As bruxas da noite

As bruxas da noite Ritanna Armeni




Resenhas - Bruxas da Noite


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Bookster Pedro Pacifico 15/09/2020

“As bruxas da noite”, de Ritanna Armeni - Nota 9/10
Publicado em 2018 por uma jornalista italiana, a obra chegou ano passado aqui no Brasil, mas não tinha visto ninguém falar sobre ela ainda… Acabei descobrindo a obra por acaso, em pesquisas na internet para o Desafio Bookster. E que boa surpresa, sobretudo porque gosto dos livros jornalísticos que têm uma narrativa mais romanceadas, e menos informacional, exatamente como é o caso de “As bruxas da noite”.

A autora nos apresenta uma realidade que é muito esquecida pela História: a presença de mulheres nas linha de frente das guerras. No caso especifico, conhecemos a história de um regimento aéreo unicamente feminino, formado em 1942 para lutar pelo exército soviético na segunda guerra. E essa realidade é apresentada a partir dos relatos de Irina Rakobolskaya, antiga vice-comandante do regimento, que na época das entrevistas estava com 96 anos. Essas soldados passaram a ser conhecidas por “Bruxas da noite”, pois faziam os seus ataques durante o período noturno, quando os alemães não poderiam ver muita coisa.

E é muito interessante entender não apenas o dia dia no campo de batalha, mas também todo o processo de formação de um regimento feminino, que contou com inúmeros obstáculos. Eram mulheres que queriam se voluntariar para lutar pelo pais e que, mesmo assim, eram vistas como “incapazes”. Já no exército, há uma nítido processo de desfeminização das mulheres: os cabelos cortados, os uniformes eram feito para os homens e elas deveriam mudar os comportamentos. Quando retornam da guerra, a realidade parece ainda mais ingrata...

Durante a leitura, compreendi ainda mais a importância do trabalho da autora em escrever sobre esse tema. A entrevistada já tinha 96 anos e era a última sobrevivente… Se não tivesse feito isso, muito provavelmente nunca saberíamos de detalhes sobre a história dessas mulheres. E, com isso, é inevitável pensar como muitos acontecimentos acabaram sendo perdidas por conta de um filtro discriminatório da História.

"Enquanto eu corria o risco de morrer, era adequada à Força Aérea e à vida militar. Depois, com a paz, já não precisavam mais de mim."

site: http://instagram.com/book.ster
Marcele 01/10/2020minha estante
Obrigada pela indicação, eu adorei essa história.




Esther.Tafner 17/07/2021

As Bruxas da Noite
Eu gostei muito do livro, como a história é contada.
Me perdi um pouquinho com tantos nomes.
É realmente uma joia As Bruxas da Noite, passou sua mensagem com grandeza e ao mesmo tempo, simplicidade com objetividade.
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Emilia.Reis 06/10/2021

Nchthexen, Bruxas porque só algo sobrenatural para denominá-las
Que livro!!! Custava ter umas 600 pág? A escrita flui, a histórias delas encanta e prende o leitor.
A autora soube conduzir o texto sem que ele fique parecendo um artigo ou um livro de história escolar.
Ahhhh Bruxas!!!! Mulheres comuns que estudavam, davam aulas, trabalhavam ou eram donas de casa. Saíram do seu "conforto", para lutar por seu país por seu ideal.
Elas sofreram as mazelas no machismo no meio militar, superaram as desconfianças e boicotes, criaram seu próprio regimento independente de homens. Pilotavam, guiavam e consertavam os próprios aviões.
Chamadas de Bruxas porque era inacreditável para os inimigos que mulheres fossem tão audaciosas e corajosas , que causassem tanto estrago sem que eles conseguissem capturá-las.
É inspirador e emocionante acompanhar a trajetória dessas mulheres que no pós-guerra são esquecidas e deixadas de lado. Mesmo que poucos falem sobre elas, cabe á nós repassar esse conhecimento e não deixar que se apague sob a narrativa masculina da história mundial.
Sani Melo 09/10/2021minha estante
Ja coloquei no meu carrinho ?


Emilia.Reis 10/10/2021minha estante
aí simm




Guilherme 13/07/2023

Bom
Um bom livro, que conta a impressionante história de um esquadrão aéreo russo exclusivamente formado por mulheres. Em princípio desacreditadas pelo simples fato de serem mulheres, se provaram muito corajosas e de muita ajuda no front de batalha, superando o batalhão masculino em diversas vezes, mesmo com equipamentos e incentivos piores. A segunda guerra é sem dúvida uma fonte inesgotável de histórias...
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Anna 14/01/2022

Uma mulher pode tudo!
Esse livro é um misto de romance histórico com biografia, mas infelizmente não funcionou de nenhum dos dois jeitos. Explico:
- A história delas em si é absurdamente boa, um fato totalmente desconhecido da 2º guerra, de mulheres comuns que fizeram coisas incríveis!
- Mas não é um romance histórico, em que se pega um fato e inventamos sentimentos, ações e conversas entre personagens fictícios. Estas moças existiram realmente, amaram, sofreram e lutaram como ninguém!

