A Cabra Vadia

A Cabra Vadia Nelson Rodrigues




Resenhas - A Cabra Vadia


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Clio0 22/12/2023

Seleção de crônicas do autor que recebeu a alcunha de anjo pornográfico. Mas por quê tal nome?

Nelson Rodrigues foi um dos maiores dramaturgos brasileiros que igualmente se aventurava pelo jornalismo e pela política - em suas próprias palavras, ele deixou de ser um covarde.

Nessa compilação temos seus textos críticos voltados para tudo que ele julgava relevante. Impedido pelo governo de publicar suas histórias, Nelson avacalha com a Esquerda brasileira das décadas de 60 e 70, chamando a atenção para a irregularidade de seu apoio voltado apenas a partidários e para sua constituição de jovens ricos. Toda e qualquer semelhança com a crítica atual não é mera coincidência.

Outros desafetos, ou nem tanto, são chamados por nome em suas crônicas onde D. Helder é figura constante. Da mesma forma, Caetano, Tom Jobim, Érico Veríssimo e qualquer um cuja conduta indicasse hipocrisia ou canalhice, nomes e fatos são dados.

Quando terminei essa obra fiquei com a impressão que a crítica de fato não sabia o que fazer com ele...

Nelson era um capitalista que escrevia ferozmente contra o socialismo russo-cubano, mas aplaudia o socialismo sueco. Um pequeno burguês que se satisfazia dilacerando e expondo as entranhas da própria classe. Um pernambucano radicado no Rio que passava seus dias criticando os paulistas que eram justamente seu maior público.

Recomendo.
Su.livros 22/12/2023minha estante
Uau que resenha maravilhosa ??




Arsenio Meira 25/08/2012

Nelson era (é e sempre será) imperdível.
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Michel 11/02/2020

O Ex-Covarde
A coleção de crônicas de Nelson Rodrigues são uma preciosidade. As crônicas 'O Ex-Covarde' e 'O Brasil Nazi-Stalinista' são essenciais e atuais.
Bom humor politicamente incorreto, o gênio dá suas caras.
Crítico e cínico, leitura obrigatória!
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gabriella 14/07/2019

A Cabra Vadia
Admiro e tanto a capacidade que Nelson Rodrigues tinha de falar tudo que pensava. Livro atrasado, machista, incômodo e estressante se lido nos moldes atuais. Entretanto, encaixa-se no padrão conservador da ditadura militar. Embora possamos observar pessoas com mentes mais abertas na época, Nelson Rodrigues representa o típico burguês preso na proibição dos biquínis e superioridade adulta perante aos jovens. Típico conservador que agradaria muitos no padrão atual.
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Afonso74 04/03/2011

excelente e com personagens geniais
Para os que acham que Nelson era um homem à frente de seu tempo ao expôr as taras e comportamentos bizarros da dita burguesia de seu tempo, é um chamado para que se conheça sua postura mais moralista e conservadora. Enfim, o Anjo Pornográfico era um Tarado Moralista mas, como Toda Unanimidade é Burra, qualquer estereótipo ou classificação sobre alguém tão complexo como Nelson também deve sê-lo.

O livro é composto de crônicas publicadas em jornais que apresentam as opiniões políticas e pessoais de Nelson, além de personagens magníficos, reais ou não, como a Madame das Narinas de Defunto, o Padre de Passeata e a tal Cabra Vadia.

Suas críticas à Esquerda Festiva são de rolar de rir!! O livro é um pouco caro mas vale muito a pena.

x-x-x-x-x-x-x-x-x

Esse foi o primeiro de crônicas do N. ROdrigues que li e hoje, já tendo encarado O Reacionário dentre outros, digo sem medo de errar que a conjunção entre criação de personagens e a análise aguda da sociedade presentes em A Cabra Vadia são únicos.
Quanto mais leio as outras crônicas de Nelson mais gosto das crônicas de A Cabra Vadia
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Marc 17/03/2024

Nelson Rodrigues entrou para a história como um autor capaz de remexer na podridão humana, revelar os desejos e toda a sordidez que os acompanha normalmente. Seus personagens tentam manter uma aparência de normalidade, mas são assaltados pelo desejo e esquecem a moralidade, a normalidade e mesmo a religião, tomados apenas pela ânsia de se saciar. Muitos adoram suas peças e romances. Mas nem todos admiram suas crônicas. Há quem o critique por ser reacionário, por, de certa forma, contrastar com aquele escritor tão capaz de lidar com a questão da sexualidade e ruptura da moral. Mas se lido com cuidado, o cronista e o teatrólogo confluem, porque o material de sua ficção aparecia da observação e do espanto que a realidade lhe provocava e que estão registradas com maestria em suas crônicas.

