Sábado

Sábado Ian McEwan




Resenhas - Sábado


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Bruno Malini 26/03/2021

Bom
Excesso de passagens descritivas atrapalham o ritmo do cerne principal do livro.
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Alebarros 08/07/2009

Existe algo pior do que viver sob um clima de ameaças? Sim, existe: é ter que enfrentá-las. O livro se passa em 2003, período em que a Inglaterra, aliada americana, está prestes a enviar suas tropas ao Iraque. A tensão toma conta de Londres e também da vida do neurocirurgião Henry Perowne. Com uma carreira brilhante, um casamento perfeito e filhos maravilhosos, Perowne planejou desde cedo uma vida feliz, sem margem para desvios. Mas não é bem esse o rumo que tomam os acontecimentos.

‘Sábado’ tem algumas das passagens mais belas que já li. Como a que fala das sensações de Henry, homem ligado ao mundo da ciência, racional, enquanto se deixa levar pela música da banda de blues do filho. Ou quando compara um chute a um soco - atos violentos, sem beleza alguma no mundo físico, viram poesia nas mãos do autor.

Enfim, Ian McEwan está ficando previsível: tem produzido uma obra de arte seguida da outra.
Aída 10/07/2009minha estante
Bela resenha, instigou-me a conhecer a obra...




Nidia Lysney 30/05/2020

Acompanhamos um sábado de folga atípico do neurocirurgião Henry Perowne através de sus reflexões e pensamentos sobre os acontecimentos que vão se desenrolando. Não é genial como Reparação e nem tocante como Na Praia, mas não deixa de trazer reflexões interessantes.
Leitura e . 30/05/2020minha estante
Oii.. boa noite, tudo bem? Desculpa interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar para seguir meu instagram literário e me acompanhar em minhas leituras... E vai rolar sorteio de um livro no Domingo!! Te espero la! Obrigado ? ??

@leituraeponto




Carlozandre 11/01/2010

Porque hoje é sábado
Depois de Proust, o heróico passou do mundo exterior para o universo íntimo. Depois de Joyce, o épico passou a caber em um só dia. Agora, um dos principais escritores da atualidade, Ian McEwan, parece combinar ambas as conclusões para defender que, depois de 11 de setembro de 2001, o mal-estar da civilização ocidental não tem mais foco, resumindo-se a um tatear às cegas em meio a um sentimento difuso de perplexidade.

McEwan é o autor de Sábado, romance cuja tradução sai pela Companhia das Letras e que narra em 334 páginas um único dia na vida de um competente neurocirurgião britânico. Homem de temperamento contido, não dado a demonstrações de afeto, que vê o mundo pela lente rígida da ciência e não tem muita paciência para a arte, a fantasia e a literatura, o doutor Henry Perowne acorda no meio da madrugada de sábado, 15 de fevereiro de 2003, e, ao abrir a janela, enxerga um avião em chamas sobrevoando Londres.

A associação com os atentados de 2001 é imediata, e Perowne, intranqüilo, perde o sono. Dali até a madrugada do dia seguinte, perderá mais do que isso.Perderá uma partida de squash com um colega de hospital e, ao avançar o carro em uma rua bloqueada para a manifestação, baterá seu Mercedes no carro de um homem violento e perigoso, perdendo a tranqüilidade do que seria um sábado de folga. Um dia no qual estava previsto um jantar de família entre ele e sua mulher, os filhos - uma poeta e um músico de jazz - e o sogro, um velho literato cheio de manias.

Enquanto Perowne prepara seu jantar em família, nas ruas de Londres um milhão de pessoas se prepara para marchar contra a iminente mas ainda não deflagrada Guerra do Golfo. Graças à prosa suntuosa de McEwan (também autor de O Inocente e Reparação), Sábado é um passeio árido e metódico pela mente de Perowne e pelas análises racionais,

quase clínicas - e também infrutíferas - com que o cirurgião costuma ordenar sua visão do mundo e da vida.