Para mim, pareceu um pouco igual ao livro "Charlotte", que veio numa caixa do Skoob. Ali, o autor fica obsecado com esta pintora, faz todas as pesquisas essenciais e "senta" para te contar uma história. Aqui, a jornalista pesquisou, entrevistou, viu fotos e vem te contar a história, mas faltou... nossa, faltou fotos, trechos do diário, um poema que seja da Natalya. Todas as fotos e referências eu tive que procurar no Google.

Mesmo sabendo que elas são reais, elas não parecem reais e por essa falta que não posso considerar uma biografia. A autora teve acesso a tanto material, viu jornal, diário, fotos, a bandeira do Regimento e não colocou nenhuma imagem, nada! Ela conheceu uma bruxa viva, ouviu a voz, tomou chá com ela... para mim faltou, infelizmente!
Kikibel 07/02/2022minha estante
Concordo muito! Vou procurar outros trabalhos que aprofundem a importância e vida das bruxas, esse livro foi muito bom, mas pecou por ter sido raso. Acabei de terminar e estou com mil pulgas atrás da orelha por falta de materiais! Elas são inspiradoras e precisamos de mais!




Coruja 27/05/2021

Descobri esse livro na pré-venda da Amazon (estou sempre dando uma espiada lá para descobrir se há novidades que me interessem e assim aumentar a minha já enorme lista de desejos) e me conquistaram capa, título e sinopse. O que posso fazer, se sou fascinada pelo assunto das grandes guerras?

As Bruxas da Noite é um relato sobre o 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético, um corpo das forças armadas que lutaram na Segunda Guerra Mundial e era inteiramente composto de mulheres - oficiais, pilotas, navegadoras, mecânicas, instrutoras. Apelidadas pelos alemães de Nachthexen, alcunha que dá título ao livro, essas mulheres eram combatentes ousadas, com importante papel na guerra, sendo depois escanteadas e, se não oficialmente esquecidas, ao menos sutilmente omitidas pelo discurso do governo stalinista (afinal, Stalin nunca foi particularmente conhecido como um feminista, não é mesmo?).

Eu já ouvira falar em algum documentário sobre mulheres atiradoras de elite atuando contra os nazistas, mas esses eram pontos isolados, ao contrário do 588º Regimento, que formou uma inteira comunidade feminina de soldadas. O resgate de sua intrepidez e destemor é algo fascinante, especialmente quando pensamos no lugar usualmente reservado às mulheres em tais marcos históricos (espectadoras, sobreviventes, vítimas).

Esse resgate aqui é feito através das memórias de Irina Rakobolskaya, última sobreviventes das bruxas, com 96 anos à época em que Ritanna Armeni começou sua pesquisa. Evidentemente, esse tipo de explanação deve ser tomado com um grão de sal, não porque possa haver algo intencionalmente falso, mas porque a memória nem sempre é particularmente exata, mesmo logo após o fato, que dirá mais de meio século após o acontecido. Talvez exatamente por isso, Armeni tenha escolhido escrever algumas partes de forma quase romanceada.

Gosto do fato de que Bruxas da Noite dá espaço para que a voz de Irina seja ouvida, mas senti falta de uma pesquisa mais aprofundada. Prefiro livros de História que trazem fatos e dados sólidos, mas também cartas e trechos de diários, que conseguem articular bem entre essas duas formas de explorar nosso passado - é uma das razões de ter ficado tão empolgada com Waterloo e No Reino do Gelo, por exemplo. Armeni imprime aqui uma narrativa mais fluida, pouco preocupada com datas, mapas, contextualizações fora do microcosmo imediato das bruxas e isso me deixou com a impressão de faltar algo.

Talvez parte do problema seja a falta de fontes. A impressão que o livro me deixou é que houve um esforço de abafar iniciativas como o 588º Regimento, sem apagá-los completamente - porque isso não se encaixaria na narrativa de igualdade de gêneros do regime, mas permitir a ampla divulgação do papel das mulheres na guerra demonstraria o quão próximo da ruína a URSS chegou. Armeni tem acesso a Rakobolskaya por um acaso, após falhar sua tentativa de marcar um encontro por canais oficiais. Há menções sobre as bruxas em documentos e até livros de História atuais, mas num espírito de nota de rodapé e não de protagonismo.

Ainda assim, é uma leitura interessante - e rápida, já que o livro, em si, é até curtinho. Os apartes que mostram como foi feita a investigação da jornalista trazem um “por trás dos bastidores” que me fisgou também. Ao final das contas, vale a pena, mas acho que o assunto merecia mais desenvolvimento. Fico com o gosto de quero mais.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2021/05/as-bruxas-da-noite-historia-nao-contada.html
Madu 27/05/2021minha estante
Achei interessantíssimo


Coruja 27/05/2021minha estante
Vale a curiosidade, sem dúvida.




