 13/05/2021

Interessante
A leitura no início foi bastante confusa pra mim, tive vontade de deixar de lado, mas repensei e reli algumas resenhas para voltar a ter ânimo com a leitura e após a metade do livro eu me surpreendi muito. Por ser um livro antiguíssimo, a linguagem dele tem algumas expressões antigas da língua falada por aqui, mas é perfeitamente possível de entender. O que no começo era arrastado e confuso pra mim, ficou instigante. Comecei a associar os personagens direitinho a cada situação sem me perder com os nomes e até me acostumei com o estilo da escrita. Essa obra é caracterizada por ser uma obra naturalista, principalmente por conta de seus personagens que são descritos de forma animalesca. Acontecem coisas bem pesadas como abuso sexual, prostituição, adultério, assassinato... e isso é o que distancia a obra do romantismo exatamente como as obras realistas fazem. Apesar de eu saber que naquela época era considerado normal, as partes que mencionam a escrava Bertoleza me incomodaram muito por serem, na maioria, racistas. Infelizmente é um problema da época e não rebaixa o nível do livro em momento algum, apenas foi chato pra mim ler aquilo e ler as partes pesadas que eu já mencionei. O final me surpreendeu, me deixou um pouco em choque kkkk pretendo saber a opinião de outros sobre. Fiquei tão chocada que estou achando que não entendi direito o que aconteceu kkkk. Recomendo, é um bom clássico.
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Anna.Julia 28/06/2021

Viciante e muito divertido
Tudo que se passou no livro pra mim foi um misto de bizarrice, nem tão bizarra assim. Isso porque mesmo que as situações sejam diferentes das de hoje, elas não estão distantes o suficiente pra eu não perceber a relação com a realidade em que vivo hoje. em algumas partes do livro eu cheguei a sentir ânsia de vômito, em outras ódio, ansiedade, contudo na maior parte do tempo eu sentia raiva, e o livro não descriminou, eu senti isso em relação a todos os personagens principais em algum momento da narrativa. Conclusão: recomento muito, embora saiba que não seja o tipo de leitura preferida por todos, sei que vale a pena conhecer e entender o motivo desse livro ser um clássico.
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Danilo546 30/09/2020

Livro importante para conhecer o Naturalismo e o que ele representou para a literatura nacional, mas dificilmente voltarei a ler. É repleto de ?saliências? e algumas são totalmente desnecessárias para a história, estão ali apenas para atrair a atenção de um público maior (exatamente como a maior parte dos filmes, séries e novelas de hoje).
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celle 17/01/2021

Superou minhas expectativas!
Seria eu capaz de fazer uma resenha deste livro que é tão Brasil quanto o próprio Brasil?!

O cortiço é um romance naturalista escrito por Aluísio Azevedo. Mais um clássico brasileiro, que merece esse título e poderia até se equiparar a romances machadianos (em minha humilde opinião).

O cortiço, no livro, é um organismo vivo, a personagem principal, pelo qual a história toda se passa e se resume. Os moradores desta estalagem, são secundários, são como animais, poderíamos dizer. E vale ressaltar: existem muitas críticas!

João Romão é a personificação do capitalismo predador; ele: o fundador e construtor do cortiço, que cobiça a fortuna do Miranda e faz de inferno a vida de Bertoleza. Vemos também o desenrolar do sensual e adúltero romance entre o português Jeromo, que se encanta com a dança e o movimento da brasileira Rita Baiana. A partir daí, surgem críticas contra a exploração popular e a violência, como também muito determinismo e realismo.

Não espere terminá-lo pulando de felicidades. Ao invés disso, você fica baqueado mesmo. O que acontece com Pombinha, a moça inteligente e destacada, é desanimador (o meio social, de fato, determinou a sina da personagem); e tudo que parece ter começado a erguer uma faísca de final feliz, apagou-se. É uma obra para refletir, para estudar e para imaginar o Brasil e os brasileiros. Superou minhas expectativas e eu amei viver essa estória.

Ressalva: realmente será uma leitura chata e impossível de entender se você não estiver habituado à escrita clássica brasileira. É assim. Então não recomendo para quem não tiver passado por um Machado da vida, ou qualquer um destes.
Tiago.Boaventura 17/01/2021minha estante
Livro maravilhoso. Terminei a leitura tem pouco tempo e endosso suas palavras aqui da resenha.


celle 18/01/2021minha estante
?




ajsjad 19/06/2022

Essencial
O impacto que essa obra causou em mim foi, no mínimo, inesquecível. A narrativa, em si, é muito fluída, diferentemente de muitos clássicos prolixos e mirabolantes (nada contra eles) que enlouquecem qualquer vestibulando.

As críticas desse livro são muito atuais no que tange à pobreza, desigualdade socio-racial, submissão feminina, violência policial e etc. Porém, vale salientar que apesar de incluir personagens de todas as raças, o autor apela constantemente à representação do europeu como um homem casto, trabalhador e inteligente e do brasileiro "mestiço" como um indivíduo descansado, patusco e voluptuoso. Todavia não vou entrar nesse mérito nessa resenha, até porque o Azevedo não é obrigado a ser um homem à frente de sua época e o mérito dele na composição dessa obra é inegável, seu enredo é bem condizente com a realidade em vários aspectos e as personagens são muito cativantes.
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paixão 09/05/2023

Razoável
Com certeza não é um dos melhores livros nacionais que eu já li, mas posso dizer que me fez enxergar a triste realidade dos cidadãos menos abastados no Brasil daquela época. Uma boa experiência se você quiser uma aula sobre consciência de classe e sobre como nosso status social afeta nossa mente e nossa conduta.
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Jessyka.Evelyn 21/06/2020

Um livro ousado,hipnotizante e fundamental!
O pensamento político e social desse livro defende a ideia de que quando se nasce pobre e não se tem grandes oportunidades na vida, sofre preconceitos raciais e sociais que podem sim influenciar nas escolhas morais e na formação de caráter das pessoas ao decorrer da vida.
Fala sobre a vida em um cortiço, onde não havia higiene e segurança, em pequenos cômodos viviam famílias
inteiras.
O escritor realista/naturalista retrata personagens em decadência moral,
estereotipados, cheios de vícios e patologias, comparados a animais tendo como resultado de influências sociais, históricas e biológicas. É de uma enorme tristeza o fim desastroso desdes personagens!
Um livro realmente esclarecedor e fundamental para entender o Brasil que infelizmente retrata o destino desta grande parte da sociedade!
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Ana 24/10/2022

Muito bom
Esse foi o primeiro livro desse estilo que eu realmente gostei de ler! A história é muito envolvente, o narrador descreve a vida de cada morador do cortiço, deixando o leitor dentro do livro. Se a escrita fosse mais simples de entendimento o livro seria perfeito!
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Giu 25/02/2022

Releitura
Depois de anos, reler esse livro foi incrível, relembrar as histórias singulares de cada um do Cortiço, e o Cortiço em si que vibra com cada emoção de seus moradores.
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Marcos 21/08/2020

Grande livro. As leituras obrigatórias na época da escola me deixaram com um pé atrás em relação aos clássicos nacionais. O Cortiço é um retrato fiel da sociedade marginal da época.
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