A mãe

A mãe Maksim Górki




Resenhas -


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Marcelo 20/04/2024

O livro conta a história de Pélagué Nilóvna, na época da Rússia pré-revolução. Seu filho Pavel e um operário que se envolve na luta socialista contra o Czar e acaba preso e deportado. Pélagué passa a acompanhar as atividades do filho e seus aliados e, lentamente, ingressa ela própria na causa.
Além de todo contexto histórico e da trama muito bem escrita, um dos destaques do livro é o processo de tomada de consciência da protagonista, descrito com mestria pelo autor.
Excelente obra!
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Candido Neto 20/07/2022

Ok.
A história é... boa? É. Um panfleto do período czarista, trabalhadores do mundo todo uni-vos.
Previsível, uma ação tem uma continuidade óbvia. Achei datado demais, principalmente, tendo conhecido o excesso da direita e da esquerda.
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Juliana 15/01/2022

Livro inspirado em greves do início do século XX, este trás junto do processo de formação revolucionário, questões de gênero, principalmente através da sua personagem mais importante, a mãe.
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Lusia.Nicolino 16/03/2021

Entender o passado
Escrito em 1907, inspirado na manifestação do 1o de maio de 1902, em Sormovo, e no julgamento dos participantes. Tão longínquo e tão atual. Pelo olhar da Mãe que, depois de descobrir o grande segredo do filho – é socialista! – vê o seu medo se transformar em força e em energia para participar da luta. Não só em prol de seu filho, mas de si mesma, de toda uma nação. Reuniões secretas, livros proibidos, seus disfarces de pobre senhora com uma mala carregada de folhetos.
Há uma transformação da mulher que não vive, mas segue os desígnios, casa, maus tratos do marido, até que enviúva e desperta para o filho. Quem é esse rapaz?
Em momento tão conturbado, basta ser a mãe apenas dessa criança? Gorki nos deixa ver o amor de mãe de braços dados com o amor pela revolução, em uma obra essencial. Um retrato da luta revolucionária, da luta de classes, pelo olhar quase consumido pela rotina cinza de uma mulher. Entender o passado para viver o presente e sedimentar um futuro melhor. Sempre.

Quote: "– Sabem? Há ainda muitas dores reservadas aos homens; ainda muito sangue será derramado por mãos cruéis. Mas tudo isso, toda a minha dor e todo o meu sangue, nada são perante o que já possuo no meu cérebro, na minha medula, nos meus ossos! Já sou rico, como uma estrela é rica em cintilações. Suportarei tudo porque tenho em mim uma alegria que ninguém nem coisa alguma matará e que é a minha força!"


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Vitor Carvalho 21/02/2021

O livro é um fascinante e dramático relato da luta revolucionária na Rússia tsarista. No livro a gente acompanha os acontecimentos através da óptica de uma mulher chamada Pielagea, que é a mãe do revolucionária Pavel. Com o desenrolar da trama, Pielagea vai se desenvolvendo, se tornando uma mulher incrível e que faz de tudo pela revolução.
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DanuzaEosLivros 21/01/2020

Essencial
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A primeira leitura finalizada do ano não poderia ter sido melhor. Um clássico russo maravilhoso.
Sabe quando você começa uma leitura e nas primeiras linhas já sabe que vai ser bom? Pois é o caso. Primeiro livro que leio do autor e já quero mais.
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A narrativa se passa na Rússia pré-revolução, acompanhamos a vida miserável de Pélagué Nilovna, dona de casa, esposa e mãe. Constantemente maltratada e agredida fisica e psicológicamente por um marido truculento e beberrão. Seu filho, Pavel é operário de uma fábrica e se envolve no movimento revolucionário que começa a nascer, nesse ínterim seu marido morre e Pélagué se volta para os cuidados com o filho, e o seu carinho se torna um contraponto ao trabalho extenuante e massacrante que ele e todos os seus companheiros tem na fábrica.
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"Batia-me com tal violência, que parecia estar castigando não a sua mulher, mas sim aqueles com quem andava irritado. Assim vivi vinte anos."
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Aos poucos Pavel vai trazendo seus companheiros para se reunir em sua casa e Pélagué vai acolhendo a todos com atenção e chá quentinho, um alívio nas gélidas noites do inverno russo. E ela vai ouvindo as discussões daquelas pessoas unidas pelo mesmo ideal, de combater a exploração econômica e a repressão política que escravizava a população assalariada sem direito algum. Aos poucos a mãe vai sentindo vontade de participar, ajudar de alguma forma e com a prisão de seu filho, a essa altura já um verdadeiro líder revolucionário, ela descobre uma força interior incrível e assume seu papel nessa luta, com ternura, empatia e uma força que nem ela sabia que carregava dentro de si.
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Uma história baseada em fatos reais da vida do autor, que, vai além de discorrer sobre um tempo sombrio, em plena efervescência do movimento operário que contribuiu sobremaneira para a derrubada do czar Nicolau II. Mas, mostra também a revolução interna que acontece com essa mãe que de mulher subjugada e humilhada pelo marido se torna parte importante de uma luta e se descobre capaz de acolher muitos "filhos" e de se sentir necessária, respeitada e, principalmente viva.
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"É preciso se precaver em relação ao povo: ele suporta muita coisa. Mas um dia, explode."
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Luan 16/12/2019

