Os Famosos e os Duendes da Morte

Os Famosos e os Duendes da Morte Ismael Caneppele




Resenhas - Os Famosos e os Duendes da Morte


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Lucasz 02/03/2023

O que mais se destacou nesse livro, pra mim, foi a sensibilidade que ele desperta. As frases inacabadas é algo simplesmente sensacional, passa a sensação daquelas coisas que queremos dizer e a garganta nos trava.
comentários(0)comente



4at77 07/01/2023

Os Famosos e Os Duendes da Morte.
?É preciso estar vivo para poder morrer. É preciso ter alma para aceitar perder.?
(Ismael Caneppele - 2009)

Meu livro favorito de todos os tempos?
Tem pouco tempo que fiquei obcecada pelo filme e não posso dizer algo diferente do livro, a escrita é incrível e toda a reflexão é feita de forma densa e detalhada, o autor consegue transparecer exatamente o que é o vazio e a solidão de uma adolescência depressiva/suicida. Os vídeos com a fotografia da Tuane e o fato deles serem citados no decorrer da história é no mínimo genial, a interação e o apego emocional que você tem com a narração é algo que te prende e te instiga cada vez mais a tentar entender e adrentar aquele universo.
A carta final escrita pelo diretor do filme inspirado na história me fez entender ainda mais como tudo surgiu e principalmente tudo o que o Ismael quis transmitir, o final é aberto e a maioria (se não todas) as analogias feitas são livres para várias interpretações, o que na minha opinião deixa o livro cada vez mais ?interativo?, por assim dizer.

Recomendo mil vezes, to completamente apaixonada.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



MatheusA 20/08/2020

Trecho
"Era preciso todo o cuidado na terra dos que não esquecem. Dos que enxergam tudo. Dos que não sabem manter segredos. As ruas, por mais escuras que fossem, tinham olhos abertos escondidos atrás de todas as janelas, e elas nunca estiveram fechadas o bastante para que pudéssemos ficar sozinhos."
comentários(0)comente



Dayse Svolinski 29/07/2020

Digressões sobre o sofrimento
Honestamente, sinto que li esse livro no momento errado. Com menos de 100 páginas, o autor trabalha uma temática de morte, dor e suicídio de modo lírico e e extremamente subjetivo, criando ambiguidades a todo momento, incluindo no seu fim. As digressões me cansaram da metade pro final, mas é de um trabalho com a linguagem que é impecável. Talvez precise reler no futuro...
AyelAn.Taborda 08/12/2020minha estante
Eu tenho que concordar com você... Eu somente assisti ao filme... e achei muito dificil entender a trama da historia. Ainda tenho que ler o livro também... mas vai ser dificil, já que estou estudando português como lingua estrangeira e estou tengo dificuldade ouvindo (e às vezes lendo) conteúdo em português... O que vocês me recomendam para desfrutar melhor esta historia?




Marker 20/10/2017

Tinha curiosidade por essa leitura desde que assisti o filme homônimo de Esmir Filho, há uns bons sete anos atrás, mas nunca conseguia encontrar um exemplar. Vencido este problema, Famosos se revela num diálogo interessante com o filme que gerou.

Ainda mais poético, e de certa forma hermético, que a versão filmada, a pequena novela de Cannepele forma uma rede muito intrincada de imagens e sentimentos a partir dos desejos de seu protagonista, adolescente que mora numa cidade nos confins do interior gaúcho e deseja desesperadamente fugir daquele ambiente que acumula tragédias e frustrações.

Ainda que não seja necessariamente direcionado a adolescentes (curiosamente a editora optou por lançá-lo em seu selo juvenil), Famosos dialoga com questões de amadurecimento e auto-conhecimento de maneira muito delicada, deixando o tema de suicídio que atravessa toda a trama um pouco mais palatável.

