Onde Perdemos Tudo

Onde Perdemos Tudo Alex Castro




Resenhas - Onde Perdemos Tudo


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Lis 11/01/2012


Será que não percebem o quão ameaçador é o silêncio de quem já disse tudo, de quem já partilhou tudo? Página 37


Confesso que não sou fã de livro só de contos, na realidade nunca fui de ler muito livros assim, não sei bem o motivo para não gostar, parando para pensar, creio que apenas não tenho o costume de ler o gênero. O que estou pronta para mudar isso já.

Este livro reúne cinco contos do autor, todos muito bem escritos com uma narrativa que já ganha o leitor na primeira página. Os contos, como dito na sinopse, fala sobre perda, mas o modo que o autor trata o assunto não torna o livro triste, mas sim interessante de acompanhar, é uma perda que faz amadurecer, faz crescer.
Meu conto preferido foi o primeiro, A Morte do meu Cachorro, pois é, me encantei com o livro já de cara, mas quem ler vai entender o motivo, é o conto que mais trata do amadurecimento pessoal.

"A infância acaba, disse alguém, quando morre nosso cachorro. Somente então estaríamos prontos para os desafios da vida adulta. Pouco importa se somos doutorados ou casados: enquanto existe o cachorro - símbolo vivo da nossa adolescência - ainda moramos com os pais." Página 11

E foi aqui, já no primeiro parágrafo do livro, que o autor me ganhou...

As personagens de todos os contos tem uma característica marcante, eu terminei o livro lembrando claramente de cada personagem que fui apresentada.
Embora seja um livro com cinco histórias diferentes, ao chegar na última ainda lembramos do sorriso da Fiona (personagem do primeiro conto).

Os outros quatro contos também não deixam a desejar, são todos bem estruturados e cada um com a sua singularidade, tive a impressão que a leitura fica mais leve a cada novo conto, o último conto "A Falta que nos fazem os figos" foi a maior surpresa de todas.

Bem, como vocês perceberam eu adorei o livro, o autor realmente me agradou tanto na narrativa como com a construção das personagens.
Uma única crítica negativa, as páginas são brancas, não sei diferenciar pelo nome do papel, mas é aquele papel muito branco utilizado, e não aquele amarelado que a maioria prefere. Infelizmente este tipo de papel cansa a leitura, ainda mais quando a pessoa não enxerga muito bem (o que é meu caso). Porém, isto é um detalhe que não tira o brilho da obra.

Super recomendo!
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fabianelima 30/12/2011

Um cara que não se leva a sério
Comecei achando que era um livro mó sério. E, de fato, os primeiros contos parecem. Tristes, tristes. Aí vão ficando menos sérios à medida que o livro avança, e pra lá da metade nem parece o mesmo livro. O último conto é a maior prova da não-seriedade desse Alex Castro. Mas ainda prefiro o "Mulher de um homem só", viu.

PS: O Bia também não cita esse Jácome Gol no "Elvis e Madona"? Verificarei.
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