A neta da maharani

A neta da maharani Maha Akhtar




Resenhas - A neta da maharani


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Betânia 09/09/2010

A verdadeira neta de Anita Delgado

Em 2005, aos 40 anos, Maha Akhtar descobre um segredo que envolvia as últimas gerações de mulheres de sua família; um segredo que fez desmoronar toda a árvore genealógica da autora. Na autobiografia “A neta da Maharani: a história real da neta de Anita Delgado, a princesa de Kapurthala”, a jornalista detalha o resgate de experiências familiares e femininas que o tempo tentou apagar. Em três gerações e um século completo, o relato traz a história de quatro mulheres admiráveis – avó paterna, avó materna e mãe da autora, respectivamente –, marcadas por amores secretos: Anita Delgado, uma bailaora espanhola que aos 17 anos se casou com o marajá de Kapurthala, na Índia; Laila, uma mulher libanesa independente e à frente de seu tempo; Zahra, que cometeu o erro de se apaixonar por Ajit, filho de Anita Delgado e do marajá; e Maha, que busca a verdadeira identidade em uma viagem que começa em Nova York, passa pela Europa e chega à Índia. A descoberta de Maha Akhtar culmina com um período profissional conturbado, quando vem à tona uma crise envolvendo o governo de George Bush, que precipitou a saída de Dan Rather da CBS.

Superadas as intempéries da infância – educada nos rigores do islamismo – e da descoberta da verdadeira origem, Maha Akhtar se tornou uma dançarina notável de flamenco, sendo integrante da companhia de Manuela Carrasco, com a qual viaja o mundo, dançando com Rafael Amargo. Embora tenha uma agenda lotada de apresentações, Maha não abandonou o jornalismo e atualmente é colaboradora do Departures – uma das publicações de maior destaque do American Express Publishing Group of Magazines –, e atua como articulista do jornal The Times, na Índia. A escritora mora em Nova York, Sevilha e Nova Délhi. “A neta da maharani”, livro que marca a estreia de Maha Akhtar na literatura, é um recorte de um momento da vida da jornalista; uma vida intensa e cheia de aspectos fascinantes.
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Iaia 17/06/2011

A Neta da Maharani
Maha Akhtar, autora do livro, tem uma bela história, que parece até um filme indiano.
No livro, ela conta a história de três gerações de sua família: sua bisavó, Anita Delgado (espanhola, que foi a 4ª esposa do marajá de Kapurthala), sua avó, Laila (uma mulher bem avançada para o seu tempo e seu país), sua mãe, Zahra (que teve um romance com o filho do marajá e de Anita Delgado) e também a sua própria história, de descobrimento de suas origens.
Me interessei por este livro porque já havia lido Paixão Índia, de Javier Moro, que conta a história de Anita Delgado e seu casamento com o marajá de Kapurthala.
Apesar de não poder comparar um livro com o outro, já que Javier Moro escreve de uma maneira apaixonante (que eu adoro)e é mais experiente, A Neta da Maharani é um livro bom, com histórias intensas, emocionantes e, melhor ainda, reais.
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Rotina Agridoce 20/12/2012

Quando Maha Akhtar tentou renovar o passaporte britânico enquanto estudava na Espanha, descobriu que ela era neta de um marajá indiano. Sua mãe não tinha sido muito honesta sobre quem era seu pai.

Maha foi pega de surpresa quando seu pedido de uma certidão de nascimento, necessária para completar o seu pedido de passaporte, foi recusada. Ela fez algumas pesquisas e descobriu que ela não nasceu na Austrália, como sua mãe havia lhe dito. Ela nasceu no Líbano.
Mais surpreendentemente, seu pai era Ajit Singh, filho de uma jovem bailarina espanhola de Málaga, Anita Delgado, e um dos mais ricos marajás da Índia, Jagatjit Singh. Anita Delgado casou com o marajá em 1907.

“Maha, Anwar Akhtar não é seu pai verdadeiro. E você não nasceu em Sydney, mas nessa cama (Beirute, Líbano). Seu pai era o maharajhumar Ajit Singh, de Kapurthala. E o pai dele era o marajá Jagatjit Singh, cuja quarta esposa, a mãe de Ajit, era uma mulher sensível chamada Anita Delgado. Era malaguenha, bailarina de flamenco.” (pág 37)


“Entretanto, o mais importante de toda aquela informação era que Anwar Akhtar não era o meu pai. Entendi a maneira que se comportava comigo, sua frieza, seu ressentimento, sua má educação, suas ameaças, seu assédio psicológico, sua chantagem emocional…tudo. Nada que eu pudesse fazer teria mudado seus sentimentos em relação a mim e, sabendo disso, fiquei aliviada ao compreender que aquela repulsa não tinha sido culpa minha.” (pág 347)

Maha sentiu uma raiva enorme e ficou completamente chocada, pois é como se toda a sua vida até então tinha sido uma mentira. Mas com o tempo, e discutindo o que tinha acontecido com a tia, ela começou a sentir compaixão pela mãe.