Perowne alterna dúvidas de alguém acomodado a uma situação confortável com um cinismo que o protege de tomar decisões apressadas. Suas reflexões plasmam a impossibilidade de enxergar o século 21 com os mesmos olhos de antes do 11 de setembro e ao mesmo tempo a confiança num sentido histórico que relativiza as noções apocalípticas modernas ("Sempre existem crises, e o território islâmico será posto em seu lugar, juntamente com as guerras recentes, a alteração climática, a política de comércio internacional, a escassez de água doce e de terras, a fome,a pobreza e o resto").

Mas, assim como o racional cirurgião é um incorrigível crente na ciência e no progresso ("Esta é uma época de máquinas maravilhosas. Telefones portáteis, pouco maiores do que a nossa orelha. Vastas bibliotecas de música guardadas num objeto do tamanho da mão de uma criança"), a própria narrativa, depois de um dia cansativo em que a tranqüilidade bem posta do médico é destruída pela violência, reafirma um tom otimista no valor da arte e da ética.

Quando a casa de Perowne é invadida pelo homem do carro batido, é a leitura de um poema que salva a situação. E é o médico quem deve salvar o meliante que pouco antes ameaçava a sua vida e a de sua família. E ele o faz. E ao fim do dia, Perowne, o Bloom do século 21 - narrado com uma prosa mais "conservadora" do que a de seu similar de mais de meio século antes - dorme, deixando à escuridão do sono a tarefa de afogar os traumas e delícias de um dia que, como o mundo, saiu dos eixos.
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Joicinha 29/12/2013

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No começo da leitura demorei um pouco para me acostumar ao estilo de escrita do autor. Confesso que é um estilo bem diferente dos livros que estou acostumada a ler. Mas depois de pegar o jeito a leitura flui muito. A obra é mais focada em questionamento do que os fatos em si. Durante a narrativa o autor encaixa sua opinião e critica sobre a politica, faz questionamentos existencialistas e expõe ao leitor novas ideias. Ele simplesmente nos faz pensar sobre assuntos cotidianos, coisas que fazemos todos os dias repetidamente sem que percebamos por ser um simples ato rotineiro. Além disso, nos trás uma consciência diferente do ambiente dos personagens, não apenas descrevendo-o, mas atribuindo um significado para cada objeto.
Até agora me pareceu instigante. Somente os termos médicos ou procedimento cirúrgicos pode parecer um pouco tedioso para quem não tem muito conhecimento no assunto.


Leonardo 15/01/2021

Henry Perowne, médico neurocirurgião Londrino, acorda no meio da madrugada de Sábado, seu dia de folga, e vê uma cena inusitada. A partir daí várias coisas acontecem em seu dia e as suas 24 horas serão narradas pelo autor Ian McEwan neste romance descritivo, cheio de fluxo de consciência e por vezes arrastado e cansativo. Foi meu primeiro contato com a escrita de Ian e não posso dizer que desgostei, porém não foi uma leitura que amei, foi uma boa leitura apenas. Acredito que o estilo da escrita deste livro no formato de um dia inteiro tenha me feito ficar cansado e achar que algumas coisas estavam ali somente pra encher parágrafos.
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Shadai.Vieira 27/11/2020

cansativo!
várias vezes durante os quase 14 dias que levei para terminar esse livro pensei em abandoná-lo.
uma das leituras menos prazerosas que tive esse ano, mas não significa que seja uma obra ruim, apenas não recomendo para quem prefere escrita que flui bem.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 28/05/2010

Ian McEwan - Sábado
Editora Companhia das Letras - 336 páginas - Publicação 2006 - Tradução de Rubens Figueiredo.

Este romance de Ian McEwan, lançado originalmente em 2005, é envolvente e bem construído, mas enfrenta um grande problema: é também o sucessor da obra-prima "Reparação" de 2001, já considerado pela crítica como um dos melhores trabalhos de ficção da literatura inglesa contemporânea. O tempo decorrido entre os dois romances, gerou muita expectativa em torno do lançamento de "Sábado" e alguma frustração pela comparação de duas composições totalmente distintas em estilo e conteúdo.

