Terrabórnia

Terrabórnia D.De Souza




Resenhas - TERRABÓRNIA


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Lais Porto (@umaleitoranegra) 24/03/2020

Terrabórnia A libertação
Eu agradeço muito por tudo que esse projeto vem me proporcionando, são experiências incríveis de leitura, dessa vez tive o prazer de ler Terrabórnia, um livro juvenil, com personagens encantadores e outros que peguei um ranço kkkkk mas que compartilha com a leitora ou leitor um tema de muita importância.

O personagem principal, Aleph, passa por um momento delicado, está no final do ensino médio, todo jovem já passou por isso, aquele momento que todos cobram qual faculdade vai fazer, o curso que vai escolher, a profissão para seu futuro, existe toda essa cobrança e nem sempre existe junto um apoio para a decisão que será tomada.

Outra questão também é que Aleph é gay, porém ainda não conseguiu descobrir, ter clareza sobre como é este amor, isso acontece principalmente por ter um irmão que é considerado o garanhão, tem uma namorada e é super descolado em todos os meios sociais e na família.

No meio disso tudo, Aleph tem a sorte de ter amigos incríveis, tanto no mundo dos humanos, quanto no mundo dos curupiras. Este aqui é um ponto da história que o autor desenvolveu de uma forma muito linda.

Desde crianças ouvimos histórias que envolve florestas, conhecemos o saci, curupira, mas infelizmente sempre de forma muito estigmatizada, lembram do Sitio do Pica-Pau Amarelo? Pois bem, a obra de um escritor racista que coloca Tia Nastácia como macaca, Tio Barnabé como um subalterno, o saci como um peralta sem compromisso e o curupira como um ser bestializado.

Por termos a propagação dessas histórias de cunho racista, se faz necessários a construção de novas narrativas negras que contemplem a beleza e a grandiosidade do negro, assim faz o autor D. de Souza, nos apresenta sacis sábios que nascem de árvores e apresentam uma conexão ancestral com a floresta, nos apresenta curupiras negros belíssimos que tem sua conexão com todos os elementos da natureza.

Possibilitar essas narrativas para adolescentes e jovens e até mesmo adultos é um trabalho grandioso, além de pontuar as outras duas questões que mencionei lá em cima. Essa é uma obra completa ♥

É natural no final do ensino médio não sabermos qual profissão seguir, não precisamos ter medo ou desespero, cada pessoa tem o seu tempo e mais cedo ou mais tarde identificamos qual caminho seguir. Outro aspecto é a forma como Aleph se assume gay e se encanta por esse amor, tem seu momento de turbulência logo na ceia de natal, mas ao lado de seus amigos curupiras ele se apaixona e consegue ser feliz com esse amor.

O livro tem um final mega surpreendente, eu já estou aqui super esperando a continuação, quero saber quando vai sair Terrabórnia volume 2 ??? as leitoras e leitores merecem saber o prosseguir da história, quero muito acompanhar mais um pouco o encantador Aleph e seus amigos humanos e curupiras.


site: https://leitoranegra.blogspot.com/
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Morgana d Fadas 24/10/2019

Um Mundo Fora do Mundo Moderno
Aleph é um jovem de Dezessete anos cheio de vida. Filho mais velho de Susana e Marco ele tem mais dois irmãos, o gêmeo Alex e Diana sua irmã mais nova. Apesar de tímido Aleph sempre gostou de atividades ao ar livre, de ter contato com a natureza, pois se sentia em paz nesse universo.
Aleph tinha quatro melhores amigos: Estephanie a comunicativa e sincerona da turma, Devana a inteligente do grupo e também a mais velha dos quatro e Mateus o leitor voraz que adorava ler tudo quanto é tipo de coisas. Aleph achava um máximo os amigos já terem em mente o que gostariam de fazer na vida após o ensino médio, já que ele não fazia a mínima idéia. Prestes a mudar para uma casa nova, Aleph pediu aos quatro amigos que fossem visitá-lo na casa nova, para fazerem algo, já que todos eram muito unidos.
Já na casa nova, arejada e com piscina, Aleph recebe Estephanie para ajudar na mudança, sua amiga era muito sozinha então em todas as oportunidades eles estavam juntos, até porque Ângela a mãe de Estephanie era sócia de Susana numa agência de turismo, por esse motivo, os três (Diana, Alex e Aleph) sempre estavam na presença de Estephanie. Após arrumarem o quarto, Aleph e Estephanie descansar um pouco na piscina e convidaram Diana para ir junto.
Aleph ficou deslumbrado com a natureza que existia no fundo casa, com árvores frutíferas, com a copa das árvores num tom de verde muito bonito, e enquanto vislumbrava a natureza notou algo incomum no meio das folhas: algo que parecia ser uma tocha de cabelos alaranjados como o pôr do sol. Ao apertar mais os olhos, viu a silhueta de um menino, que estava agachado, mas não conseguiu ver a silhueta do garoto por completo.
Após um natal desastroso e uma séria discussão, onde as tias de Aleph resolvem se meter na educação que Susana dava para os filhos, Aleph sai de casa transtornado e leva Apolo (seu cachorro de estimação na coleira) e vão caminhar. Num momento de distração, Apolo solta da corrente e entra numa parede de luz que aparece bem próximo ao bosque em que ambos estão. Sem entender Aleph vai atrás do cão desesperado, e atravessa a mesma cortina de luz.
Não vou fazer mistérios, mas ao entrar por essa cortina, Aleph encontra Terrabórnia (coração a mil nesse momento porque a expectativa é grande), e a partir daí a vida de Aleph e Apolo não será mais a mesma. Aleph viverá aventuras, fará novos amigos (não se esquecendo dos antigos é claro), descobrirá algumas particulares sobre sua vida das quais ele sempre se questionou, Aleph se descobrirá, vai entender sobre o amor, além de vivenciar as melhores coisas que a natureza tem para nos apresentar. Ficou curioso? Ficou com vontade de saber um pouco mais sobre essa terra tão fora do mundo moderno? Então venha para Terrabórnia onde tudo é meramente possível e a natureza sempre agradece aos que são generosos com ela.