Anita conheceu Jagatjit, um príncipe que era 18 anos mais velho, quando ele veio para a Espanha para o casamento em 1906 do rei Alfonso XIII a uma neta da rainha Vitória da Grã-Bretanha, a princesa Victoria Eugenie. Ela se casou com ele no ano seguinte, com a idade de 17, tornando-se o maharani de Kapurthala. Eles se divorciaram depois que ela teve um caso com um dos filhos do Marajá de um de seus quatro casamentos anteriores.

Na década de 1960, o seu filho Ajit teve um caso com Zahra Ajami, que ficou grávida com Akhtar. Ajami voltou a Beirute sozinha e grávida.
O marajá pagou um associado paquistanês para se casar com Zahra e depois que ela deu à luz o bebê ( Maha Akhtar ), o casal se mudou para a Austrália.

Maha, que foi educada na Grã-Bretanha e os Estados Unidos, disse que nunca tinha ouvido falar do maharani espanhol antes de aprender a verdade de sua ancestralidade. Desde a sua descoberta, Akhtar fez várias visitas a Nova Deli para conhecer a família do lado do pai.
Ela conta que eles tem sido generosos, bondosos, e calorosos. Eles a fizeram sentir parte dessa família e são extremamente abertos, e não escondem nada dela.

Maha começou a estudar flamenco em 1996, anos antes de ela se der conta de que sua avó tinha sido uma bailarina na Espanha. E depois ela se tornou uma dançarina de flamenco profissional em 2005. Ela disse que tem uma paixão pela dança que não sabe de onde vem essa paixão, Maha Akhtar também estudou kathak, uma dança clássica do norte da Índia.

Ela trabalhou por um tempo como assistente de produção de The Cure, a banda britânica de rock, e depois 15 anos em Nova York com o âncora da CBS Dan Rather.

leia o restante em meu blog
http://www.lostgirlygirl.com/2012/10/resenha-108-neta-da-maharani-de-maha.html
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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 30/03/2016

A Neta da Maharani
A neta da Maharani foi um livro que conheci quando visitei a Primavera Editorial e assim que o peguei em minhas mãos senti um carinho muito forte e logo senti que esse livro seria meu e que algo de especial estava em seu conteúdo.

Neste livro muito bem escrito e com uma estrutura de conteúdo fenomenal que me deixou encantado com a narrativa contida nesta belíssima obra literária de Maha Akhtar onde relata a vida de quatro mulheres distintas porém ligadas pela mais profunda beleza que existe no ser humano: a força de viver e de acreditar em si próprio, mesmo que tenha que enfrentar as mais complexas tormentas de suas vidas.

Inicialmente, Anita Delgado, a maharani, uma espanhola que foi conquistada por Jagatjit em uma época remota onde a riqueza e o luxo, como as grandiosidades mansões e excesso de ouro e pedras preciosas, pertinentes à cultura do marajá, faz encher os olhos de cada leitor convidando-o a viver ao lado de alguém como este grande homem

Laila, outra mulher que tem ramificações familiares de Anita Delgado também traz um registro histórico incrível e agradabilíssimo de ler que por ora devorei as páginas deste livro com avidez desejando ler mais e entender melhor sua história.

E eis que Zahra, uma das mulheres que mais me encantou e me fez ficar indignado com o sofrimento contínuo onde padecia nas mãos de Anwar Akhtar, seu marido prometido por seus pais, uma cultura tanto quanto demasiada para os padrões de seu tempo, porém respeitada por todos de seu país.

Por fim, Maha Akhtar, filha de Zahra e Ajit Singh, de Kapurthala que por sinal, é filho de Jagatjit Singh e sua mãe Anita Delgado, dançarina de Flamenco, a primeira mulher deste quarteto de mulheres que por ordem do destino, fez com que todas fossem ligadas de uma forma fantástica e arrebatadora.

Dentro os personagens desta obra literária, há o professor de dança que Maha fazia escondido do padastro, porém, incentivado pela mãe, Zaha, o mestre Krishma Maharaji, um incentivador e principal fonte de inspiração na vida de Maha, para que ela se tornasse a dançaria de Flamenco que hoje é, onde assim, encontrou forças para escrever este belíssimo livro.

Foi impossível eu não me apaixonar pelo livro, pois uma história que causa um choque de cultura em povos e nações deixa qualquer leitor estasiado com esta narrativa e lendo os relatos vividos pelos personagens me deixou alucinado pela narrativa delicadamente construída por Maha Akhtar, quarta geração desta família que poderia ser esquecida pelo tempo, mas, com garra e muita pesquisa, esta neta de uma humilde mulher que tornou-se poderosa entre as mulheres de seu tempo, mostra-nos que é possível acreditar em seu sonho, em suas conquistas.