Comparações a parte, "Sábado" tem alguns pontos fortes a se destacar. Talvez seja o primeiro trabalho de literatura abordando considerações sobre a nova ordem de pânico mundial criada após os atentados de 11 de setembro, especialmente na sociedade inglesa, alvo frequente de terroristas, devido à tradicional política de alinhamento com os EUA. Adicionalmente é o resultado de uma intensa pesquisa médica que proporcionou uma narrativa convincente e descrições detalhadas do trabalho do protagonista, o neurocirurgião Henry Perowne. Finalmente, somos mais uma vez presenteados pela fina erudição de McEwan, principalmente no campo da música, seja clássica ou popular.

Sábado, 15 de fevereiro de 2003, um dia difícil na vida de Henry Perowne que presenciará eventos marcantes em Londres devido à maior manifestação popular já vista na cidade, com 1 milhão de pessoas nas ruas protestando contra a invasão do Iraque e ao mesmo tempo sofrerá as consequências de um acidente banal de trânsito que acabará colocando em perigo a sua vida e a integridade da própria família.

Perowne e sua esposa Rosalind, uma conceituada advogada, são totalmente dedicados ao trabalho e a suas respectivas carreiras. Ambos conseguiram conquistar uma posição social invejável e uma vida luxuosa como McEwan bem descreve na seguinte passagem que revela o sentimento de culpa de Perowne em relação ao seu carro: "Um Mercedes cor prata S500, com estofamento de cor creme - e ele não se encabula mais com isso. Não que goste disso - é apenas um componente sensual daquilo que ele considera como o seu quinhão supergeneroso dos bens do mundo. Se ele não o possuísse, diz a si mesmo, outra pessoa o possuiria."

O casal, apesar da dedicação ao trabalho, conseguiu criar dois filhos extremamente talentosos, Theo que é um guitarrista no estilo da escola de blues britânica seguindo os passos de Alexis Korner, John Mayall e Eric Clapton e a filha caçula Daisy uma premiada poetisa que está editando seu primeiro livro. Uma passagem marcante do livro (pelo menos me tocou profundamente) é a seguinte auto-análise de Perowne em relação ao talento do filho: "A guitarra de Theo o fere porque também comporta uma repreensão, a lembrança de uma insatisfação reprimida em sua própria vida, do elemento ausente. Essa sensação pode crescer quando termina uma parte do concerto e o neurocirurgião despede-se carinhosamente de Theo e de seus amigos e, ao sair para a calçada, resolve ir a pé para casa e refletir. Não existe nada em sua vida que contenha aquela inventividade, aquele estilo de ser livre. A música fala a uma aspiração ou uma frustração que não se manifestou, a sensação de que recusou a si mesmo um caminho livre, a vida do coração celebrada nas canções. Tem de haver mais na vida do que simplesmente salvar vidas."

O pano de fundo de toda a narrativa é o momento histórico decorrente do debate em torno da invasão ou não do Iraque. O questionamento da legitimidade de se invadir um país para depor um tirano como Saddam com base nos argumentos, hoje sabidamente falhos, de um possível arsenal de armas químicas e da ligação do Iraque com a organização terrorista Al-Qaeda e Bin Laden. O sentimento de insegurança da população londrina é compartilhado por Perowne que descobre que todo o seu mundo de certezas pode se tornar repentinamente inseguro e sem sentido.
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Georgia 05/03/2014

Você é capaz de incluir 200 páginas em seu sábado?
O que mais nos encanta é a forma como o autor constrói a narrativa. São 200 páginas que cabem nos acontecimentos de um sábado. O grande cirurgião Henry prepara o seu dia. Rosalinda, sua esposa, sai cedo para trabalhar e ele inaugura a sua manhã presenciando a queda de um avião. O cenário é de manifestações, protestos e na evolução desse sábado, Henry precisa cuidar dos seus assuntos pessoais: a filha virá de longe, o sogro, janta, o filho até que um acidente muda a rotina do neurocirurgião que...terminará no sábado.



site: https://www.facebook.com/2000livros
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Beluga 27/03/2017

