Moyarte 20/03/2010
Para "conhecer" Vinícius
Ganhei essa antologia de minha mãe, há cerca de uns 23 ou 25 anos. Não foi uma escolha materna aleatória. Durante a adolescência, fui leitora de revistas como Carícia e Capricho, e, se minha memória não se enganou, foi nas páginas da primeira que li, pela primeira vez, um soneto de Vinícius, que até então, eu conhecia das canções do especial televisivo, elaborado e transmitido pela TV Globo: "sou feita de madeira, madeira matéria morta"... "lá vem o pato patati patatolá"... "era uma casa muito engraçada"...
Enquanto a maioria das pessoas "começam" Vinícius pelo "Soneto de Fidelidade": "Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure"; eu decorei os quartetos e tercetos de "Soneto do Amor Total" e, na época, sem internet, uma das possibilidades de ler outros de seus versos, era através de livros.
Há muito - e põe muito nisso - que não compro revistas voltadas para o público "jovem", não sei se ainda há espaço para divulgação de poesias em suas páginas, aliás, venhamos e convenhamos, nem sei se o tal do público-jovem dos dias atuais compra revistas, creio que as informações, em sua maioria, são via internet. De qualquer forma, foi através de um meio não-acadêmico que cheguei a Vinícius e, copiando e enviando via "carta" para um colega, recebi em troca outro soneto, dessa vez, de Camões...
... e espero que, entre as novas formas de conexões, entre as trocas de informações nas várias redes sociais possíveis ou nos vários sites voltados para a turminha abaixo dos 18 anos, alguém também tenha a mesma sorte que a minha e encontre alguns dos sonetos de Vinícius, espalhados pela web...