Resenhas - Bruxas da Noite

Ligia 03/02/2022

As bruxas nunca morrem
Durante a 2ª Guerra Mundial existiu, na extinta URSS, um regimento aéreo formado unicamente por mulheres.
Foram 23 mil voos e 1100 noites de combate, cuja a participação foi determinante para a derrota de Hitler.
Entretanto, após o fim da guerra, num ato discriminatório o governo russo buscou apagar a participação das mulheres na guerra.
Este livro se presta a isso, contar a história dessas corajosas mulheres e trazer ao conhecimento público que elas existiram, resistiram e foram importantes.
Escrito por uma jornalista com a colaboração da última bruxa da noite ainda viva: Irina.
Um livro interessantíssimo e inspirador.

akasaori 30/01/2022

"É uma bruxa, tenho certeza de que conseguirá lê-lo"
"Que esse livro conteste, ao menos em parte, a força homologadora da história escrita pelos homens."

Um livro muito importante que, embora trate de um tema já muito trabalhado, traz uma perspectiva diferença, sendo a narradora da história (transcrita por Ritanna Armemi) uma mulher soviética combatente em um regimento totalmente feminino. Como a própria autora e sua fonte dizem ao longo da narrativa, mais do que contar as tristezas que aconteceram durante a guerra o livro "Bruxas da noite" pretende mostrar a força do feminino e o poder das mulheres em alterar tanto o rumo da guerra quanto a estrutura social durante e após a guerra.

Bruna3810 30/01/2022

"Uma mulher é capaz de tudo"
A história se baseia em fatos reais e pouco conhecidos. Você acompanha desde o início a forma como a guerra mudou a vida daquelas mulheres! Você vê claramente a mudança delas de meninas que sonhavam em servir o país e querendo provar que eram capazes daquilo para mulheres feitas e que mostraram a todos o quão capazes eram e deram medo ao exército alemão.
A cada pequeno polikarpov que não voltava você sentia a dor delas e a vontade e atingir cada vez mais os alemães.
Ao final do livro você se impressiona com a forma como a Irina mostrou todos os fatos independente se aquilo gerava uma boa imagem para a Rússia ela queria que todos soubessem a parte da história que só as meninas da Raskova poderiam contar.

Gica Brombini 27/01/2022

AS BRUXAS DA NOITE: Mulheres na guerra - o que a História esconde, esta obra eterniza.
Me interessei inicialmente pelo título, e ainda mais pelo tema ao ver que falaria e daria destaque a imagem de mulheres que, na Segunda Guerra Mundial, lutaram pelo seu país e contra o terror da Alemanha nazista.
Me interesso particularmente por história a respeito da Segunda Guerra, mas muito do que eu consumi foi puramente ficção criada sob o contexto de um acontecimento real. Ao ler "O diário de Anne Frank", percebi a importância de relatar e divulgar as histórias reais, sem rodeios ou romantizações. Contar sobre as vidas dessas pessoas.
Esse livro é simplesmente muito importante, extremamente necessário. Ele nos apresenta a aquilo que não nos ensinam na escola. Haviam mulheres trabalhando arduamente na Guerra. E não apenas como médicas e enfermeiras, ou cozinheiras e costureiras; a verdade é que: haviam mulheres na linha de frente, e isso NÃO DEVE SER APAGADO, NÃO PODE SER ESCONDIDO.
A linguagem, apesar de ser um livro de não-ficção com um cunho jornalístico e biográfico, possui uma narrativa romantizada, o que tornou minha imersão na história ainda maior. Por muitas vezes tenho medo de me aventurar em narrativas de não-ficção, por medo de não me envolver o suficiente a ser submetida a uma escrita majoritariamente mais séria e menos floreada, o que torna a leitura um pouco mais difícil (para mim). Portanto, a escrita de Ritanna Armeni tornou tudo mais acessível para a minha eu leitora.
É incrível conhecer o relato dessa mulher, Irina Rakobolskaya, que foi a última 'bruxa' viva. É maravilhoso ver a glória da ascensão de uma grupo de mulheres em meio a um contexto tão horrível. E por fim, é emocionante ver um relato tão humano, que dá voz a tantas soldadas que foram apagada. Seus esforços não podem ser esquecido, e por isso, agradeço Ritanna por eternizar essas histórias. Seu trabalho será muito bem apreciado, juntamente a memória das Bruxas da Noite.