Reflexões de um sábado
Confesso que jamais havia lido qualquer coisa de Ian McEwan; por isso, num desses arroubos de só ir comprar um livro pra ler e despertar meu interesse, comprei logo duas obras suas, ‘Sábado’ e ‘Redenção’. Acabei indo primeiro em ‘Sábado’, justamente por ser menos aclamado do que o outro; fiquei com medo de acabar não apreciando uma obra boa se lesse uma incrível. A mente humana tem dessas coisas.
‘Sábado’ é um romance breve sobre um fatídico sábado na vida do bem sucedido neurocirurgião Henry Perowne, situada na época da invasão do Iraque. O livro traz como pano de fundo toda a questão do pós 11 de Setembro, e como o terror se torna uma espécie de fantasma constante na vida de todos; a percepção do protagonista sobre um avião pegando fogo já o leva à imaginar um ataque terrorista em Londres. Acompanhamos um narrador onisciente, que acaba por se mesclar com as correntes de pensamento de Perowne, eterno indeciso, incapaz de de fato ter uma opinião amadurecida sobre a invasão iminente. Quando discute com um lado, Henry acaba buscando apenas ser ‘racional’ e apresentar o outro lado da questão, sem com isso conseguir de fato afirmar a independência que busca. Apesar de bem sucedido, Henry sente-se medíocre, passivo, incapaz de influir em nada nos acontecimentos que estão por vir e sendo um eterno consumidor do medo infundido pelos telejornais; tentar não sucumbir à rigidez de um dos lados da questão é uma espécie de grito de independência, que, na realidade, é realizado por tantos outros. Incapaz de se dissociar de sua própria aura racional, o protagonista também se vê alheio à poesia e literatura que lhe é apresentada pela filha Daisy, poeta nata. Assim, é irônico que no fim seja justamente a arte que resolva o clímax do livro.
O livro é repleto de temas interessantes, contrapondo a infelicidade geralmente presente em livros pós-modernos com uma sensação de satisfação sentida por Perowne em relação à própria vida, sem com isso estar alheio ao sofrimento dos outros. É, porém, uma das questões secundárias de ‘Sábado’ que me deixou extremamente consternado: a inexorabilidade do tempo. O declínio de sua mãe, Lily, o faz ponderar quão rapidamente a vida de alguém pode ser resumida em um punhado de objetos de seu lar, que perdem o sentido sem seu usuário original. A inevitabilidade de sua morte, fazendo Henry refletir sobre alguns de seus hábitos afim de postergá-la, me fez pensar por longas horas em como não deveria ser normal o desprendimento que temos com nosso futuro. O tema é batido, e definitivamente não é o foco do livro, mas fiquei com a questão: Dado que ninguém duvida de que vai envelhecer, e também todos temos certa noção de que determinados hábitos vão cobrar uma conta demasiadamente alta anos a frente, por que ainda não ligamos o suficiente? Ou melhor: por que eu não ligo? Seria uma espécie de medo de admitir que esse declínio pode acontecer comigo? Uma esperança desmedida no futuro da medicina, talvez, ou a eterna procrastinação para um momento onde eu tenha mais tempo e a perspectiva de ter mais um aspecto meu a ser trabalhado não me cause ansiedade? Vai saber. Vou esperar meu terapeuta pra responder essa.

site: https://medium.com/@tamireinhornsalem/reflex%C3%B5es-de-um-s%C3%A1bado-7b5a4658d2e1#.lite0cy86
Marselle Urman 11/07/2017minha estante
Resenha lúcida, conseguiu resumir o melhor do livro. Parabéns




Leonardo Bezerra 18/05/2021

Apesar do começo morno, o desenvolvimento e a conclusão do livro dão a ele um brilho que eu não esperava ver. Considero como uma versão moderna de Mrs. Dalloway de Virginia Woolf e bastante intrigante de acompanhar o que se passa na cabeça de um protagonista que percorre uma crise de meia-idade. Muito bom.
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jota 04/11/2014

Sábado sem fim...
Sábado se passa num único dia, um sábado de 2003, 15 de fevereiro, menos de dois anos depois de 11 de setembro em Nova Iorque. Uma multidão de londrinos protesta contra a entrada da Inglaterra na guerra do Iraque enquanto um homem se desloca pela cidade para jogar squash, ao mesmo tempo em que pensa no prazeroso jantar que vai oferecer à família mais tarde.

