Resenhas - O Planeta dos Macacos

Bruna | @bmartinssss 23/05/2020

Que livro incrível! Fiz mil marcações e reflexões. Achei o final meio fraco comparado ao livro todo, mas o livro é incrível! Super recomendo a leitura desse livro. Favoritado!

Gustavo Rodrigues 28/02/2023

Já tem um tempo que não fico tão surpreso com um livro. Confesso que iniciei a leitura pensando ?ah, deve ser bom, mas nem tanto. Como é pequeno, vale o risco.? Ledo engano. Em 20% do livro eu já tava totalmente imerso na história e só querendo mais.

Isso aqui é genial. O autor trabalha a inversão de papéis entre homem e macaco de uma forma muito direta, objetiva e, por vezes, mostra a crueldade que ambas as raças podem fazer.

Acho até que algumas coisas que aparecem na história podem ser discutidas com mais propriedade por quem é do meio da psicologia - não é o meu caso - ou de áreas correlatas: conformação com o ambiente depois de um longo período exposto a ele; o oprimido que, quando tem oportunidade, gosta de ser opressor; entre outras coisas. Se eu, que não entendo muito, já fiquei tentando achar uma explicação pra certos comportamentos, imagine quem manja dessas coisas?

Livrão que consegue ser excelente com pouco mais de 200 páginas. A prova que não precisa estender muito pra ter uma bela história. Como diria o Fogaça: menos é mais! ?

Regis 31/12/2023

Uma distopia sarcástica e inquietante
O Planeta dos Macacos foi escrito pelo francês Pierre Boulle e publicado em 1963.

Três homens chegam ao planeta Soror, há quatro anos luz de distância da terra, onde os seres superiores eram símios e os homens eram criaturas bestiais, com um psiquismo embrionário e desprovidos de consciência.

É totalmente arbitrário ver os humanos na posição da presa sendo vítima das atrocidades que eles mesmos praticaram com a espécie que agora o fazem prisioneiros. É espantosa a inversão de papéis e as perguntas que isso suscita: O que nos diferencia dos animais? O que define o humanidade? Somos os únicos detentores do direito de possuir alma? O que o futuro reserva para nossa espécie?

O livro traz uma ótima crítica social com uma pegada satírica por meio de uma distopia inquietante e sarcástica. A constatação do fato de que qualquer espécie que evoluir será tão cruel com a espécie involuída quanto nós humanos somos, me fez pensar que a capacidade de pensamento, em qualquer ser, não é capaz de mudar a brutalidade e a vontade de subjugar o mais fraco que parece estar vinculada a superioridade intelectual.

O personagem (Ulysse Mérou) questiona a crueldade dos senhores do planeta Soror por tolerar e quiçá permitir massacres (como o que ele fora vítima) talvez, esquecendo-se que na terra a humanidade pratica, até os dias de hoje, a mesma subjugação de animais e, até mesmo de seus próprios semelhantes.

O fato do planeta não ter exércitos e guerras faz um contraste gritante com a terra e talvez isso explique, também, o fato de que os símios existam há bem mais tempo que a humanidade e ainda não chegaram a um estágio avançado de conhecimento sobre sua própria espécie e sobre o universo.

Os personagem Zira, Ulysse e Cornelius têm diálogos instigantes e completamente pertinentes sobre a evolução dos símios que eu adorei ler

Estou espantada com as diferenças gritantes da obra original com a adaptação para o cinema. Nada do que o filme de 1968 e as outras quatro sequências dos anos 1970 mostrou me preparou para a obra original e esse final espetacular.
A riqueza e engenhosidade do livro supera enormemente o que Hollywood fez com a história durante todos esses anos.

Esse é um livro que tem um rápido desenvolvimento e que prende a atenção desde as primeiras páginas sem nunca perder o fôlego. O autor possui uma escrita muito imersiva e faz uma ótima construção de um universo que desperta a curiosidade e o desejo por mais. O final me causou arrepios me deixando estupefata.

Recomendo muitíssimo essa leitura para todos.