Luzimara.Santos 09/04/2021

Um livro sensacional
Eu tô chocada que nunca tinha ouvido falar das bruxas da noite, mesmo gostando bastante de estudar sobre o período da segunda guerra, nunca vi nem nada escola nem na faculdade sobre esse relacionamento feminino russo. É um absurdo que essa parte da história seja ignorada pela maioria das pessoas, vou panfletar ele pra sempre. Inclusive LEIAM ESSE LIVRO ??
Luzimara.Santos 09/04/2021minha estante
Regimento***




Wellinton.Costa 30/09/2020

Irina
Grande heroína de guerra, confesso que fiquei emocionado ao final, e triste por saber que a história de diversas mulheres que mostraram que eram tão capazes quanto homens em defender seu país, foi esquecida e tratada como quase nada. Leiam, ótimo livro.
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Andréia 21/08/2020

Desprezadas por Stalin
Que livro meus amigos, que leitura poderosa!

Neste livro narrado por Irina última bruxa viva desde a segunda guerra mundial somos contemplados com uma história repleta de aventura, alegria, tristeza o luto e a perda contado de forma totalmente crua. Pude Chorar, sorrir e vibrar muito com o dia a dia dessas bruxas, meninas que em tempos de guerra precisavam defender a pátria. Precisavam conquistar a liberdade por mais que no fim não conseguissem usufruir dela...
Recomendo demais a leitura dessa preciosidade.

"Na Prússia,os soldados do exército vermelho estupraram as mulheres do inimigo. Comportaram-se como os alemães em terra russa. Não é invenção nem exagero. É inútil o discurso que por anos os historiadores fizeram sobre o número de estupros.

eu os vi com meus próprios olhos, e não os esqueço - nos descreve Irina...

A setenta anos de distancia, ainda se mostra enfurecida. Com os homens,com seu país, com quem permitiu que esses crimes fossem cometidos. Com quem os justificou." Pág.213
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May 30/09/2020

Ritanna Armeni fez um excelente trabalho ao contar a história do grupo de aviadoras do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético, ou "bruxas da noite" como também são conhecidas. Durante a II Guerra Mundial elas formaram um regimento exclusivamente feminino e foram para a linha de frente.
Me encantei assim que tive o primeiro contato com esse livro, que mulheres fortes e corajosas! É realmente impressionante ver como elas foram fiéis a pátria, seus ideais, e tudo isso sem perder a ternura. Verdadeiras heroínas!
Recomendo demais a leitura.
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Lavínia Hanna 31/12/2021

Livro muito necessário
Eu não tinha conhecimento sobre a história, o que de fato, considero o livro extremamente essencial.
A leitura não é difícil e traz um conhecimento absurdo. A sensibilidade da autora em como contar toda a história é de admirar. Leiam este livro!
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May 27/02/2020

NINGUÉM SABE QUEM PRODUZ O INFERNO DE FOGO
Em 1941 se iniciou o regimento aéreo russo exclusivamente feminino que ajudou a combater a Alemanha nazista na segunda Guerra mundial, e as mulheres ficaram conhecidas como bruxas da noite, por bombardearam o inimigo sempre a noite. A jornalista Ritanna Armeni se encontra com a última bruxa viva na época, Irina Rakobolskaja, que hoje já faleceu, e assim escreve o relato dela sobre os anos de tensão vividos no regimento. 

"Chegam a noite, de repente, semeiam o terror e depois tocam novamente o céu. Misteriosas, fugidias, impossíveis de capturar. Parecem bruxas. Nachthexen, bruxas da noite."

A proposta desse livro é contar não somente a experiência de guerra dessas mulheres, que sequer são lembradas, mas também contar o dia a dia delas na guerra, seus sentimentos, suas lutas internas e o machismo severo que tinham que combater dia a dia. Em uma momento de tanta tensão para um país inteiro, é emocionante ler como elas eram fortes, destemidas, não tinham medo de ousar, até mais que os homens, mesmo tendo pouca experiência na guerra.

A autora além de contar as experiências dessas mulheres, a cada final de capítulo, conta como estava sendo o processo de entrevista com Irina, como ela era uma senhora de 96 anos muito lúcida e ativa. Isso traz uma completude para o livro, a leitura fica completa.

"Temos de admitir que uma mulher pode pilotar tão bem quanto um homem. As mulheres podem tudo."

Apesar da perda de muitas companheiras, do medo só inimigo não recuar, essas mulheres tinham uma força extrema, ajudaram sem medo a combater aquele inimigo tão temido naqueles dias. Lutaram uma guerra entre países, e lutaram também a guerra interna para mostrar que mulheres podem tudo, que são tão capazes quanto os homens. Essa história foi escrita para conhecermos essas mulheres incríveis, pelo que elas fizeram por seu país e pelas suas conquistas feministas também.
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Rafael.Tadeu 02/05/2021

Melhor do ano até momento
Livro perfeito,que narra de forma simples,quase como um romance,a história do Regimento Feminino Aéreo Russo.

Descreve a força dessas mulheres em um momento tão delicado,e das consequências pós guerra

Um livro que caiu no meu colo, comprei por curiosidade,e achei sensacional
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Maria.Eduarda 11/04/2024

Relembrar o papel das mulheres na Guerra é não apagar a história das mulheres.
A leitura é fluida e pesada ao mesmo tempo.
As memórias são vivas e latentes.
Viva as mulheres da história da humanidade!
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