Cley 17/02/2020Tino Coluzzi realiza maior assalto de sua vida. Com um grande esquema sem falhas, ele rouba milhões de um príncipe saudita, além de uma carta que pode derrubar governos.
Simon Riske é um espião industrial freelance, e faz bicos para bancos, agências secretas, etc. Ele é designado a recuperar a carta que Tino roubou, além de poder acertar as contas com seu antigo aliado, responsável por tê-lo posto na cadeia por alguns anos.
"O passado não está morto. Nem sequer é passado."
Esse foi meu primeiro contato com a escrita do Christopher, e posso afirmar que, sua escrita é frenética, objetiva e cheia de emoção.
Cogitei achar tedioso a obra, pois não tenho costume de ler histórias sobre grandes assaltos, serviços secretos e sobre máfias, mas a forma que o Christopher apresenta as coisas me fez compreender tudo que estava sendo exposto.
Simon Riske, protagonista da história, é um personagem considerado o típico anti-herói. O conceito do que é certo ou errado a se fazer sofre alterações, e se ele percebe que tem que fazer algo, ele vai e faz, não importa as consequências. É fácil criar conexão com personagens assim, pois, a partir da sua história de vida conseguimos compreendê-lo melhor.
Coluzzi, arqui-inimigo do Simon, tem uma personalidade ímpar, suas motivações são em prol de si mesmo, um egoísmo nato que põe em risco quem está ao seu lado.
Outros personagens merecem ênfase e todos são bem construídos, assim, realçam à história, por exemplo, uma “femme fatale” russa, suas aparições geram reboliço.
Houveram situações que para mim ficaram sem sentido, o final também não me agradou tanto, mas isso é uma questão de expectativas que cada um põe ao ler determinada obra.
Esse é o 1º volume da série Simon Riske, então, na sequência pode haver desfechos melhores para este primeiro.
Essa é uma obra para ser apreciada, entender as motivações dos personagens, o conceito do que é certo ou errado, que mais cedo ou mais tarde todos poderemos lidar com o passado, e que a vingança derruba um homem, mas, ao mesmo tempo, pode deixá-lo de pé.