Preciso dizer que gosto menos do Nelson ficcionista. Acho que ele não está à altura do observador do cotidiano e que tinha que escrever uma coluna no jornal. Toda a ironia, mesmo o bom humor, a capacidade de transcrever o ritmo da conversa informal, o ritmo da cidade, o encontro com seus críticos e tudo o mais que ele sabia transformar em material. A leitura é deliciosa, porque o texto é informal, não tem uma direção definida, como na ficção, está à serviço da boa escrita e da sinceridade. Eis um detalhe muitíssimo importante quando nos deparamos com o cronista. Ele pula rapidamente da crítica do futebol para sua vida, para a relação com os irmãos, depois para o relato de um caso que ficou sabendo e assim vai enlaçando o leitor com um texto maravilhosamente bem escrito e muito franco.

O retrato que compõe dos jovens, que pensam saber de algo, alimentados por professores e educadores (isso piorou muito, só para deixar registrado) e que nada mais são do que completos estúpidos arrogantes, sem o menor respeito por qualquer pessoa mais velha; os ricos, fascinados com a “inteligência”, todos se dizendo de esquerda e mantendo suas vidas exatamente iguais, ou seja, com os pobres lhes servindo; os artistas, tão egocêntricos e arrogantes, adorados por uma multidão de imbecis descerebrados, pessoas que se deixam levar pela pose e por declarações estapafúrdias. Em todas essas crônicas aparece a sinceridade e a coragem de alguém que ousou contrariar seu meio, ousou olhar para todas aquelas pessoas despindo-as de seus discursos hipócritas e da necessidade que elas tinham de agradar ao meio social em que viviam. É por isso que gostar do ficcionista e não admirar o cronista é um erro de avaliação, porque tudo que ele faz no teatro, está em suas crônicas de modo mais cru, sem o rebuscamento que a literatura formal (daqueles mesmos que ele costumava denunciar em suas crônicas) exige.

Não sei se é verdade, até porque uma personalidade como a dele tende a gerar uma série de histórias, mas se diz que ele tinha a aterrorizante capacidade de largar a máquina de escrever até com frases por terminar e voltar horas depois e continuar no mesmo ritmo, sem perder o pensamento. O que sei é que qualquer um que deseje escrever em nossa língua precisa conhecer suas crônicas, porque desconheço quem tenha uma escrita tão fluída e completa ao mesmo tempo. Arrisco dizer que seu caso deve ser único, de uma pessoa que conseguisse encontrar as palavras certas na primeira vez que escrevia, tanto o conhecimento da língua e a clareza de pensamento.

Nelson Rodrigues foi um gigante. E acertou em quase tudo que disse. Uma das provas é que tantos vão buscar em seus textos, hoje, provas do reacionarismo, preconceito, machismo, etc, tudo com a certeza de estar completamente certos, por dentro de todas as mudanças de valores, prova de sua superioridade sobre tudo que cheire a passado e tradição. Não haveria maneira melhor de lhe dar razão (e ele alertou tantas vezes que isso aconteceria).
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Ana 10/04/2020

Mais atual e necessário na cultura do que nunca
Nelson Rodrigues, o eterno. O moderno antigo. O sempre necessário. Foram essas as constatações que tive, cada vez mais fortes, à medida que meus olhos percorriam as páginas de seu fabuloso A cabra vadia. Que livro! Explosivo pra alguns, ou reacionário pra outros, assim ele seria considerado, se fosse ineditamente publicado neste corrente ano de 2020.
Nelson fala sobre tudo, e não perdoa (quase) nada. Que prazer orgástico eu não teria de espalhar pelas universidades brasileiras, suas páginas recheadas de ironias e deboches sobre o Maio de 68, com aqueles jovens de classe média idiotizados que não aguentariam um dia em um campo de trabalho maoísta! Esse e alguns outros escárnios com a esquerda e os comunistas tupiniquins foram o ponto alto do livro. Mas claro, Nelson Rodrigues escarnece de tudo: contra a censura a suas peças, e o silêncio da esquerda festiva a respeito; contra os velhos que se renderam ao Poder Jovem; contra o silêncio dos intelectuais a respeito das atrocidades cometidas pelo regime soviético na época; etc. Jovens Nutella, tremei. Se vocês lerem esse livro, titio Nelson passará como uma escavadeira por cima de vocês.
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Rafa 09/12/2020