João 26/01/2022

Nachthexen
O livro acompanha a história das bruxas da noite, um esquadrão soviético da segunda guerra, exclusivamente feminino, que realizava bombardeios noturnos.

Numa narrativa jornalística com um tom de romance, a autora te prende muito bem na história. Facilmente você se apega as personagens e, por um momento, esquece que são figuras reais em um momento brutal da história.

A narrativa sai do presente, enquanto a autora entrevista a última da bruxas - Irina Rakobolskaya, e volta ao passado. Narrando todo o caminho dessas mulheres, antes, durante e no pós guerra, mostra o enfrentamento aos nazistas e de seus próprios companheiros que não as achavam capazes.

Além de bem escrito, é um livro de extrema importância, necessário para reconhecer e resgatar todo o legado dessas combatentes.

Anna 14/01/2022

Uma mulher pode tudo!
Esse livro é um misto de romance histórico com biografia, mas infelizmente não funcionou de nenhum dos dois jeitos. Explico:
- A história delas em si é absurdamente boa, um fato totalmente desconhecido da 2º guerra, de mulheres comuns que fizeram coisas incríveis!
- Mas não é um romance histórico, em que se pega um fato e inventamos sentimentos, ações e conversas entre personagens fictícios. Estas moças existiram realmente, amaram, sofreram e lutaram como ninguém!

Para mim, pareceu um pouco igual ao livro "Charlotte", que veio numa caixa do Skoob. Ali, o autor fica obsecado com esta pintora, faz todas as pesquisas essenciais e "senta" para te contar uma história. Aqui, a jornalista pesquisou, entrevistou, viu fotos e vem te contar a história, mas faltou... nossa, faltou fotos, trechos do diário, um poema que seja da Natalya. Todas as fotos e referências eu tive que procurar no Google.

Mesmo sabendo que elas são reais, elas não parecem reais e por essa falta que não posso considerar uma biografia. A autora teve acesso a tanto material, viu jornal, diário, fotos, a bandeira do Regimento e não colocou nenhuma imagem, nada! Ela conheceu uma bruxa viva, ouviu a voz, tomou chá com ela... para mim faltou, infelizmente!

Nat 05/01/2022

^^ Pilha de Leitura ^^
O livro conta a história do regimento aéreo militar russo que atuou durante a Segunda Guerra. A jornalista italiana Ritanna Armeni consegue conversar com a única “bruxa” ainda viva, que narra quais foram as dificuldades para o grupo se formar e para servir a pátria. Seria mais um livro sobre a guerra se não fosse sobre um regimento tão desbravador como esse.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat

Renata 04/01/2022

Verdadeiro Feminismo
Essa é uma história sobre as mulheres russas que enfrentaram a família, os colegas de farda e até mesmo o Estado para lutarem por igualdade. Não somente para os benefícios, mas para todo o ônus que uma guerra impõe. O livro mostra como essas mulheres enfrentaram todas as dificuldades (algumas até mesmos por serem mulheres) com coragem e resiliência. Irina, a personagem que dá voz as bruxas, mostra os sentimentos, os temores e a amizade que permearam essa época tão conturbada. Com determinação e sob mais pressão que seus equivalentes masculinos, elas superam até mesmo seus colegas de farda de outros regimentos e as mesmas diferenças de gênero (que não são ignoradas) que causam as vezes indiferença, animosidade e incredulidade e são as responsáveis por fazerem a diferença na linha de frente. A autora relata a jornada dessas guerreiras na grande Guerra, sem romantizá-la mas sem se prender somente às tragédias (que não foram poucas). O foco do livro é mostrar a coragem e força dessas mulheres que em meio a guerra e ao abandono no pós-guerra pelo Estado que protegeram e se sacrificaram, não perderam sua identidade feminina e mostraram que " As mulheres são capazes de tudo".

