Marxismo E Alienação

Marxismo E Alienação Leandro Konder




Resenhas - Marxismo E Alienação


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Lista de Livros 31/01/2021

Lista de Livros: Marxismo e Alienação, de Leandro Konder
Parte I:

“Através da interpretação marxista, estamos em condições de compreender que, dentro de uma sociedade dividida em classes, “a prática individual, façamos o que fizermos, realiza em cada um o ser de classe” (Sartre). Graças a ela, podemos afirmar que, “cada vez que se trata de achar a infraestrutura de uma filosofia, de uma corrente literária ou artística, chegamos, não a uma geração, a uma nação ou a uma igreja, mas a uma classe social e às suas relações com a sociedade” (Lucien Goldmann).
A partir da convicção de que o ser condiciona o pensar, Marx e Engels aferiram a extraordinária importância da maneira de ser condicionada pelo tipo particular de inserção do indivíduo dentro da estrutura social que é a sua pertinência a uma determinada classe social. É evidente que Marx e Engels – como pensadores dialéticos que eram – jamais conceberam as relações entre o ser e o pensar como relações de causa e efeito puramente unívocas, e sim como interações (a anterioridade do ser em relação ao pensar devendo ser encarada como um momento, como um dado histórico concreto, e não como uma lei metafísica). É evidente, também, que Marx e Engels não pretenderam reduzir a riqueza da psicologia individual e a autonomia do movimento da consciência a um protótipo abstrato de consciência de classe.
Coube-lhes, porém, vibrar um autêntico golpe de morte nas análises que supunham ser possível captar o fundamental de uma mentalidade, quer no caso de um indivíduo, quer no caso de uma coletividade, sem partir do estudo do seu relacionamento essencial com as condições concretas em que vivem o indivíduo ou a coletividade dados.”
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https://listadelivros-doney.blogspot.com/2020/12/marxismo-e-alienacao-contribuicao-para.html


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Parte II:

“Por força da cisão entre indivíduo e espécie, os indivíduos tendem a ter deles mesmos uma visão mutilada, uma vez que não se veem como indivíduos integrados normalmente numa espécie. Torna-se difícil compreender claramente a unidade do gênero humano, pois esta unidade se acha duramente atingida, na prática, pela divisão do trabalho e pela propriedade privada. Passam a faltar-lhes condições que propiciem uma clara percepção daquilo que eles possuem de comum uns com os outros; e as diferenciações individuais passam a ser observadas independentemente da história concreta e das condições materiais de vida dos homens.”
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Parte III:

“As verdades da ciência são universais, mas não são eternas, estáticas, fixas, ou metafisicamente absolutas. A universalidade delas não consiste no fato de que devam permanecer inalteradas para todo o sempre; consiste na sua incorporação irreversível ao movimento que realiza o avanço do conhecimento científico.
Se não nos preveníssemos quanto a este modo de ver errôneo, estaríamos analisando antidialeticamente o desenvolvimento do conhecimento científico: estaríamos separando, à maneira metafísica, uma verdade abstrata e um erro também abstrato, esquecendo a lição de Hegel segundo a qual “o erro é um momento necessário da verdade”
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“No campo das ciências sociais as verdades são inevitavelmente prenhes de implicações políticas.”
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Parte IV:

“Depois de terem reduzido os negros à condição de engraxates, eles concluem que os negros só servem mesmo para engraxar sapatos.” (George Bernard Shaw)
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“O polonês Kolakowski mostra que o burocrata que justifica procedimentos desumanos em função da necessidade de apressar a construção do socialismo esquece-se, na verdade, que o socialismo não se resume na mera realização de certas tarefas econômicas, esquece-se que o socialismo (tal como o concebeu Marx) é a humanização dos homens, e não leva em conta o fato de que as práticas de desumanidade acarretam deformações em quem as sofre e em quem as pratica, retardando, por conseguinte, o avanço para o socialismo.
Para a ética revolucionária marxista, fins e meios acham-se organicamente ligados: os fins não são indiferentes aos meios que conduzem a eles. A interpretação cínica da máxima de que “os fins justificam os meios” é tão inaceitável quanto o moralismo dos fariseus, que querem que a revolução se faça com “bons modos”, através da pura persuasão, dos exemplos dignificantes, dos conselhos amenos e das exortações sentimentaloides. A recusa do moralismo estreito não conduz necessariamente ao cinismo. Mas o procedimento dos estalinistas, na prática, em diversas circunstâncias, deixou-se orientar por uma concepção cínica, superficial. E é esta visão cínica, deformada, imediatista, que podemos encontrar em numerosos incidentes ocorridos sob Stalin e na maneira como foram solucionados, com sério prejuízo para a superação da alienação da humanidade.”
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