Com diversas frases encantadoras, separei uma em especial para vocês:

"Às vezes a vida nos põe diante de encruzilhadas e nos oferece caminhos distintos. Você pode escolher um ou o outro, mas o destino tem uma maneira estranha de se manifestar; sempre nos devolve a trilha em que devemos estar, a trilha que escolheu para nós".

site: http://www.irmaoslivreiros.com/2016/02/a-neta-da-maharani_24.html
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Helena Dias 12/05/2016

Uma leitura que me surpreendeu
A Neta de Maharani é um romance de memórias. Ele relata a busca de Maha Akthtar (sim, é a autora) pela sua verdadeira identidade, passando por três gerações de mulheres antes dela. O que acontece é que, ao tirar um novo passaporte, ela tem sua solicitação de uma nova certidão de nascimento negada. Ao realizar algumas pesquisas, Maha descobre que não nasceu na Austrália, como sua mãe havia dito, mas sim no Líbano. A partir daí, ela começa uma busca por sua verdadeira origem e acaba por descobrir histórias intensas sobre as mulheres de seu passado.

Eu recebi esse livro em parceria com a Primavera Editorial e devo dizer que essa leitura foi uma surpresa enorme. Eu achei que seria uma biografia como qualquer outra, contando sobre a vida da autora e as coisas pelas quais suas ancestrais passaram para que ela se tornasse a mulher independente que é hoje. E ela realmente o fez, porém de uma forma um tanto diferente das biografias que estou acostumada a ler.

Em capítulos muito bem escritos e com uma união de conteúdo maravilhosa, Maha nos conta sobre a sua vida e as vidas dessas mulheres tão diferentes, mas ligadas pela força de viver e pela fé em si mesma. Ela relata todas as dificuldades e sacrifícios passados por essas mulheres através de uma narrativa belíssima e cuidadosa. Mas o que realmente destaca a história é que tudo é relatado como se fosse uma ficção, o que deixou a leitura muito mais leve e dinâmica.

Inicialmente, vamos conhecer Anita Delgado, uma bailaora espanhola que se casou com o marajá de Kapurthala, na Índia, aos 17 anos, com quem teve um filho chamado Ajit. Anita larga tudo para ir viver seu conto de fadas perfeito, em um lugar que não conhece nada nem ninguém, a não ser seu marido. Ela nos mostra como é viver no luxo e ter tudo que quisermos. Apesar de parecer que tal personagem não sofreu como as outras, Anita teve a infância e a adolescência complicada. E sua história de vida é a raiz da árvore genealógica de Maha, afinal tudo começa com ela.

Em seguida, temos Laila, uma mulher libanesa independente e muito à frente de seu tempo. A sua trajetória é linda, emocionante e extremamente marcante. Os acontecimentos em sua vida fazem a personagem regredir, passando de uma mulher forte e corajosa para uma mulher submissa e dependente. É muito tocante, angustiante e desesperador ler as coisas pelas quais ela passa. Humilhações, agressões verbais, físicas e mentais, depressão, a perca da vontade de viver... Tudo isso é de cortar o coração. Por vezes, me perguntei onde tinha ido parar a mulher feliz e destemida do começo. Achei que ela mudaria quando Zahra, fruto de um amor lindo e proibido, nasceu. O amor de Laila pela filha era enorme e realmente ela passou por cima de muitos obstáculos para fazer a filha feliz, mas acredito que ela já tinha se perdido de si mesmo nessa época e não conseguia mais se encontrar.

Por último, temos Zahra, que cometeu o erro de se apaixonar por Ajit, filho de Anita Delgado e do marajá. Zahra nasceu com a mesma personalidade forte que sua mãe costumava ter, e cresceu como uma mulher independente e forte. Viveu aventuras incríveis com seu amado, mas que não durou muito tempo. Ajit era conhecido por gostar de aventuras e de ser livre. Logo, o romance não durou muito tempo. Posteriormente, Zahra foi obrigada a se casar com Anwar Akhtar e deu à luz a Maha, a nossa protagonista. Ela é um reflexo perfeito de todas as suas ancestrais. Maha tem um pouquinho de cada uma delas em si, e é isso que a faz correr atrás de sua verdadeira história de vida.

Eu confesso que não esperava gostar tanto desse livro, mas conhecer a vida dessas mulheres, entender melhor o que elas passaram (e que algumas ainda devem passar) e acompanhar toda a luta que travaram para ter um reconhecimento e ser alguém na sociedade é algo que devemos levar como exemplo. Poder ver que, com o passar dos anos, conseguimos conquistar muita coisa é algo para levar de inspiração e motivação para conseguirmos muito mais.