Por vezes a poesia se afoga em si mesma, mas na maior parte do tempo é uma confissão muito bonita.
comentários(0)comente



Rodrigo 17/01/2014

Impecável.
Um dos melhores, se não o melhor livro nacional que já li. Mistura poesia, sentimento, nostalgia, e a angústia de partir. Tudo isso numa cidadezinha fria, mas aconchegante, onde vive um menino que nunca saberemos o nome.
comentários(0)comente



Juliano 17/04/2013

Quando estar perto não é físico
“Quando você acorda, a vida já passou”. A frase, tal qual singelo sussurro, surge na página nove, do livro Os Famosos e os Duendes da Morte (Ismael Caneppele). Uma frase simples. Direta. Poética no ponto certo. E são estes significados que são possíveis de serem desmembrados da obra de Caneppele. Trata-se de um livro que traduz, em 96 páginas, sentimentos por meio de palavras. É, por si só, uma obra sensorial.

Os Famosos conta a história de um adolescente, mas não simplesmente sua história traduzida por simples ações: trata-se de um retrato, sob uma sensível observação da alma jovem, repleta de inquietações, dúvidas, medos, uma busca pela identidade que se mescla com a realidade virtual e a real. Em busca de se encontrar, o personagem principal se perde. Se prende. Se repreende. Tenta-se entender. Talvez ele se veja refletido no fluxo do rio Taquari, uma metáfora para a vida que flui e para a vida que é dragada – um pulo da ponte de ferro, tão sedutor para apaziguar o fim. Mas que fim?

Há neste livro aquilo que Salinger, com seu O Apanhador no Campo de Centeio, melhor traduziu: o espírito de um tempo. Um tempo adolescente, que por perfazer o ciclo desta sociedade contemporânea, parece se sentir deslocado frente ao mundo em que todos estão deslocados, mas não aparentam. “Eu tinha certeza de que, longe dali, alguém vivia a minha vida”, diz o personagem. E quem não sente ou já sentiu isto? A vida inteira que podia ter sido e que não foi, diria Manuel Bandeira. Caneppele, por sua vez, brinca com a sentença não explícita em seu livro e faz seu personagem revelar aquilo que sabemos, mas esquecemos: “Todos nós temos mais perguntas do que respostas”. Está aí o segredo.

FILME – Primeiro longa-metragem do diretor Esmir Filho, Os Famosos e os Duendes da Morte apropria-se do universo do livro. Com uma maestria em transmutar verbos, palavras e artigos em arte cinematográfica, Esmir Filho transforma o livro numa sucessão de imagens e sensações que nos fazem perder o fôlego. Não é preciso se prender ao entender – tanto ao livro, quanto ao filme – é, antes de tudo, preciso saber sentir. Para os cinéfilos de plantão, uma excelente indicação. Um filme cult, diferente, brasileiro.

Disponível no blog: http://www.julianoschiavo.blogspot.com.br/2013/04/quanto-estar-perto-nao-e-fisico.html
comentários(0)comente



Thiago 01/04/2013

Estar perto não é fisico...
Um tipo de literatura bem diferente do que estou acostumado a ler, invariavelmente acabo sempre caindo em literatura de gênero, mas no caso de ¨Os Famosos e os Duendes da Morte¨ de Ismael Caneppele, ja havia sido atraído pela historia devido ao filme homonino do diretor Esmir Filho(vencedor do Festival do Rio em 2009), que adaptou o livro com a ajuda do próprio Caneppele. Mas tendo acompanhado o material em duas mídias distintas fica claro que são obras que se complementam perfeitamente, e de uma forma muito bacana, cada uma explorando uma narrativa própria. A trama acompanha de forma pouquíssima usual em sua estrutura narrativa a historia de um garoto que vive em uma cidade interiorana no sul do país, uma cidade composta em sua maioria por colonos alemães. È extremamente dificil tentar simplificar o plot do livro, por ser um texto rico de um lirismo metafórico e uma prosa poética; Viajando durante todo tempo nos fluxos de pensamento do protagonista o leitor passa a compartilhar seus dilemas existenciais, fragmentos de lembranças, idéias, viagens psicodelicas, e sua facinação pela morte num sentido mais filosófico da coisa. Não tenho muito mais a dizer, o texto do Caneppele é muito, muito bom, nunca li nada parecido, devorei as paginas de forma frenética, enfim, indicação máxima, e se puder complementar com o filme melhor ainda.
comentários(0)comente