site: https://www.facebook.com/notes/morgana-das-fadas/um-mundo-fora-do-mundo-moderno/2945024755508247/
Vick 24/10/2019minha estante
Também já tive a oportunidade de ler e sinceramente, foi incrível conhecer Terrabórnia, seus moradores e tudo que acontece por lá.


D.De Souza 24/10/2019minha estante
Que resenha linda! ? eu estou encantado.




@marcospaulobazet 24/07/2020

Terrabónia
Você tem ideia do quanto o nosso folclore brasileiro tem lendas incríveis?

Uma valorização da nossa cultura em todos os âmbitos e uma clara demonstração de diversidade seja ela racial, orientação sexual ou identidade de gênero

Uma trajetória que mostra a etapa de descobrimento, aceitação, relacionamento e desenvolvimento de um personagem protagonista que faz parte de duas minorias da sociedade, negro e gay

Com uma aventura num universo fantástico repleto de poderes, criaturas lendárias, amores e muita diversão

Temos o livro terrabórnia, de Deco de Souza

A trama conta a história de Aleph, um jovem com um poder telecinese que em um belo dia de frustrações, desapontamentos e humilhação da própria família acaba entrando na fabulosa terrabórnia, e lá conhece as criaturas fantásticas do folclore brasileiro, como curupiras, caiporas e sacis.

Com isso temos o desenvolvimento desse personagem, onde faz amigos, se aceita, se apaixona, e aprende a desenvolver e controlar novos poderes

De uma forma bem natural e rotineira o livro aborda questões como:

Orientação sexual, desforia de gênero,veganismo, aceitação e descobrimento, além de um empoderamento do povo negro e uma realidade de fato mais real, sobre como é miscigenada a nossa população.

Portanto uma história completamente nacional, seja no seu universo criado, nas lendas envolvidas e o próprio autor que busca de fato enaltecer e mostrar o quão rica e bela é a cultura brasileira

site: @marcostavares_b
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Nil 05/12/2020

Surpreendente
Não me identifiquei com o personagem principal, porém, o assunto abordado pelo livro que é fantasia baseada na cultura popular brasileira unida a representatividade existente no livro, me deixou muito curiosa e motivada a prosseguir com a leitura. As coisas realmente começam a acontecer a partir do terceiro capítulo, ao longo da leitura, alguns fatos começam parecer possíveis de serem descobertos pelo leitor e o final traz uma enorme surpresa que me fez ficar louca para que exista uma continuação. Realmente surpreende. É um livro voltado para o publico jovem e eu acredito que para eles, será de grande ajuda para despertar um pouco de interesse pela cultura nacional, que é rica e pouco valorizada, tendemos a trazer a fantasia estrangeira e consumi-la a vida toda ignorando/desconhecendo a nossa própria. Acredito que ter a representatividade preta e LGBTQIA+ é uma possibilidade enorme de tocar esses leitores que se identificam com a temática porém não encontram muita referencia no assunto.
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Sangelo.Silveira 29/01/2021

Literatura Nacional de representatividade
Neste romance fantástico conhecemos Aleph, um protagonista fora dos padrões, mas de extrema necessidade ser representado mais vezes nos livros.

Gay, negro e de classe média alta Aleph estuda, possuí amigos, sua mãe um bom negócio, mas ele sente que algo não se encaixa. As comparações com seu irmão gêmeo Alex também não ajudam, e depois de uma briga em família ele sai sem controle e atravessa o Portal para Terrabórnia.

Um livro repleto de representatividade, com pitadas de humor, valorização da cultura e do folclore brasileiro, preservação ambiental e aceitação. Fica bem claro a presença da personalidade do autor, que caminha pelos ensinamentos do veganismo e questiona a sociedade consumista, versa sobre busca de autoconhecimento e conflitos familiares, resgata personagens do folclore enquanto quebra os estereótipos.

De escrita rápida, leve, poética e delicada, a história de Aleph e a descoberta de sua identidade real escorre como a correnteza do rio, aquece como o Sol da manhã e nos ensina e ver o mundo de forma mais otimista e esperançosa.

Eu gostei muito desse livro, toda a temática de preservação ambiental é bem colocada na história, assim como as questões de identidade sexual, relacionamentos, e a própria composição do protagonista. Não temos aqui uma pessoa afro sofredora e que vive na miséria como se é retratado muitas vezes a população negra, eu vi aqui uma pessoa normal, com sonhos angústias e problemas que todos possuem. Eu vi nesse livro IGUALDADE. Me vi como o Aleph, me senti representado. Marquei o livro todo, conversei com ele. Que honra poder ter lido um livro assim.
Fico no aguardo da continuação @authorddesouza
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Zimmerer 10/03/2021

HP mais brasileiro, impossível!
Com tado a pegada de um outro mundo dentro do nosso, personagens super cativantes e muito folclore, Terrabornia me divertiu demais!
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