É exatamente o que promete
Na capa já é mencionada aseguinte análise, Nelson Rodrigues fala ontem o Brasil de hoje, com todos os problemas, erros e até ideologias que vemos hoje, vale muito apena ler, além de autoexplicativo é uma leitura mais leve do que muitos livros, ele sendo uma crônica
Michel 10/12/2020minha estante
Esse livro é simplesmente sensacional. Nelson Rodrigues é um gênio!




gggvvvaaa 02/02/2021

Com certeza minha pior leitura, até agora!
| "'Aqui, o maior reacionário do Brasil'. Digo:
? 'Não mereço tanto'." |

Um autor que era, orgulhosamente, reacionário durante uma das eras mais sombrias de nossa história.

A capacidade de escrever as atrocidades que estão nesse livro honestamente me espantam e vou citar apenas algumas, porque colocar todas ocuparia muito do meu tempo:
?Dizer que mulheres deveriam voltar a usar espartilhos, mesmo que isso as fizesse mal, porque isso agradava mais seus olhos.
?Dizer que as mulheres que pensam são mais inúteis em suas profissões do que as idiotas.
?Reclamar da, até o momento, apenas possibilidade de ter uma mulher como chefe.
?Achar que as pessoas deveriam ser mais brancas para embelezar o Rio de Janeiro.
?Pensar que as mulheres não deveriam transar com mais de um homem.
?Achar absurdo mulheres usarem roupa curta no carnaval (que só pra deixar claro acontece no verão, de uma país tropical e no meio de um aglomerado de pessoas).
?Chamar a arte popular de medíocre.

Fora esses temas execráveis a escrita do Nelson é completamente repetitiva e abordar sempre os mesmos assuntos em quase todas as crônicas. Ao todo no livro são ditas 16 vezes que: "os franceses viraram carros e arrancaram paralelepípedos"; 11 que "os comunas brasileiros escrevem "muerte" ao invés de "morte" porque preferem matar em espanhol"; outras 11 em que ele explica o que são os "idiotas da objetividade". Além da repetição quase pornográfica da palavra "canalha", que aparece 91 vezes no livro (que só tem 70 crônicas).

Além disso as críticas feitas pelo autor são, em boa parte, de um cinismo que deixaria um adolescente fã de Rick and Morty com inveja de tão rasas e alienadas ? por exemplo é dito que todos os esquerdistas torcem para que as guerras não acabem, assim eles sempre terão assunto para falar, o que é totalmente petulante do Nelson assumir que só porque ele não é de esquerda que todos que são desse espectro político são verdadeiros demônios.

Você pode estar achando que estou sendo anacrônico ao denunciar esses preconceitos, que não época eram normalizados, mas diversos autores, contemporâneos a Nelson Rodrigues tinham visões muito mais atuais sobre o machismo, homofobia, racismo e a própria ditadura da época.

As poucas coisas boas que podem ser achadas aqui não valem o sofrimento de ler toda a merda que as envolve.

O único mérito desse livro é ser um ótimo retrato da visão preconceituosa de uma sociedade perturbada e que parece ficar cada dia mais atual.
Marc 17/03/2024minha estante
Sentiu...




Marcone 22/09/2012

"A Cabra Vadia", Nelson Rodrigues

Compilação de crônicas publicadas em "O Globo" e "Correio da Manhã", a maioria de "O Globo" do fatídico ano de 1968, período de globais transformações políticas e ideológicas, sobre as quais um profético Nelson já dizia: "A presente revolução cultural corre o risco de ser um movimento idiota".