Teté 31/01/2013

Li em junho/julho do ano passado e fiquei apaixonada, li o livro 5 vezes e quero ler de novo, mas o livro é tão bom e tão fascinante que repassei para a pessoa que amo e que mora em outro estado, então não posso pegar emprestado para ler de novo. O livro mexeu comigo nas 5 vezes que li. Depois de ler, resolvi ver o filme e achei fantástico. Enfim, tornou-se um dos meus livros/filmes favoritos.
comentários(0)comente



Clei 09/01/2013

\o Obrigado Lari
Hoje ganhei "Famosos e duendes da morte" *__________* esse é especial porque é de um filme que gosto muito, além de ter ganho de presente da Lari ( hihi') que me deixou muito feliz, uma pessoa que gosto muito, mesmo estando longe, mas como diz o livro ... "estar perto não é físico" ganhei o dia hoje ... obrigado lari, adoro vc =*
Larissa 09/01/2013minha estante
Clei, fico muito feliz que tenha gostado e de ter acertado no presente, fique sabendo que foi de coração, beijos.
"Eles, os do longe, estavam quando eu precisava. Aguentavam quando nem eu mesmo. Riam quando contava sobre o meu mundo. Ouvíamos as mesmas musicas, viajávamos na mesma estação e passávamos as noites em claro."




PH 24/07/2012

Partir ou ficar?
A busca pela própria identidade, pelo lugar que pertence é o que norteia todo o livro. O eterno dilema entre partir e ficar, entre buscar sua verdade no desconhecido e permanecer no seu lugar de origem.
É com ajuda da internet que a história, com poucos diálogos, se desenvolvem. A internet que aproxima o personagem de coisas distantes e o distancia das pessoas próximas. Estar perto não é físico.
Existe o medo da vida, do futuro, e um certo encantamento com a morte. Fantasmas que o assombram, mas que tornam sua sobrevivência mais leve. Por isso acreditar neles. Não só os fantasmas, mas também as músicas - de Bob Dylan principalmente - e os hiperlinks que o fazem acreditar em um lugar melhor para viver. Esse lugar pode estar longe, mas pode ser a sua própria casa.

http://sobretudoealgomais.blogspot.com.br/2012/07/dica-literaria-os-famosos-e-os-duendes.html
comentários(0)comente



Crispim 20/11/2011

Geheimnis.
comentários(0)comente



Munduruca 04/06/2010

Um dos filmes que eu tinha marcado para assistir na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ano passado foi 'Os famosos e os duendes da morte', de Esmir Filho. Acabei não tendo como assistir por algum motivo que não me recordo, provavelmente alguma outra sessão no mesmo horário. Permaneci desde então ansioso para ver. Quarta passada vi um twitter do Sergio Miguez mandando ficar de olho no Ismael Caneppele, autor do livro 'Os famosos e os duendes da morte', "texto incrível", que teria dado origem ao filme do Esmir. Corri para a livraria e me presentiei com o livro.

