À Espera dos Bárbaros

À Espera dos Bárbaros J. M. Coetzee




Resenhas - À Espera dos Bárbaros


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Dani.Stfn 06/07/2011

Link da resenha: http://spleen-juice.blogspot.com/2011/07/espera-dos-barbaros.html

Provavelmente você nunca deve ter ouvido falar desse livro, já que eu não o conhecia até ele chegar as minhas mãos. A história em si é um bocado complicada, mas a leitura é bem simples e não há aquelas palavras difíceis que nos fazem precisar de um dicionário como acompanhante.
A história é sobre um Magistrado (o nome dele não é mencionado na história) que administra um povoado de um Império (que no começo me deixou um bocado confusa, porque eu comecei imaginando algo da época do Absolutismo e comecei a notar que havia coisas mais modernas do que haviam naquela época. Depois de pesquisar um pouco sobre o livro, descobri que a história se passa na África do Sul durante o Apartheid, mesmo que o autor não especifique), o qual recebe a notícia de que irão ser atacados por bárbaros. Especialistas em interrogatório chegam no Império e começam a torturar dezenas de vítimas acusadas de serem bárbaros e o Magistrado, vendo essas atrocidades, começa a se questionar o que é certo ou errado. Ele também acaba se relacionando com uma mulher bárbara que foi torturada e ficou cega e chegou até a devolvê-la a sua comunidade. Esse ato e outros diversos acarretaram em problemas ao Magistrado, onde ele se sentiu na pele dos torturados que queria salvar.
A primeira impressão que eu tive é que os tais "bárbaros" nunca de fato existiram, porque eles nunca atacaram o Império. Isso foi meio que uma neurose, onde todos começaram a acreditar que qualquer coisa ruim que acontecia (roubos, inundações, sumiço de cavalos) era culpa deles. O povo acreditava no que o Guarda Civil dizia, e a Guarda Civil (não sei de onde tirou essa ideia) também acreditava que iam sofrer uma invasão, sendo que tudo não passava de, vamos dizer, um "mau entendido". Esse temor sem fundamentos acaba fazendo todos tomarem medidas desesperadas, como torturar inocentes de forma realmente cruel, em busca de respostas que nunca tiveram e nunca teriam.
Eu gostei realmente do personagem do Magistrado, ele era um velho que tinha uma vida relativamente boa e que perde tudo isso nessa confusão. Ele começa a analisar tudo e percebe que o que estão fazendo é uma tremenda besteira, ele questiona e tenta mostrar a todos o quanto estão errados, mas acaba sendo até tachado de louco. Apesar da sua idade, achei-o um bocado forte, conseguiu superar muitas coisas que mais jovens não conseguiram e acima de tudo, conseguiu manter um pouco da sua sanidade.
Definitavamente À Espera dos Bárbaros não é um livro para qualquer um e aposto que muitas pessoas não teriam tanto pique para lê-lo até o final por ter uma temática bem diferente do costume, principalmente para adolescentes (assim como eu, mas como leio até bula de remédio, não me incomodo nem um pouco). Mesmo assim, vale a pena ler e vivenciar uma história diferente do costume, uma história bastante cruel.
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José Rezende Jr 27/01/2009

Quem são os bárbaros?
O sul-africano Coetzee, ganhador do Prêmio Nobel, parece falar da África do Sul sob o regime do apartheid, mas "À espera dos bárbaros" pode ser lido como uma reflexão e um alerta contra as atrocidades em geral -- inclusive aquelas perpetradas depois da publicação do livro, como o massacre de civis palestinos em Gaza. É como se ele nos perguntasse a cada página: "Afinal, quem são os bárbaros"? Não vale responder que os bárbaros são "os outros"...
Tito 13/02/2012minha estante
Mas, afinal, quem são os bárbaros? (E pq eles parecem tão familiares?)




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