O pai da literatura soviética.
Em A Mãe, romance publicado em 1907, Máximo Gorki compõe uma obra simples, mas robusta. Singela na compreensão, desafiadora pelos discursos políticos inflamados em cada página. Ele utiliza-se das agouras vivenciadas para criticar o imperialismo, trabalhos forçados (escravidão assalariada) e a falta de mobilidade social. Características da Rússia Czarista, da qual fez parte. Constantemente, em forma de protesto, invoca a uma eventual Revolução, que aconteceria somente em 1917, nas 352 páginas.
Pélagué Nilovna, ‘a mãe’ de Pavel Vlassof, um dos militantes fundadores e líderes do Movimento Socialista na classe operária—primeiro na fábrica, estendendo-se para a cidade e, posteriormente, para o campo—, é a personagem principal da trama, contudo, pouco ativa. Por isso, em grande parte do romance, a mãe possui pouca interação externa, em comparação com as suas agitações internas. É notório o vanguardismo e ousadia de Gorki em ir revelando o rebelar de sua personagem, aos poucos, de maneira contínua. Outrora dócil, por vezes caricata, à uma voz profunda e indignada, em busca do sentido que a tomara. É belo presenciar, gradativamente, o calar do narrador perante as falas e ações da personagem.
Não há ramificações teóricas sobre o socialismo e suas vertentes. São “apenas” trabalhadores explorados por um regime imperial dispostos a lutar e morrer por aquilo que intitulam de “A Verdade”. Verdade essa que fora disseminada em livros. Também não é citada nenhuma obra diretamente, mas indiretamente são perceptíveis algumas influências; No discurso emotivo de André, o pequeno russo, com os ânimos acalmados após discussão com Pavel, ele adapta o mito da caverna em alusão à vida sofrível e de temor que lhes é imposta na escuridão, surgindo então, alguém com a tocha da verdade em mãos, causando inquietação e espanto aos demais.
O autor trabalha com conceitos básicos dentro da ideologia socialista, como distribuição de renda, mais-valia e reforma agrária, as manipula sem utilizar tais termos, mas os deixa evidentes através dos desejos do povo. A visão dos que compactuam com à causa é em prol da população. Não cabe individualismos, mas ocorrem privações individuais em busca da conquista coletiva. Uma crítica também aos movimentos de ideologia similar, mas que estão enraizados numa ótica fragmentada, encharcados de minúcias teórico-políticas, esquecendo-se do bem maior: o povo e suas conquistas. Tal divisionismo, hoje, foi responsável pela ascensão de governos como o de Brasil e Estados Unidos.

Adepto do socialismo, assim como seus personagens, Gorki é peça rara numa literatura sofisticada e reconhecida por sua elegância estilística. Na contramão, utiliza -se de um vocábulo pungente e claro, de fácil compreensão. Escreve para o proletário, sendo considerado o maior escritor soviético de sua época. Enfatizando as mazelas da vida, trazendo à tona a imagem do homem real; do operário ao camponês. sem idealismos e tampouco romantismo, munido apenas de suas habituais descrições céticas e reais, que chegam ao âmago em questão de linhas lidas. Certamente, o mais talentoso escritor russo não o é, contudo, o mais real, visceral e chocante, sem a menor sombra de dúvidas.
Em alguns lugares ao redor do mundo, essa leitura pode ser deveras desafiadora e muito corajosa. É possível que um professor de sociologia ou história, no Brasil, seja demitido ou tenha que prestar declarações ao Ministério Público, em relação à utilização de tal obra em sala de aula, sob acusação de suposta “panfletagem ideológica”, como já vimos, infelizmente, em alguns casos surreais por aí.
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