A Neta de Maharani é uma história de amor, de esperança e de choque cultural sobre uma vida que não tem desperdícios; é um relato em que todas as pontas são amarradas perfeitamente, é intenso, inspirador e fascinante; um resgate de memórias que o tempo tentou apagar.

site: http://www.cafecomlivroo.com
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Leticia | @bardaliteraria 16/07/2017

O livro é cheio de simbolismos, é curioso saber sobre mulheres tão fortes em épocas distintas e culturas diferentes.
Existem livros que trazem histórias e existem livros que são história, que são experiências, que são vidas vividas e contadas para que saibamos que existiram...
Maha Akhtar é uma jornalista que sempre acreditou ser filha de um paquistanês com uma indiana, até o dia em que ao precisar da sua certidão de nascimento descobriu que havia sido enganada pela mãe, Maha não só não havia nascido em Sydney como sempre acreditou, como descobriu que não era filha de seu pai, na realidade Maha acaba descobrindo que é neta de Annita Delgado.
A Neta da Maharani é um livro autobiográfico, Maha nos conta sua história de forma romantizada e em uma certa cronologia de tempo, mas aqui não somente temos sua versão da história, acompanhamos com muita maestria Maha contar sobre as mulheres de sua vida, suas antepassadas e tudo que ocorreu até o seu nascimento. Somos apresentados a 4 grandes mulheres: Annita, Laila, Zahra e Maha. Eu queria comentar sobre cada uma individualmente mas acho que parte da essência do livro é realmente ir descobrindo um pouco sobre cada uma, ir enxergando como todas foram vivendo e sobrevivendo as experiências que passavam.
O livro é cheio de simbolismos, é curioso saber sobre mulheres tão fortes em épocas distintas e culturas diferentes, somos apresentados a contextos que não nos é comum: casamentos arranjados, religiões diferentes como o islamismo e a submissão das mulheres. É um livro cativante, instigante e pra mim complicado porquê apesar de parecer uma cultura linda, conseguimos ter um pouco de noção do quanto essas mulheres lutaram e ainda lutam por sua liberdade, e mesmo que o livro não diga é bem notável o quanto ele é bom ao se falar sobre feminismo.
Maha é um grande exemplo do quanto podemos sonhar e realizar nossos desejos, uma garotinha até então abandonada, cresceu, lutou e se realizou. A Neta da Maharani é um livro sobre sonhos, mas também sobre buscas, vínculos e a importância da nossa história no nosso crescimento pessoal.

site: http://bardaliteraria.blogspot.com.br/2016/08/a-neta-da-maharani-de-maha-akhtar.html
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Pandora 27/10/2021

Maha Akhtar se propõe neste livro a contar a história de suas antepassadas, uma história que ela conheceu tarde e que envolvia o mistério de seu nascimento.

A escrita da autora é muito fluida e eu particularmente gosto de acompanhar sagas familiares, então esses foram pontos muito positivos no livro. Também que, sendo a história contada do ponto de vista de Maha, vemos como foi difícil a vida desses mulheres que tiveram suas vidas manipuladas por homens, absorvendo uma infelicidade atrás da outra até se ausentarem do mundo nas drogas, como Laila ou se submeterem até ficarem apáticas, como Zahra.

O ponto negativo é que a autora é bem egocêntrica e não consegue se furtar a enaltecer os próprios talentos. Até a beleza - que não é exatamente um talento - é decantada como uma virtude que acompanha as mulheres de sua família desde sua avó. Num determinado momento, referindo-se à irmã, que não tem o mesmo pai, ela diz: “Apesar de ser uma menina de muito mau gênio, seu pai a adorava porque era dele. Não era nem tão bonita quanto eu nem tão alegre, mas aos olhos de Anwar era um presente de Deus.” - pág. 203. Fora ter que ler “pérolas” como um texto primário destes sobre sua avó Laila: “Cresceu até se transformar em uma menina angelical, depois em uma adolescente encantadora e mais tarde numa jovem espetacular.” - pág. 98

Também quando se refere à irmã mais velha da mãe, parece ter um certo tom de desprezo pela tia que se casou com um “rato de biblioteca”: “Não se interessava absolutamente por roupas, compras ou rapazes e dedicava todo seu tempo ao esporte e os estudos” (…) “No dia em que Tariq foi conhecer Aisha, Laila implorou a ela que se vestisse de forma apropriada e que a deixasse penteá-la e maquiá-la.” - págs. 146 e 148. Não me surpreende que esta tia tenha se afastado definitivamente da família.

Lendo como um romance de entretenimento foi bem agradável, mas é esquecível. Tenho aqui outro da autora, Mel e Amêndoas, mas este vou deixar passar.
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