Durante o feriadão de páscoa mergulhei na história. Me apaixonei assim que li as primeiras páginas. Em alguns momentos me perdia um pouco na história porque eu começava a viajar, a lembrar do meu passado, a lembrar de muitos amigos. Algumas passagens me marcaram especialmente. Tem uma frase no livro que diz que "longe é o lugar onde se vive de verdade", e por muito tempo acreditei nisso. Depois vi que, para mim, realmente era verdade. Passei dez anos da minha vida em Rondônia na espectativa de um dia ir embora. Ir para um lugar no qual haveria cinema, teatro, shows, prédios aglomerados, trânsito, festas, pessoas que falassem sobre o mundo, um lugar no qual eu tivesse a oportunidade de me arriscar mais, de experimentar mais, de viver coisas que dentro da proteção que a minha família me oferecia, dificilmente eu conseguiria experimentar. Eu sai de lá. Demorei, mas estou aqui, em São Paulo, cercado de tudo aquilo que desejei. Longe daqueles que amo mas vivendo de verdade as oportunidades profissionais na área que eu quero, vivendo de verdade minha sexualidade, vivendo de verdade tudo que essa grande cidade pode me oferecer. Me lembrei também da Lara, uma amiga baiana, que conheci nos tempos de Minas, que consigo ver apaixonada por Dylan e desejando sair de sua cidade natal, também em busca de coisas parecidas com as que eu busquei, querendo estar em shows distantes e com pessoas que, longe, viviam de verdade.

Esmir, na contracapa do livro, avisou: 'Não existe essa bobeira de ler o livro primeiro, para depois ver o filme, ou saber o final, etc. É mais que isso. Tudo dialoga e se completa'. Eu acreditei nisso e, quando faltavam cerca de quinze páginas para acabar o livro, fui ao cinema. Outro mergulho. Senti falta de algumas cenas e neuroses que considerava importante, como o roubo do chocolate e a questão do nome sujo. Fiz mais algumas confusões. Ou não. Para mim, no livro a maioria das personagens são masculinos e Jingle Jangle é homem, até porque em vários momentos o protagonista se refere a ele como o irmão do Diego. O livro inicia com a frase "o menino sem nome conheceu o garoto sem pernas" e o filme abre com a frase "o menino sem nome conheceu a garota sem pernas". A possível troca da relação entre três meninos por dois meninos e uma menina me lembrou um pouco o tema do Festival Mix Brasil do ano passado que dizia que "nem todo filme acaba sendo como gostaria". Liberdades de autores? Liberdades poéticas? Liberdade de interpretação!? Liberdade... é isso que busca o filme, é isso que busca o livro, é isso que busca o menino sem nome, julian e o outro...

No livro há muitos lirismos que conseguem ser traduzidos para a tela com bom desempenho, destaco muitas cenas na ponte, também a das estrelas no teto do quarto, e a da morte da borboleta. Sobre o fim, ainda estou formulando minhas teorias... e não ousaria acabar com o seu prazer em descobrir um pouco mais da história sozinho. Sinta-se livre para ler e assistir 'Os famosos e os duendes da morte'. E depois me diga o que achou...

**postado em http://rafaelmunduruca.blogspot.com/2010/04/os-famosos-e-os-duendes-da-morte.html
Nathália 29/09/2011minha estante
Também achei estranho a mudança da sexualidade do Jingle Jangle, no livro fica bem claro que ele era um menino. E eu li o livro há uns bons meses e ainda tô formulando minhas teorias também LOL Mas o das estrelas no quarto é o meu favorito, e o do "eles poderiam andar pelo mesmo trilho, mas nunca seriam atingidos pelo mesmo trem" (ou algo parecido com isso LOL). Enfim, é um dos meus favoritos :D


Kivia Kruczynski 25/01/2012minha estante
Vi o filme há poucos dias, estou numa maratona de 30 filmes até o fim desse mês. "os famosos e os duendes da morte" foi um supresa marvilhosa pra mim, e tornou-se um filme favorito. Posteriormente que fui descobri que havia um livro e hoje resolvi encomendá-lo pela internet, e estou bem ansiosa para ler.

Achei tudo o que você escreveu sobre o livro incrivel. Eu nunca comento, mas tive que parar para dar atenção a cada linha, e me vi com mais vontade ainda de ler o livro ao fim do texto.


Lele 07/07/2023minha estante
Que perfeita sua interpretação da frase ???




15 encontrados | exibindo 1 a 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR