O melhor de Stanislaw Ponte Preta

O melhor de Stanislaw Ponte Preta Sérgio Porto




Resenhas - O melhor de Stanislaw Ponte Preta


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@Cb.victorpi. 30/06/2020

Esperava mais
Gostei demais das primeiras crônicas, mas o humor é bastante datado e misógino. É típico de outra época, com outras idéias. Parou no tempo e ficou lá. É uma pena.
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Gladston Mamede 08/02/2020

Não dá para negar que é bem escrito. Texto bom de se ler: os olhos correm fáceis e a memória do som das palavras é gostosa. Agora, a proposta em si dá um limite à qualidade do livro: crônicas engraçadas do cotidiano, na linha do chiste, da piada, da historieta de bar. E isso com os contornos dos anos 1960. Em suma, nem sempre de bom gosto (como os furúnculos), por vezes errando na mão (aceitando a pancadaria doméstica como corriqueira), nem sempre provocando uma risada ao final. Em algumas, sequer um sorriso. Mas vou atrás de outro livro dele. Lá isso eu vou.
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Felipe B. Cruz 17/10/2011

Humor sem preconceitos
O jornalista Sérgio Porto, morto de infarto aos 45 anos, em 1968, foi o tipo de jornalista à moda antiga. Ele foi cronista, escritor, radialista e compositor. Porto era aquele tipo de jornalista em tempo integral. Se a notícia surgisse de dia, lá estava ele. Se surgisse num feriado do Natal, às 23h59, provavelmente ele também estaria lá. Uma de suas criações foi o concurso de beleza
As Certinhas do Lalau
, que revelou vedetes como Anilza Leoni, Diana Morel, Rose Rondeli, Maria Pompeo e Irma Alvarez. Cardíaco, não suportou o excesso de trabalho e morreu. Mas, no tempo em que viveu, produziu de forma compulsiva.
No fim dos anos 40, Porto criou um de seus personagens mais famosos, o Stanislaw Ponte Preta, cronista satírico que com o ilustrador Santa Rosa descreveu com maestria e ironia os costumes dos cariocas. Sua visão era tão apurada que até hoje suas críticas soam atuais. Seus principais escritos foram reunidos na obra
O Melhor de Stanislaw Ponte Preta, relançado recentemente pela editora José Olympio. Os textos foram selecionados pelo crítico Valdemar Cavalcanti. As ilustrações da obra, no entanto, ficaram a cargo de Jaguar.
Sérgio Porto criou personagens antológicos como a Tia Zulmira, o Primo Altamiro, de Rosamundo, do Garoto Linha-Dura e as crônicas do Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País) e Na Terra do Crioulo Doido. Aliás, foi Sérgio Porto que compôs o
Samba do Criolo Doido. Cada um desses personagens estão representados em capítulos do livro, com cerca de 20 crônicas sobre cada um deles, com destaque para o Febeapá, com dois capítulos.
O Febeapá se notabilizou por publicar notas jornalísticas falsas, como se fossem sérias. O objetivo era criticar os militares. Ele chegou a criticar, inclusive, a sigla dos Atos Institucionais, (AI), como onomatopeia de dor.
No capítulo do Febeapá, foram selecionadas crônicas como a que fala do Batalha, um rapaz tão feio, mas tão feio, que Stanislaw acreditava que um dia ele poderia chegar a Presidente da República. Justamente por ser feio, Batalha aprendeu a apreciar as mulheres de longe.
Outro antológico personagem de Stanislaw foi a tia Zulmira. Em um impagável perfil sobre a tia, Stanislaw revela que esta sábia senhora foi batizada pela própria Princesa Isabel (aquela que anos depois virou uma nota de 50 cruzeiros). No mesmo perfil, ele entrega que a velha dama gostava de beber um "Fidel Castro" com gelo (Cuba Libre sem Coca-Cola). O capítulo dedicado a Rosamundo das Mercês é, igualmente, impagável. Stanislaw conta na biografia de Rosamundo que ele era muito esquecido, citando como exemplo o fato dele ter nascido de dez meses. Ele era um rapaz incomum, já que nasceu em 1922, ano do Centenário da Independência e ano em que o América F.C. foi campeão. De fato, um ano incomum.
Porto, com sua crítica mordaz, morreu meses antes da publicação do Ato Institucional N. 5, que suspendia as garantias constitucionais. Como legado, além de deixar uma ácida crítica social, seus colegas jornalistas criaram o satírico O Pasquim, em 1969.
O Melhor de Stanislaw Ponte Pretaé um daqueles livros para lembrar de uma época no Rio de Janeiro em que a palavra malandro não significava agabundo e onde se podia curtir a boêmia sem se preocupar com a violência.
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Ana 26/06/2010

Crônicas curtas e rápidas. Recomendável para quem gosta de anedotas de bar, gírias antigas e sente alguma simpatia pela antiga malandragem carioca pré-tráfico de drogas.
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