Aqui o cronista se revela tão genial quanto o romancista e o dramaturgo, dono de uma análise crítica inteligente, que iria muito além da obtusa visão da "esquerda festiva". Altamente bem humorado em alguns momentos, e como não poderia deixar de ser, trágico em outros, o livro certamente agradará aos admiradores do romancista Nelson Rodrigues, e oferece mais um sólido exemplo de que, em tempos de Vietnam e protestos cegos de cartazes brasileiros escritos com "Muerte", era possível enxergar os fatos com mais sobriedade do que o unânime olhar contestador possuía - olhar imbecil, como toda unanimidade religiosamente é.
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Tadeu.Santos 08/10/2020

O homem de seu tempo
O que falar dos escritos de Nelson Rodrigues?

Temos em sua obra um apanhado de contos que fazem o leitor rir, chorar, se admirar e decepcionar a cada conto diferente.

Com toques de humor e sarcasmo, recheados por críticas, duras críticas, Nelson passeia pela história do Brasil nos trazendo reflexões que jamais pensamos.

Sua obra foi escrita na década de 60, porém posso afirmar, ela ainda é muito atual. Em vários momentos me deu a impressão de haver sido escrita e publicada nos dias de hoje. Sendo assim, se há algo que posso afirmar é que Nelson Rodrigues foi o homem de seu tempo e ainda é o mesmo homem dos tempos atuais.

Recomendo a leitura.
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jota 04/12/2013

Cabra excelente, o Nelson!
Nelson Rodrigues (1912-1980), “o maior reacionário do Brasil”, como foi apresentado por uma “granfina” certa vez, tem lugar garantido entre os brasileiros ilustres do século XX por sua vasta produção artística e jornalística: são peças, romances, crônicas, confissões, etc. Conhece-se bem o homem genial e sua obra também através de sua biografia definitiva escrita por Ruy Castro, O Anjo Pornográfico, excelente. Ruy também está presente neste A Cabra Vadia, Novas confissões; ele fez a seleção do material e escreveu a introdução: A “Cabra” de Volta – E Para Ficar (trata-se de uma reedição revista de parte da obra de Nelson, com cerca de oitenta textos).

Embora sejam crônicas elas também são confissões. A temática confessional em Nelson é muito forte: ele é quase sempre ou é sempre o protagonista de cada uma delas. Assim, suas crônicas diferem substancialmente daquelas de outros cronistas de seu tempo, Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, etc. Nelson distinguia-se deles não apenas ou exatamente pelos assuntos tratados, mas como os enfocava: com seu estilo próprio, rodriguiano, único. Então, numa mesma coluna, em que falava de política, dos Kennedy, de Cuba, China, Vietnã ou URSS, passava a falar também do decote generoso da atriz Elizabeth Taylor, uma de suas fixações cinematográficas, tantas vezes ela é citada aqui (ou Ava Gardner, menos citada, mas igualmente outra bela mulher de seu tempo). E isso não soava nada estranho, muito pelo contrário.

Apesar de começarem e terminarem todas em 1968, as confissões rodriguianas deste livro vão aquém e além dessa data. 1968 foi um ano marcante na história mundial e que por aqui rendeu livros (como o de Zuenir Ventura, p. e.) ou polêmicas diversas (uma delas: o uso de uma foto de uma conhecida atriz participando de uma passeata de protesto como se fosse de outra pessoa muito conhecida, não exatamente pela honestidade). Além disso, alguns dos desafetos então na mira de Nelson permanecem vivos em 2013: Nelson Motta, Caetano Veloso, José Celso Martinez Correa, Vladimir Palmeira, Geraldo Vandré, Chico Buarque.

Mas seus alvos preferenciais foram mesmo D. Hélder Câmara, “o arcebispo vermelho”, pensadores católicos (Alceu Amoroso Lima e Gustavo Corção), “granfinos e granfinas” do Rio e São Paulo, simpatizantes de Cuba, China, Vietnã e da então URSS, artistas, intelectuais e estudantes esquerdistas, etc. E na leitura de A Cabra Vadia algumas vezes pode ser necessário consultar a internet para se saber exatamente quem era o “homenageado” de Nelson em certas confissões, não conhecemos todos os citados.

