Rê 16/02/2020Muito bomPrimeiramente queria dizer que fiquei apaixonada por essa capa, a edição tá linda, com várias borboletas na parte interna e é livro da Lucinda Riley neh, lógico que entraria na lista de leitura. Se você ainda não leu nada da autora, esse é um ótimo livro pra conhecer sua escrita. Lucinda sabe contar uma boa história e nos envolver na vida dos seus personagens.
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Em 1943, somos apresentados a pequena Posy que mora com os pais na Admiral House. Sua mãe é distante, mas seu pai, sobrevivente de guerra, é um pai amoroso e tudo ia bem até que ele é convocado novamente. Posy vai morar com a avó e lá recebe a notícia que mudaria sua vida.
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"Tudo está em um equilíbrio delicado. E o bater das asas de uma borboleta pode fazer toda a diferença no mundo."
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Em 2006, encontramos Posy perto de completar 70 anos, viúva e morando novamente na casa da sua infância. Seu filho mais novo, Nick, está voltando pra Inglaterra após passar 10 anos na Austrália. Nick sempre foi bem sucedido no ambito profissional, e na época que morava na Inglaterra se apaixonou por Evie, mas ela tinha namorado. Ao longo dos anos, nenhuma mulher despertou seu interesse de uma forma mais profunda, até que ele conhece Tammy.
Evie também está de volta a cidade com sua filha e tenta evitar Posy, o que a deixa intrigada com o que poderia ter feito para receber esse tratamento.
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Sam, filho mais velho de Posy, diferente do irmão, acumula fracassos. Desempregado e com a esperança de que seu novo projeto dará certo, deixa toda a responsabilidade da casa em cima da sua esposa, Amy. Com 2 filhos pra criar, Amy faz o possível para manter as coisas em ordem e apoiar o marido, mas ela já está cansada de ser a única responsável da casa e de ceder sempre as vontades de Sam, que tem bebido cada vez mais e está cada vez mais agressivo.
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"Às vezes, querida, mesmo quando o coração diz pra ir em uma direção, a gente precisa seguir nossa cabeça. Todos precisamos tomar decisões difíceis em algum momento da vida, certo?"
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E pra deixar a história ainda mais interessante, temos a chegada do escritor Sebastian que se hospeda na Admiral House e de Freddie, o grande amor do passado de Posy, que a deixou sem maiores explicações. Um grande segredo foi responsável por esse rompimento e mesmo cinquenta anos depois, continua sendo um empecilho para que eles finalmente vivam esse amor. Mas o que poderia ser assim tão ruim? O que impede Freddie de contar a verdade pra Posy? Eu fiquei doidinha tentando imaginar o que poderia ser, e olha, Lucinda me surpreendeu, manteu o suspense muito bem, mais pro final da leitura a narrativa ganha um ritmo que nos faz querer mais e mais. Fica muito difícil largar o livro.
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"Muitas pessoas andam por aí cegas à beleza e à magia que existe em volta."
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Os capítulos são alternados entre os personagens, e eu fiquei envolvida com todas as histórias. Lucinda sempre terminava o capítulo nos deixando ansiosos pra saber o que aconteceria naquele núcleo, mas aí já começava outro que tava tão interessante quanto o anterior e com isso a leitura fluiu super bem. É impossível não se conectar com os personagens e torcer para que as coisas se resolvessem da melhor maneira possível.
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"Nunca deveria ter acontecido, Amy. Entende? Não existe desculpa para bater em uma mulher. Nenhuma."
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A sala das borboletas é um obra que retrata relacionamento abusivo e como é difícil para a vítima perceber que está vivendo em um e como sair dele. Eu ficava revoltada com o Sam e torci muito pra Amy conseguir se libertar dele. A resolução sobre isso condiz com a realidade. Sobre o desenvolvimento das histórias dos outros personagens, tiveram personagens fazendo coisas idiotas, tomando decisões ruins, amigos presentes pra ajudar, apoio da família, momentos de amor, perdão, tristeza, felicidade, angustia, preocupação, dúvidas, segredos sendo revelados e um final feliz para a maioria dos envolvidos. Todos os elementos presentes para uma boa história.