O ovo apunhalado

O ovo apunhalado Caio Fernando Abreu




Resenhas - O Ovo Apunhalado


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Daniela 13/08/2009

Puro sentimento
Amo Caio Fernando Abreu. Ele transmitia, na sua escrita, uma mistura de sentimentos. Tenho uma teoria que felicidade não produz, é preciso uma inquietação, um incomodar, um descontente. Gosto de autores inconformados, que buscam um porquê. Caio é assim. Impossível não se identificar com algum trecho de uma crônica, alguma sensação, em meio a frases sem sentido, mas que querem dizer muita coisa. Caio é sentimento.
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Maíra 14/06/2010minha estante
Adorei sua teoria. E a resenha, rs.




Janaina 02/05/2020

Talvez eu não tenha compreendido a obra desse autor em profundidade, mas a maioria dos contos simplesmente não me tocou com eu antecipava. Salvo um ou outro, não consegui me conectar.
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Fabricio 21/08/2009

Caio, sempre impactante.
Os contos reunidos neste livro falam, quase me sua plenitude, sobre a solidão e o desamor. O OVO APUNHALADO é uma daquelas obras feitas para se ler num sábado chuvoso, acompanhado de uma música triste e uam enorme caixa de chocolates... Meu conto preferido é PARA UMA AVENCA PARTINDO... sempre que o leio, sinto algo inexplicavelmente explosivo em mim, um misto de ternura, ódio e esperança... Para quem ainda não conhece a obra de Caio Fernando Abreu, este é um bom começo.
Girrrrr 05/03/2010minha estante
Tens razão, este livro combina com chuva e café, (:


_CKlein 01/01/2011minha estante
Para uma Avenca Partindo define... não sei você, mas quando leio este conto, eu leio com certa urgência, porque a angústia de caio acaba grudando na pela, na nossa retina, e essa angústia de se falar, ou não se falar, esse sentimento gera uma angústia do começo (na estação de ônibus ainda) ao fim (com o motor já ligado).


Ingrid Sodré 18/07/2013minha estante
Também tenho essa mesma sensação de urgência na leitura de "Para uma avenca partindo". Como um desespero. Sem dúvida um dos melhores contos.




Debora 04/05/2020

Um livro de contos - irregulares para mim
É o primeiro livro do autor que leio e a minha primeira sensação foi que a escrita do autor é super poética, figurada, profunda. E, talvez por isso, nem sempre o conto dele me fisgou.
Parecem ser contos que só fazem sentido se vc mergulha de cabeça em suas sensações - e eu não consegui fazer isso...
O resultado, pra mim, é um livro irregular. De alguns contos eu gostei bastante, me tocaram.
Outros eu achei uma chatice sem fim. Teve dois q inclusive eu nem consegui ler.
Meu preferido é, sem dúvida, Retratos. Outros que gostei muito são Uns sábados, uns agostos e a sacada final de A margarida enlatada.
O conto que dá título ao livro é uma viagem, mas é uma viagem boa de se embarcar.
Os que eu não consegui terminar foram Ascensão e queda de Rhobea e Eles.
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Thiago275 23/01/2023

Sensível e afiado
O Brasil possui uma gama de autores que eu classifico como "intimistas", ou seja, que costumam escrever histórias que às vezes nem enredo têm, se passam na cabeça do protagonista, e nas quais podemos acompanhar os seus pensamentos, as suas opiniões, as suas lembranças.

Caio Fernando Abreu é um desses autores. O Ovo Apunhalado é um livro de 1975 (republicado com algumas alterações feitas pelo autor em 1984) que traz vinte e um contos. São histórias bem curtas, e a maior parte delas traz aquele tom ao mesmo tempo sensível e afiado que é a marca do autor.

Aqui, dois temas se destacam. Em vários contos, o protagonista entra em contato com uma criatura (um anjo? um extraterrestre? uma pessoa com poderes sobre-humanos? nada disso? quem decide é o leitor) e esse encontro se configura como um ponto de inflexão em sua vida e na vida de todos os que vivem ao redor. O final, claro, nem sempre é feliz.