@aprendilendo_ 14/11/2021

Resenha de "O Planeta dos Macacos"
Quando um jornalista francês chamado Ulysse Mérou parte em uma jornada interespacial junto com o professor Antelle e o jovem Arthur Levain, o grupo de viajantes decide estacionar em um misterioso planeta próximo à estrela Belteguese, a mais brilhante do centurião de Órion. No entanto, os três acabam por ser surpreendidos por uma sociedade desenvolvida e completamente dominada por macacos. Publicado pela primeira vez em 1963 e escrito por Pierre Boulle, “O Plante dos Macacos” foi o livro inspirador do filme homônimo, lançado em 1968, que fez e faz um sucesso estrondoso ainda nos dias de hoje.

De início, quando um jovem casal, em uma viagem interplanetária, encontra uma misteriosa carta no espaço, passamos a acompanhar a história de Ulyssee Mérou e sua desesperadora visita ao planeta Soror. Nesse contexto, com uma escrita estruturada em curtos capítulos, a história se desenvolve muito bem, estabelecendo ótimos pontos de ficção e aventura enquanto impressiona pela criatividade e construção de cada personagem. Como consequência, com uma leitura relativamente leve, o livro acaba por ser extremamente imersivo e cativante em suas cerca de 190 páginas de narrativa.

Em um segundo momento, deve-se pontuar acerca dos dois grandes elementos da obra, sendo eles a interação entre o humano e os macacos e os paralelos entre a civilização de Soror e do planeta Terra. Seguindo esse raciocínio, os bons diálogos travados entre as duas espécies, bem como todo o processo de surpresa da sociedade de Soror com a descoberta do jornalista francês acaba por ser um ponto crucial para a boa trama, a qual se aproveita muito bem de uma ambiguidade entre a simples ficção-cientifica e uma clara crítica social a certos hábitos parasitários da humanidade.

“O Planeta dos Macacos” é um livro divertido e curioso, o qual cumpre muito bem seu papel de entreter com uma criatividade singular.
Nota: 8,75

Instagram: @aprendilendo_


site: https://www.aprendilendo.com.br/

jusousan 24/08/2022

O planeta dos macacos
Em O planeta dos Macacos, a autora nos apresenta uma narrativa simples e objetiva.

Uma obra que se destaca por ser muito conhecida através de suas diversas adaptações, mas que de antemão já confirmo, nenhum dos filmes que assisti se assemelham a trama do livro e, para mim, foi uma surpresa por ser completamente diferente do que imaginei que seria.

Desde o começo a história já chama atenção. O autor brinca com o imaginário humano e isso sempre é interessante. O mundo dos macacos é reflexo do nosso planeta Terra e acredito que entender como se deu a inversão de papéis é o ponto alto do livro.

Através dos olhos do personagem principal, nos deparamos com momentos e situações incomodas ao que os humanos são inseridos e brilhantemente o autor levanta temas importantes que tantas vezes são ignoradas e deixadas a margem social.

O livro como todo me surpreendeu positivamente. Para mim, foi uma história fechada. Começo, meio e fim. Simples.

Diego55 01/07/2021

Macacos me mordam!
O livro é tão bom e flui de uma maneira tão espantosa que quando você se da conta, lá se foram umas 40 páginas lidas... Trata-se de uma leitura fácil e que consegue prender o leitor do início ao fim.

Esse é um caso clássico em que o livro é muito superior ao filme (me refiro ao filme de 1968, pois os filmes dessa última trilogia são excelentes).

DeniseSC 01/06/2023

O que nós faz humanos?
Uma leitura rápida, fluida e ótima para quem gosta de ficção científica ou até mesmo para curar uma ressaca literária.
Apesar de ser uma história já conhecida e vastamente adaptada, o livro me deu um novo olhar sobre o que nos faz ser humanos, linguagem? Cultura? Escrita? Raciocínio ou senso coletivo?
Além de questionar sobre uma possível estagnação da espécie humana, em tempos de fake news e IAs cada vez mais inteligentes esse futuro ainda parece possível, quando simplesmente deixaremos de lutar e seremos dominados por uma nova raça que imitou a nossa? O final apesar de não ser fiel ao do livre, e até prefiro, foi igualmente impactante!

Remildo 05/01/2022

Fantastique!
Uma ficção com uma boa dose de reflexão acerca do comportamento humano. Mesmo já tendo assistido aos filmes, a obra não perde sua genialidade.

