Febeapá: Festival de Besteiras que Assola o País

Febeapá: Festival de Besteiras que Assola o País Sérgio Porto




Resenhas - FEBEAPÁ 1, 2 e 3


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Gladston Mamede 29/01/2021

Texto impecável, bem escrito, delicioso de ler. Pode-se criticar o sexismo exagerado de várias crônicas, mas ele cumpria uma função nos jornais dos anos 1960. Agora, quando chega na parte sobre a Administração Pública e a política brasileiras é simplesmente impagável. Delicioso. E, infelizmente, muito atual.
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Marcos774 09/10/2023

O maravilhoso Ponte Preta. O Festival de Besteiras que assola o País é atualissimo e a cada dia continua sendo escrito e atualizado.
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Gláucia 02/02/2010

Hilário
Mesmo que o assunto seja política da década de 60, não deixa de ser atual e engraçadíssimo. Você vai conseguir identificar semelhança entre várias "Vossas Excelências"...
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MCoelho 07/07/2009

Nunca mais teremos um cronista com a verve do inesquecível Sérgio Porto, que nos deixou muito cedo, em 1968. Apesar dos anos, as crônicas são muito divertidas, com uma fina ironia e humor que são universais, sem deixarem de ser bem brasileiras. Leitura que vale a pena, para todas as idades. Se vivo fosse, teria sido preso após o AI 5, participaria do PASQUIM e até hoje com sua pena debochada, incomodaria os "cocorocas" de plantão e as celebridades vazias que aparecem na mídia.
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Pedro Tostes 24/07/2009

Uma vez Lalau...
Uma obra prima do humor nacional, para mim é difícil precisar se seu maior valor é literário ou histórico. Lalau era um crítico da ignorância e do autoritarismo da época. Sua língua ferina desfiava precisamente em cima do show de desconhecimento cultural e da estupidez das "ôtoridades" e todos que julgavam formar a elite da época, que segundo ele formou o Festival de Besteira que Assola o País - FEBEAPA. Fora a crônica política, Sergio Porto desfilava seu estilo com os costumes, além de seu pleno domínio do anedotário tupiniquim. Criou personagens celebres como Primo Altamirando e Tia Zulmira, que possuem volumes próprios, que demonstravam os vícios e virtudes de nosso povo. No entanto cabe ler o texto "Máquina de Fazer Loucos", o terceiro volume que consta neste livro, com atenção à sua atualidade. O panorama traçado por Stanislaw Ponte Preta da televisão brasileira é assustadoramente familiar, provando que por estas bandas muito pouco mudou.
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Joubert 27/06/2010

Anos de chumbo
Quem viveu a época, vai relembrar o que ocorria na Redentora e os que não viveram descobrirão os malabarismos que os artistas e escritores (ciente da redundância) precisavam fazer para conseguir driblar a censura.
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Renata 16/05/2013

O Sérgio Porto era jornalista e através do Febeapa (festival de besteiras que assola o país) se revelou um ótimo observador dos costumes da época e, claro, dono de um senso de humor ímpar.
No livro há contos e fatos verídicos comentados pelo autor. Nos dois casos é necessário conhecer só um pouquinho de história pra achar graça, já que tudo se passa nos anos 60. Eram tempos de Alemanhas separadas, URSS, militares brasileiros combatendo os comunistas, estado do RJ ainda chamado de Estado da Guanabara, virgindade de moça solteira conservada como tesouro de família, honra lavada con sangue.
Todo este contexto político e social foi muito bem explorado pelo SPP. Sua matéria prima eram a ignorância, a falta de bom senso e o excesso de zelo dos que queriam manter a moral e os bons costumes a qualquer preço. A política e os políticos são personagens constantes até dos contos, ao lado da mordaz Tia Zulmira, do cínico Primo Altamirando e dos inúmeros malandros e boêmios que SPP criou.
Recomendo sempre este livro, diversão garantida com textos bem escritos.
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Tullia Maria 22/11/2013

Crítica e Humor em Grande Estilo
"É difícil ao historiador precisar o dia em que o Festival de Besteira começou a assolar o País. Pouco depois da "redentora", cocorocas de diversas classes sociais e algumas autoridades que geralmente se dizem "otoridades", sentindo a oportunidade de aparecer, já que a "redentora", entre outras coisas, incentivou a política do dedurismo (corruptela de dedo-durismo, isto é, a arte de apontar com o dedo um colega, um vizinho, o próximo enfim, como corrupto ou subversivo alguns apontavam dois dedos duros, para ambas as coisas), iniciaram essa feia prática, advindo daí cada besteira que eu vou te contar".