O outro tema presente no livro é o tema da ausência, da nostalgia. Nessas histórias, o protagonista abre seu coração (para si mesmo) e depara-se com a falta de uma pessoa que já não faz mais parte de sua vida. Ficaram as lembranças e as palavras jamais ditas. São contos melancólicos e lindos.

Caio Fernando Abreu merece ser mais lido e conhecido, pois ele é muito mais do que as pequenas frases de autoajuda que vemos espalhadas na internet.

Com a palavra, a musa Lygia Fagundes Telles: " O que me inquieta e fascina nos contos de Caio F é essa loucura lúcida, essa magia de encantador de serpentes que, despojado e limpo, vai tocando sua flauta e as pessoas vão-se aproximando de todo aquele ritual aparentemente simples, mas terrível porque revelador de um denso mundo de sofrimento. De piedade. De amor."
Preciso dizer mais?

Destaque para os contos: Para uma Avenca Partindo, Do outro lado da tarde, Retratos, Oásis, Visita.
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Luana.Khetley 27/03/2024

Vou levá-lo comigo por muitos anos.

Naveguei por estas páginas por 30 dias consecutivos. Não sabia se seria capaz de terminar a leitura pelo simples fato de não suportar a ideia de ficar em abstinência.

Entretanto, agora irei explorar as outras obras do autor e em breve voltarei ao livro que me fez sentir o que eu já não sentia.
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arthur966 26/12/2022

repetindo nunca mais, nunca mais, e acreditávamos que um dia seríamos grandes embora aos poucos fossem nos bastando miúdas alegrias cotidianas que não repartíamos, medrosos que um ridicularizasse a modéstia do outro, pois queríamos ser heróicos românticos descabelados suicidas, porque era duro lá fora fingir que éramos pessoas como as outras, mas nos cantos daquele quarto tínhamos força sangue esperma, talvez febre e delirássemos juntos navegando na mesma alucinação que a matéria fria da guarda da cama não traz de volta porque tudo passou e é inútil ficar aqui procurando o que não vou achar e certificar-me de que a vida é essa, a minha, e que não a troquei por nenhuma outra de invento, de fantasia.
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Alê Xenite 25/02/2009

É um bom livro, mas sinceramente o Caio já conseguiu me comover mais.
sonia 28/04/2013minha estante
é preciso lembrar que o escritor estava no início de carreira, 20 aninhos, e já escrevia bem! depois amadureceu e ficou melhor - como um bom vinho.


Alê Xenite 28/04/2013minha estante
Ah, então tá explicado!




Evy 20/01/2011

Eu só conheci Caio F. por causa de Clarice. Quando uma amiga soube que eu gostava muito de Clarice, me pediu pra ler Caio F. Eu e ele temos o amor por Clarice em comum. E não só isso, são tantos outros sentimentos em comum. Caio, assim como Clarice, me conta.

Mas agora falando do livro: é puro sentimento. Os mais diversos sentimentos divididos em 20 contos fantásticos. Alguns não me comoveram ou despertaram tantas emoções, outros no entanto...

O livro já começa te deixando tonto com "Nos Poços". Não há o que falar, cito apenas o trecho:

"Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? Agente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê".

Depois disso é só emoção. Recomendo a leitura!
Léia Viana 28/11/2010minha estante
Caio F. Abreu é extremamente profundo em trasformar suas emoções em palavras.




Paulinha 13/11/2022

nao entendi nada do último conto, que inclusive é o nome do livro, mas de resto a coletânea simplesmente perfeita, cada metáfora faz completo sentido na minha cabeça, eu y caio fernando abreu enguais :)
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Vilamarc 14/03/2020

