Julyana. 07/10/2013Livro lindo sobre um primeiro amor, mas também sobre muito mais além disso. Por isso me faltam palavras para falar dele. Ganhei de presente de um amigo e lembrei de uma breve conversa que a gente teve quando fui contar da minha leitura. Seguem essas poucas palavras que são o melhor que posso fazer a título de resenha.
R: Envio dois livros que acho belíssimos, um da Carson McCuller e um do Turgueniev, e minha aposta é de que vc amará os dois.
J: Os livros chegaram!
Agora não sei por onde eu começo... de qual você acha que eu vou gostar mais?
Um beijo.
R: Ihhh, difícil! Briga de cachorro grande....
Sinceramente, todos são bons.
Leia o do Turguenev, que é curtinho.
Se bem que todos são curtinhos, rsss, leia o Turgueniev, mesmo assim.
Mas é o menos "complexo" dos três, talvez.
J: Então está escolhido.
R: e aí ?
terminou ?
J: Terminei sim, li em duas noites. Esse livro é tão lindo que eu não conseguia parar. Gostei demais da construção dos personagens, da forma como a história vai se formando. Começa tão leve e alegre... são tão bonitas as passagens em que Vladimir vai se descobrindo apaixonado (como não se identificar?). Aí vem o ciúme, a certeza de que nunca será objeto do amor dela até desembocar naquela parte em que ele percebe o que (coincidentemente, acho) se recusava a ver:
“O que eu ficara sabendo estava além das minhas forças; essa descoberta repentina me esmagara... Estava tudo acabado. Todas as minhas flores haviam sido arrancadas de uma vez, e jaziam em volta de mim, espalhadas e pisoteadas”.
Gostei demais mesmo. Muito, muito obrigada.
R: Que bom! Adorei esse livro; gosto de como Vladimir parece se reconciliar com o pai, apesar de tudo.
Na verdade acho que ele sempre se ressentiu mais do modo displicente como o pai o tratava do que pelo romance com a princesa.
E acho que ele entende a "natureza" do pai; um homem que sempre parece desconfortável no papel de pai de família.
Isso parece tirar um peso, uma culpa enorme do menino, ao mesmo tempo em que o aproxima do pai: é a primeira vez que eles têm algo em comum.
J: Eu não tinha pensado nisso, mas faz todo sentido... talvez tenha sido mesmo o momento em que ele conseguiu se sentir mais próximo do pai, talvez tenha sido uma forma de ‘reconciliação’ com ele. No fim do livro ele passa a idéia de que traz essa história muito bem resolvida.
Mais um grande livro!