Luiza Helena (@balaiodebabados) 09/04/2020Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/West Ravenel já é uma figura constante desde o início da série. Sempre com comentários sensatos, ele sempre roubava a cena em suas aparições. Por isso, fiquei com medo que o efeito Colin Bridgerton se repetisse com ele; afinal, infelizmente o único livro que o Bridgerton comilão não brilha é o seu próprio. Ainda bem que os chakras estão alinhados e Uma Herdeira Apaixonada superou todas as minhas expectativas.
Particularmente, eu gosto muito de romances de épocas cujas protagonistas são viúvas cujo casamento não foi um inferno na terra. Geralmente são personagens um tanto complexas simplesmente pelo fato de querer respeitar a memória da pessoa amada falecida, com medo de se abrir para a vida. E é assim que conhecemos Phoebe, lady Clare.
Mesmo após dois anos da perda do marido, Phoebe ainda é um pouco relutante em seguir em frente sem o marido. Com dois filhos pequenos e uma propriedade para administrar, ela sabe que em algum momento terá que se casar novamente; menos por obrigação da sociedade e mais pela figura paterna que deseja que os filhos tenham. Phoebe é uma mulher cheia de vida, gentil e de alma solidária. Por isso não poderia existir alguém para ela, a não ser Weston Ravenel.
Apesar de muito ter largado a vida de libertino, West ainda se julga por todas as suas ações do passado. Mas, desde o início da série, sabemos que ele é um homem honrado e trabalhador, que se esconde por baixo de comentários autodepreciativos. Mas desde o início, eu sabia que quando ele encontrasse a mulher certa, a amaria de corpo e alma, sendo bastante dedicado e carinhoso.
Confesso que temi do fato de West ter sido um pestinha para o ex-marido de Phoebe na escola fosse interferir muito no relacionamento dos dois, mas não. Apesar da imagem que Phoebe tinha do "inimigo" do falecido marido, logo ela percebe que West passa longe da pessoa arrogante que parecia ser.
A atração de Phoebe e West é quase que momentânea. Sem querer os dois possuem uma química maravilhosa de se acompanhar, já que West quer ser mais que um caso para Phoebe, e ela está decidida a ter esse homem por inteiro e para sempre em sua vida. E isso só é bastante complementado com o modo como o Ravenel trata os dois filhos pequenos da viúva. Sério.. ovários e útero até coçam de tão fofa que é a relação dele com as crianças.
É também pensando nos filhos de Phoebe que ele hesita em tentar um futuro com ela, visto que ele teme que as crianças sejam alvos de comentários sobre o passado do padrasto. A ligação entre West e Justin é bastante instantânea (Stephen é um nenê de dois anos, então não tem muita voz na questão). Desde as primeiras interações, percebe-se o quanto West realmente foi feito nessa vida para ter uma família e ser um grande pai.
A história inicia no mesmo espaço de tempo que ocorreu Um Acordo Pecaminoso e termina alguns meses depois dos acontecimentos de Um Estranho Irresistível. West conhece Phoebe quando esta chega para o casamento de Pandora e seu irmão, Gabriel. No livro anterior, West chega a citar vagamente a viúva. Eu fiquei na dúvida como seguiria essa linha de tempo, mas funcionou muito bem.
Agora só nos resta esperar chegar em terras brasileiras o livro da Cassandra. Chasing Cassandra é o livro que fecha essa série, estrelando Cassandra Ravenel (dã!) e Tom Severin. Estou bem curiosa em ver esse casal, visto que em toda série não lembro nem deles no mesmo recinto, mas com certeza Lisa não vai decepcionar.
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