Guilherme.Maia 11/12/2020

Bem legal.
O livro tem uma linguagem bem fácil, para quem está iniciando nas leituras de ficção científica, o livro faz uma analogia muito legal entre os homens e os macacos.
O que me decepcionou um pouco, foi como tudo foi se desenrolando no fim do livro, mesmo assim é um clássico, que deve ser lido por todos.

@_leandropaixao 04/02/2023

Uma surpresa muito interessante
Inicialmente devo destacar que esse livro é totalmente diferente dos filmes "Planeta dos Macacos", me parece que ele tem sim uma adaptação de 1968 e a minha vida toda fui enganado (risos) pois sempre pensei que tais filmes fossem relacionados, isso porque esse livro estava parado na minha estante fazia alguns bons anos. Em uma breve pesquisa vi que o autor tentou sim fazer um roteiro para o filmes, mas os diretores queriam que fugisse demais do seu livro e com isso ele acabou desistindo da ideia e desmembrando seu livro do projeto dos filmes.

Jinn e Phyllis são casados e estão no espaço, algo muito cotidiano já que estamos à frente 2.500, até que eles encontram um garrafa que contém um manuscrito informando a existência de uma família que deseja encontrar um planeta hospitaleiro para eles. Aí começa a aventura, pois nesse manuscrito conta sobre uma expedição liderada pelo professor Antelle em uma equipe com mais duas pessoas, Ulysse e Arthur e um chimpanzé chamado Hector. Nessa expedição eles encontram um planeta que dão o nome de Nova, ao chegarem já dão de cara com pessoas nuas e que não entendem nada do que dizem, obviamente eles falam outra língua, em meio a tantas descobertas eles são surpreendidos por gorilas armados e terroristas que acabam levando eles presos na tentativa de saberem mais informações sobre esses humanos através de estudos e experimentos.

Com um crítica política fortíssima e uma pitada de ironia, esse livro nos traz muitos ensinamentos e primordialmente lições que nos fazem refletir enquanto ser humanos e a forma abominável com a qual lidamos com os animais.

Ogaiht 24/04/2023

Planeta dos Macacos ou Planeta dos Homens?
Eis um clássico da ficção científica francesa. Planeta dos Macacos, escrito por Pierre Boulle, é um livro repleto de simbolismo e um grande exercício de empatia.
A estória narra a viagem espacial de um grupo de 3 astronautas que deixam a terra para uma missão em direção a uma outra galáxia. Para eles, será uma viagem de 2 anos, mas para a Terra, se passarão alguns séculos.
Chegando a Soror, um planeta cuja atmosfera e características físicas são idênticas às da Terra, este grupo tem uma supresa: existe vida inteligente lá, e há seres muito parecidos com os humanos, exceto por não serem capazes de falar e possuírem hábitos e habilidades bem primitivos. Mas o verdadeiro choque da tripulação é descobrir que há outro tipo de vida no planeta: os símios! Estes seres nada mais são que chimpanzés, orangotangos e gorilas que possuem inteligência e habilidades similares às dos humanos da Terra. Capturado, Ulysse Mérou, personagem que narra a estória, tenta estabelecer contanto com a cientista chimpanzé que estuda humanos chamada Zira. No início a cientista parece não acreditar, mas à medida que interage com Ulysse e vê que ele não é desprovido de inteligência como os outros da espécie humana, Zira fará de tudo para que todos saibam de sua existência e que o homem pode sim ser provido de inteligência, mas tal descoberta poderá acarretar num verdadeiro terremoto na sociedade símia se provarem que o homem pode ser tão inteligente quanto o macaco!
Esta obra é como uma alegoria para nossa sociedade, onde a maioria acredita que o homem é o único ser pensante e inteligente não apenas no planeta mas no universo. Ao acompanhar a jornada de Ulysse, ficamos revoltados junto com personagem com a forma como os humanos são tratados naquela sociedade. Mas, se pararmos para pensar, não é assim que tratamos os outros seres? Não seriam os macacos da estória apenas uma alegoria para o homem? Este livro é um ótimo exército de reflexão e empatia, nos convidando a refletir e a se colocar no lugar dos seres que interagem conosco e que pensamos serem inferiores apenas por não serem humanos.
A linguagem do autor é muito simples e a leitura bem fluida. A editora Aleph fez um ótimo trabalho editorial, acrescentando alguns textos complementares no livro. Só achei a forma do livro (lembrando levemente um hexágono) um pouco incomum, mas nada que atrapalhe a leitura. Para os amantes de ficção científica esta obra é obrigatória.