Sinta o fluxo. Ou pode ser a maresia.
Antes de iniciar essa resenha pensei em como começá-la, se pela minha insuperável inadequação aos contos (já que me esforço muito para torná-los empáticos ao meu gosto seletivo por romances), ou se começava pelos luminosos anos 1970 das revoltas estudantis, drogas vertiginosas, sexo, rock, cardinales, psicolelismo, descambando tudo em tropicalismos Brasilis, bem a aura desse livrinho.
Acabo então por dizer, que sempre pensei que essa fosse a minha década perdida, que nascera depois de onde deveria ter nascido, que tudo o que de bom penso sobre esses anos estão no Ovo. Todo desbunde de Caio Fernando Abreu está aqui, por vezes frágil, bobo, incompreensível, fulgaz. Por vezes cru e cruel, certeiro, bélico, ferino e apaixonante.
Mas é sério que tenho problemas com contos. Das três partes do livro, descartaria sem dó, toda a segunda parte *Beta*, da primeira *Alfa* salvo porque surpreenderam os contos "Gravata" e "Retratos". Da última parte *Gama* gostei de todos. Destaque para o conto que dá título ao livro "O ovo apulhalado" um profusão de referências culturais, de Tarsila a Clarice Lispector, de Beatles a Humpty-Dumpty de Alice.
Então, como dizem no mundo literário: sinta o fluxo. Ou pode ser a maresia.
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Lucas1429 23/11/2023

Delirantemente sensível
Caio F. Abreu escreve de uma forma instigante, um véu de mistério envolve suas cenas-palavras, e este mesmo véu ele vai desvelando aos poucos, sem nunca revelar tudo. Isso é fascinante. Abre espaço para nossa magia interna transbordar e convergir com as cores que o autor espalha.

Cada história é única e inteira em si mesma; simultaneamente há um fio invisível que as conecta. Às vezes palavras que se repetem, ideias que se replicam, imagens que se fixam nas retinas da imaginação. Caio tem esse poder de nos encantar e nos fazer lembrar o porquê estamos ali.
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Augusto 29/06/2015

Primeira obra lida de C.F.A.
Essa foi a primeira obra que eu li de C.F.A. e eu posso dizer que não foi um começo muito feliz. Até então o meu referencial em termos de contos é Lygia Fagundes Telles (que foi a principal motivação para a leitura desse livro, pois assina o prefácio) e de fato não há como compara-los, sobretudo porque Lygia tem uma agilidade em narrar histórias e tem uma poesia na escrita de prosa que eu não consegui identificar em Caio Fernando Abreu, e que foram um dos elementos essenciais na leitura de contos. Isso pode ser explicado pois o mesmo escreveu esse textos ainda no início da carreira. Estou programando ler outro livro dele ainda esse ano, não vou desistir desse autor.
Rafael Bonfim 23/01/2021minha estante
Me conta se vc conseguiu ler outros dele, quais e o que achou.




Silvana (@delivroemlivro) 25/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/09/o-ovo-apunhalado-caio-fernando-abreu.html

Gostou? Então também siga e curta:
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Tks!
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Léia Viana 19/09/2012

Caio é Caio.
“...quando se quer explicar o inexplicável sempre se fica um pouco piegas.” E tentar explicar o que eu sinto quando leio Caio é tornar-me um ser completamente piegas. Caio me deslumbra, me encanta, me deixa nostálgica, reflexiva, me causa dor e alegria, com suas palavras ‘agridoce’.

As palavras do prefácio de Lygia Fagundes Telles, expressa bem o estilo literário e o fascínio que Caio desperta em muitos, inclusive em mim: “O que me inquieta e fascina nos contos de Caio Fernando Abreu é essa loucura lúcida, essa magia de encantador de serpentes que, despojado e limpo, vai tocando flauta e as pessoas vão-se aproximando de todo aquele ritual aparentemente simples, mas terrível porque revelador de um denso mundo de sofrimento. De piedade. De amor.”

E é com esta intensidade que Caio escreve suas histórias, com uma insanidade lúcida e inquietante que perturba quem o lê. Caio é um provocador de emoções, um revolucionário dos pensamentos alheios.

“O meu nome não são letras nem sons (...), o meu nome é tudo o que sou.”

Alguns contos desse livro me perturbaram, outros nem tanto assim, mas ler Caio é uma mistura de doce com amargo, é de todo um sentimento agridoce dentro da gente.

Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? Agente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê".

Leitura recomendada!
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