Ou então quem eram os amigos mais íntimos de Nelson (geralmente escritores, jornalistas, etc.), quase todos mortos há algum tempo (mas Carlos Heitor Cony permanece vivo em 2013). Amigos que, tanto quanto seus leitores fieis, certamente se divertiam muito não apenas com os casos que contava, também com as expressões que ele criava para designar coisas, fatos, pessoas, etc.

Delas todas, certamente a mais conhecida é “óbvio ululante”, mas há também o “padre de passeata”, o “idiota da objetividade”, a “amante espiritual de Che Guevara”, o “falso canalha”, o “revolucionário de festival”, a “esquerda festiva” (que gerou a moderna “esquerda caviar”) e outras. Uma “cabra vadia”, a do título do livro, tinha exatamente a função de “testemunha ocular” ou “elemento paisagístico” em uma “entrevista imaginária” com um de seus alvos preferenciais (leia-se D. Hélder), coisa que ele fez mais de uma vez.

Mas não é apenas fel que Nelson destila em suas confissões. Além de apresentar informações bastante interessantes sobre si mesmo, seus amigos e adversários, sobre a época em que viveu, nelas há também muita ironia e tiradas bem-humoradas. Graças sobretudo às situações que se apresentavam no Rio e no país, ao arcaísmo de nossos homens públicos e da sociedade brasileira em geral. Nelson fustigava Cuba e a URSS, via com simpatia a ação política do general De Gaulle e não depreciava os governantes americanos (os irmãos Kennedy e depois também a bela viúva Jacqueline, claro), o que lhe valia a crítica impiedosa da tal “esquerda festiva”, intelectuais e estudantes que flertavam com Castro e os soviéticos. Que depois, em retorno, eram devidamente “homenageados” por ele em suas colunas jornalísticas.

Na prática, ler este livro tem, guardadas certas ressalvas, quase o mesmo significado de um mergulho na história do Brasil de grande parte do século XX, especialmente nos anos 1950-1960 (não apenas 1968), sem se sentir um estudante secundarista ou universitário, e ao mesmo tempo se divertindo bastante. Como nesse simpático trecho de A Morte do Teatro, por exemplo, que diz respeito à classe teatral de então, que nutria ideias bem diferentes das suas. Nelson diz: “Eu me sinto só, e tão só, como um Robinson Crusoé sem radinho de pilha.”

Então, se quiser espantar a solidão ou não, em vez de seu cãozinho ou radinho, o leitor pode levar A Cabra Vadia (ou qualquer outro livro de Nelson Rodrigues) para sua próxima estadia numa ilha deserta ou habitada, não sei bem. Será sempre uma boa companhia para sexta-feira, sábado, domingo, 2014...

Lido entre 25/11 e 04/12/2013.
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Karol.Georgette 16/12/2020

É um livros excelente para os estudos de vestibular, pois promove grandes críticas ao contexto o qual foi escrito mas também sobre dimensões políticas que vivemos atualmente, não é um livro fácil de ler por decorrências dessa críticas que devem ser debatidas ao longo da leitura, e portanto pode ser cansativo a sua leitura ainda que as crônicas em sua grande maioria tenha 2 a 3 páginas
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Henrique Fendrich 02/05/2022

Aqui estão algumas das coisas mais divertidas e originais que já se escreveu em português. Entrevistas imaginárias, personagens caricatos e sacadas extraordinárias aplicadas nas suas principais argumentações dos anos 60.
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Gabriel 15/03/2017

O cronista do sarcasmo
Finalmente concluí a leitura tão desejada do Nelson. Por obrigações acadêmicas, fui obrigado a consumir palavra por palavra em doses homeopáticas, o que me ajudou a compreender com mais clareza o gênio e a estilística do nosso saudoso colunista e dramaturgo reacionário.

“A Cabra Vadia” é uma coletânea de crônicas do Nelson Rodrigues sessentista. Confesso que a obra serviu para corrigir​ alguns equívocos que eu tinha em relação ao autor. Ao contrário do que se afirma, Nelson não é um escritor de ideias fixas e obscenas. Suas crônicas apresentam as múltiplas facetas do cronista mediante as contingências da vida, que vão desde conversas casuais numa mesa de bar até a política internacional.

O conteúdo reforça a certeza de que Nelson nasceu com o dom da escrita. Seus textos são deliciosamente sarcásticos e irônicos, com uma leveza e acidez que poucos escritores sabem inserir.
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