Lavínia Hanna 31/12/2021

Livro muito necessário
Eu não tinha conhecimento sobre a história, o que de fato, considero o livro extremamente essencial.
A leitura não é difícil e traz um conhecimento absurdo. A sensibilidade da autora em como contar toda a história é de admirar. Leiam este livro!

Cachamorra 31/12/2021

Uma forma suave de falar da guerra
O livro é maravilhoso. Em pouco mais de 200 páginas a autora, Ritannna, nos presenteia com uma forma suave w dinâmica de narrar a biografia e a história do regimento de mulheres do exército soviético. Sem romancear a guerra e o sacrifício, mas dizendo porque tinha que acontecer. E qual o sentimento que essas mulheres tinham.

Não há anticomunismo aqui. Ela vai no ponto crítico ao que o governo soviético tentava, não explora, mas elimina preconceitos importantes. Inclusive criticando uma outra autora Svetlana que escreveu "A Guerra não tem rosto de mulher."

Você termina o livro com uma sensação muito inteligível: "uma mulher pode tudo".

Eliene58 13/12/2021

As bruxas esquecidas pela história
Eu me pergunto como comentar sobre um livro como esse. As mulheres foram voluntariamente a guerra e é detestável que só as tenham aceitas pela insistência e determinação de Marina Raskova e pela ideia de que seriam um último recurso, para a maioria dos homens um ato de desespero até. Algumas eram apenas pouco mais que meninas, mas elas aguentaram, até o fim. Eu me arrepiei mais de um vez com essa história, tudo descreve amizade, dor, opressão e acima de tudo determinação? Foi difícil para elas passarem para o que eram no começo ao que eram no fim da guerra. Algumas nem sobreviveram, Marina não estava mais lá para ser um símbolo de força e lembrá-las de que as mulheres podem tudo, porém elas próprias não se esqueceram disso mesmo nos momentos de dor e confusão. Ler essa livro me fez entender mais sobre a guerra e o papel que as mulheres tiveram nelas, nunca senti meu papel de feminista tão verdadeiro quanto agora. O livro conta seus altos e baixos, e a maneira como aterrorizaram as forças armadas alemãs durante todas a noite. Eu sempre me lembrarei dessas mulheres, tanto de quem foram antes e depois de serem bruxas da noite.

Patricia Souza 27/11/2021

História de sentir na pele.
A autora reconstrói a história do 588º Regimento Russo de bombardeio aéreo composto apenas de mulheres, apelidadas pelos alemães de Nachthexen, Bruxas da Noite. Pelas memórias da última Bruxa viva, Irina Rakobolskaja, que concedeu entrevista aos 96 anos e, claro, com todo o apoio escasso da literatura histórica sobre essas heroicas aviadoras.
A história nos é apresentada de modo geral, sem muitos detalhes e sem ficar preso aos pormenores, o que é ótimo, pois o modo que estamos acostumados a ler sobre guerras acaba afastando o leitor das personagens atuantes nos fatos,por melhor e mais preciso que seja. Na narrativa de Armeni, temos uma visão geral dos acontecimentos da Segunda Grande Guerra - mais especificamente a Grande Guerra Patriótica, como é reconhecida hoje pelos antigos países Soviéticos - com o foco em alguns acontecimentos e figuras que servem de representação ao que acontecia no regimento de aviadoras. Mesmo assim, podemos ver as dificuldades sofridas por serem mulheres em um mundo machista - por mais que a URSS no período dizia que homens e mulheres soviéticos eram iguais -, em um ambiente onde sempre foi visto e dominado por homens e como foi difícil conquistar o lugar que elas acreditavam ser de direito: defender a pátria. O leitor acompanha a escalada para a conquista desse direito, a vitória e a repentina queda, ao ver essa história cair no esquecimento.
Li alguns bons livros antes desse, mas nenhum me emocionou tanto quanto. Não consigo lembrar da última história que li e senti na pele - literalmente - a emoção vivida nos fatos narrados. Emoção tanta que sento para escrever essa resenha antes de terminá-lo - faltando um capítulo e meio. São muitas as vezes onde me arrepiei, chorei, sorri, senti o coração apertado - de bom e de ruim - ao participar da perpetuação dessa história. Digo perpetuação, pois acredito que cada um que tenha lido o livro pode-se dizer testemunha desse evento incrível onde vemos que “as mulheres podem sim fazer tudo o que quiserem”. Sempre tive um encantamento pela 2ºGM, e poder sentir essa história, saber da existência dessas mulheres e ver o que fizeram com toda a força e capacidade que uma pessoa possa imaginar ter, foi muito gratificante, emocionante e edificante para mim. A delicadeza, leveza com que os fatos - por vezes sombrios - são narrados faz com que a história fique mais próxima do leitor, não são fatos duros da guerra que aprendemos desde sempre na escola e vemos na maioria dos livros sobre o assunto, são pessoas que viveram e vivenciaram a guerra e nessa narrativa conseguimos sentir isso no peito. Não lemos a história como se estivesse vendo o que se passou, lemos como se estivéssemos sentindo o que foi sentido ali por aquelas mulheres. Com toda a certeza, é o mais novo livro que vou recomendar àqueles que sempre me perguntam o que devem ler para adquirir gosto pela leitura. A partir de agora, não consigo entender como uma pessoa pode viver e morrer sem conhecer a história das Nachthexen.