Mas a ação de Sábado vai esquentar mesmo (e nem tanto assim) somente na página 102 (edição de 2006, Companhia das Letras), depois de tomarmos contato com uma série de procedimentos em cirurgias cerebrais, já que o personagem central é um renomado neurocirurgião, Henry Perowne. É quando ele se vê envolvido num banal acidente de trânsito numa rua da cidade, a caminho de seu jogo.

Pois a maior parte do livro é sobre Henry Perowne ele mesmo, sua mulher Rosalind e os filhos Theo e Daisy. Também é, mas um pouco menos, sobre John, o pai de Rosalind, Lily, a mãe de Henry e Baxter, o dono do outro veículo envolvido no acidente.

Ainda que haja muitas menções a salas de cirurgia, pessooal médico e pacientes, jihadistas, Iraque, islamismo, Tony Blair e Saddam Hussein, Sábado gira em torno da família de Henry Perowne e sua profissão médica. É sobre pessoas com seus talentos e problemas, pessoas que parece que conhecemos, que poderiam ser nossos parentes ou vizinhos - caso morássemos no mesmo elegante bairro londrino em que a família tem sua casa, logicamente.

Nos agradecimentos finais ficamos sabendo que Ian McEwan passou cerca de dois anos acompanhando o trabalho de um neurocirurgião londrino para poder escrever Sábado convincentemente. Portanto, há trechos que parecem extraídos de algum manual de sua especialidade médica.

Mas isso não torna o livro aborrecido; será aborrecido apenas para os leitores que preferem ação a reflexão (pouco da primeira, muitíssimo da segunda). Enorme parte do livro Henry passa pensando em sua vida, desde quando era pequeno até os dias de hoje (2003; o livro foi lançado na Inglaterra em 2005). E ele até mesmo pensa no futuro próximo, quando terá mais de cinquenta anos e poderá ser avô dos filhos de Daisy ou Theo.

Sou fã de McEwan e sempre me lembro de que apreciei intensamente Reparação e Na Praia e também gostei de Amsterdam, Solar e Amor Sem Fim. Quer dizer, já são seis livros dele lidos. E ainda tenho na fila, Serena. Que espero, seja tão ou mais interessante que este, sobre o qual o New York Times escreveu: "Um romance deslumbrante." Só tenho de concordar com seu crítico de literatura.

Lido entre 30/10 e 04/11/2014.
jota 07/11/2014minha estante
Poucos dias após a leitura vi Por Falar de Amor (Words and Pictures, 2013) um filme que no fundo é mesmo uma história de amor entre os complicados personagens de Clive Owen (Marcus) e Juliette Binoche (Dina), e a certa altura Marcus declama um trecho de Sábado, que é uma das melhores citações do filme. E do livro, claro. Aí vai:

"(...) o segredo fundamental do cérebro será revelado um dia. Mas, mesmo quando isso acontecer, continuará a existir o assombro diante do fato de um bolo molhado poder criar esse radiante cinema interior, feito de pensamento, de visão, de som e de tato, e produzir uma ilusão tão perfeita de um presente instantâneo, com um eu, mais uma ilusão magnificamente forjada, que paira como um fantasma em seu centro. Será que algum dia se conseguiria explicar como a matéria se transforma em consciência?"




Fernando.Henrique 21/11/2017

Envolvente
Obra envolvente e reflexiva que retrata o mico e o macro cosmo do neurocirurgião Perrowne através de um único dia onde tudo acontece. Recomendo!
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Pateta 30/07/2018

Cara de domingo
Segundo livro que leio deste autor tão prestigiado (o outro foi "Amsterdam"). Novamente, não consegui me envolver fortemente com a narrativa. Tudo muito técnico, muito frio, muito distante.
Sábado é aquele dia da semana no qual a gente deposita grandes expectativas. Apesar do título, o livro me trazia sempre aquela sensação de final de domingo, quando o sábado anterior já passou e o sábado seguinte ainda está muito distante.
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