Neto Murracho 09/01/2024

Vale a pena
Um livro de leitura rapida, capítulos curtos, o que te induz a sempre quer finalizar mais um capítulo.
História bacana, faz refletir sobre como são tratados os animais testados em laboratório na nossa realidade, o personagem principal tem uma breve experiência em ser esse "animal de teste" claro no caso dele testes não danosos.
O livro termina com um final surpreendente.

Jr. 24/08/2020

Aquele plot twist que todo mundo ama!!!
A história é narrada em primeira pessoa pelo jornalista Ulysse Mérou.  Ele nos conta como embarcou como tripulante numa viagem de exploração até a estrela Betelgeuse.
Lá, encontram o planeta Soror, com condições de vida semelhantes à Terra, e decidem pousar para melhor efetuar suas pesquisas. Mas este planeta traz duas peculiaridades: os seres humanos que eles encontram vivem num estado selvagem, quase como animais; e os habitantes que formam uma sociedade bastante evoluída e organizada são macacos.
Através dos seus olhos, vamos desvendando como os macacos evoluíram ao ponto de deixar homens para trás, e vamos nos chocando ao sermos confrontados com situações que para nós são simples atos de lazer, mas que quando os papéis se invertem o incômodo é inevitável. Um dos exemplos mais marcantes é o passeio ao zoológico onde homens, mulheres e crianças estão atrás das grades para divertir os macacos e ganhar torrões de açúcar. E o que pensar de experiências de laboratório com cobaias humanas?
É um livro muito bom pra você sair da sua zona de conforto, e junto com o protagonista questionar algus costumes da ossa sociedade. E acima de tudo ser surpreendido com esse maravilhoso final.

Miguel.Moreira 27/07/2023

O Planeta dos Macacos - Pierre Boulle
Uma das obras mais conhecidas do autor e que virou filme. A ideia principal é uma civilização futura, bastante tecnológica e capaz de viajar no espaço. Há uma questão filosófica em que nos colocamos no lugar dos animais, e os macacos assumem nosso lugar no mundo, com as três raças divididas: Chimpanzés, Orangotangos e Gorilas.

Este livro foi perfeito para se ler no trem, mais especificamente na linha coral, Luz-Estudantes no horário de pico. em que as pessoas se comportam como os homens do planeta dos macacos, ou seja, criaturas subdesenvolvidas e com pouca capacidade cognitiva, que pensam apenas em suas necessidades básicas só pensam em si mesmas. Esta é a ideia que o autor nos apresenta nesta narrativa simples, porém com bastante valor intelectual se pararmos para pensar no que somos capazes de fazer para a sobrevivência da própria espécie (ou do próprio espécime).

A leitura é bastante simples e corrida, vale a leitura para entretenimento e distração. A nota média é mais por um gosto pessoal do que por falta de qualidade de escrita. Mas por outro lado é uma mediocridade apresentada na edição, em que o posfácio é de uma viagem absurda, em que o crítico diz ser algo relacionado a gênero (discussão que já está bastante chata e que as pessoas a enxergam em tudo).

Bruno Marcolino 25/08/2020

O Planeta dos Macacos
"Para mim, foi apenas uma fantasia agradável".

Essa é a opinião do autor sobre a sua obra e eu concordo com ela, não que tenha lido outras coisas dele, mas foi minha experiência com esse livro.

Há bons pontos no livros como a questão da sociedade símia ser reflexo da nossa. Em alguns momentos da leitura fui levado a uma ansiedade crescente para saber o que aconteceria a seguir, gosto disso. Gostei também dos mateiras extras, entrevista, matéria da BBC e do posfácio.

Porém, alguns pontos que incomodaram foi o "machismo juvenil" (termo trazido no posfácio) da obra, principalmente no início, no contato do narrador com uma personagem feminina, ao descrever atitudes desse que virá a se tornar um casal. Algumas decisões tomadas para "solucionar" algumas questões também me pareceram um pouco simples demais para o entusiasmo que criei para chegar a elas.

No geral é um bom livro, nada muito extraordinário.