Emilia.Reis 06/10/2021

Nchthexen, Bruxas porque só algo sobrenatural para denominá-las
Que livro!!! Custava ter umas 600 pág? A escrita flui, a histórias delas encanta e prende o leitor.
A autora soube conduzir o texto sem que ele fique parecendo um artigo ou um livro de história escolar.
Ahhhh Bruxas!!!! Mulheres comuns que estudavam, davam aulas, trabalhavam ou eram donas de casa. Saíram do seu "conforto", para lutar por seu país por seu ideal.
Elas sofreram as mazelas no machismo no meio militar, superaram as desconfianças e boicotes, criaram seu próprio regimento independente de homens. Pilotavam, guiavam e consertavam os próprios aviões.
Chamadas de Bruxas porque era inacreditável para os inimigos que mulheres fossem tão audaciosas e corajosas , que causassem tanto estrago sem que eles conseguissem capturá-las.
É inspirador e emocionante acompanhar a trajetória dessas mulheres que no pós-guerra são esquecidas e deixadas de lado. Mesmo que poucos falem sobre elas, cabe á nós repassar esse conhecimento e não deixar que se apague sob a narrativa masculina da história mundial.

Diessica 04/10/2021

Todos deveriam conhecer essa história!
Bruxas da noite foi o apelido dado às mulheres aviadoras do 588° regimento de Bombardeiros Noturnos, conhecido mais tarde como 46° Regimento de Aviação de Bombardeiros Noturnos da Guarda. Não tenho palavras para expressar o quanto essas mulheres que aterrorizaram os nazistas na escuridão da noite são inspiradoras para as mulheres!
???????

Lendo no mato 13/09/2021

Só camarada braba
Sobre Bruxas da noite: Não, não tem bruxaria; Não tem Harry Potter; Não tem magia; Não é ficção!

Bruxas da noite é um livro biográfico, ele conta a história do 588º regimento das forças armadas russas durante a segunda guerra mundial, ou a grande guerra patriótica como é conhecida na Rússia. Um regimento formado completamente por mulheres aviadoras. E que devido as suas atuações primorosas durante as batalhas ficaram conhecidas como ?nachthexen? (bruxas da noite) pelos rivais alemães nazistas.

Bruxas da noite foi um livro bem legal de ler, com escrita fácil e simples.

O mais legal certamente é o destaque dado a história dessas mulheres desbravadoras.

Já haviam outras mulheres no exército russo? Sim, mas?.

Foi somente com a aproximação dos alemães à capital russa que o governo do camarada Stálin se viu obrigado a usar de toda mão de obra possível e assim foi criado este regimento pioneiro composto somente por mulheres. Pilotas, mecânicas, navegadoras, comandantes. Tudo mulher.
Isso em meio a um país que exaltava a igualdade mas que na realidade não era bem assim, ainda mais quando se tratava de exército.

É uma história completamente invisibilizada sobre mulheres buscando por igualdade, uma história que vale a pena ser lida, vale a pena ser rememorada.