Você já pensou em ter uma aula de História do Brasil e ainda se divertir? Ou descobrir um pouco do cotidiano da Ditadura Militar enquanto se impressiona com as besteiras que civis e militares aprontavam? Pois FEBEAPÁ, obra de Stanislaw Ponte Preta¹, alter ego de Sérgio Porto, consegue cumprir perfeitamente a função de informar e entreter.

Escrito durante os primeiros anos da Ditadura, iniciada com o golpe que o autor chamava carinhosamente de Redentora, a trilogia reúne uma série de crônicas que narram alguns dos mais interessantes e bizarros acontecimentos da época. Quer alguns exemplos? Nomeações de defuntos para cargos públicos, atitudes duvidosas de políticos, cenas de puxa-saquismo, entre outros, tudo isso carregado de bastante ironia e de crítica à censura que imperava no período.

Contando casos de anônimos e famosos, dos quais Ponte Preta não se preocupava em ocultar o nome, o autor tentava driblar a censura imposta pelos cocorocas e apresentar os resultados colhidos pela Pretapress, sua agência de informações. Além disso, FEBEAPÁ também cita importantes órgãos e siglas utilizadas na época que, se acompanhados de uma pesquisa mais aprofundada, podem se transformar em um importante instrumento de estudo.

Essa trilogia é ainda uma oportunidade de rever algumas das já consagradas personalidades criadas pelo escritor, entre as quais estão: Tia Zulmira, com suas importantes considerações e frases filosóficas, Primo Altamirando, o mau-caráter, Bonifácio Patriota, o apaixonado pela nação, e Rosamundo, o sempre distraído. Entre personagens tão características e tão brasileiras, você provavelmente irá reconhecer alguém!

O prefácio escrito por Millôr Fernandes e o posfácio de Berenice Cavalcante são um dos grandes pontos altos da trilogia. No primeiro, o leitor é convidado, através de um grande amigo de Sérgio Porto, a conhecer um pouco mais da conturbada vida do escritor. Já o posfácio, com um ar mais acadêmico, destaca a importância do trabalho de Stanislaw e complementa a obra com mais histórias do Brasil.

Outro aspecto que merece destaque são as frases de abertura de cada livro, que, acompanhadas de imagens sugestivas, dão um indício do que pode se esperar das crônicas. A primeira (Ou o Brasil acaba com a besteira, ou a besteira acaba com o Brasil), em especial, é um alerta para os brasileiros, servindo não apenas para os leitores da década de 60, mas também para os de hoje em dia.

FEBAPÁ é uma dica perfeita para quem deseja passar horas se divertindo com algumas das mais pitorescas histórias do Brasil. Mas ele é bem mais que isso: É uma oportunidade de refletir sobre o nosso país, sobre os problemas que persistem e as besteiras que não desistem de aparecer. E me perdoem os que acreditam que ser a 6ª potência econômica do mundo significa alguma coisa. O Festival de Besteira que Assola o País é bem mais atual do que parece. E em meio a tanta hipocrisia, ainda nos garante boas risadas. Uma ótima leitura!


Resenha originalmente publicada em: http://rapha-doceencanto.blogspot.com.br/2012/03/domingo-cult-febeapa-por-tullia-maria.html
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Rub.88 19/02/2021

PretaPress
O livro FEBEAPÁ que é o acrônimo para Festival de Besteira que Assolam o País, foi escrito por Stanislaw Ponte Preta que o pseudônimo do Sérgio Porto. Cronista, radialista, comentarista, teatrólogo, jornalista, humorista, compositor e carioca. Tudo isso em apenas 45 anos de vida. Aqui, na verdade, está reunidas 3 publicações com o mesmo nome, diferido a numeração e ano que chegou ao mundo oprimido pela ditadura militar brasileira. 1966, 67, e 68 são as datas originais.
Cada livro do domo é dividido em duas partes. A primeira versa e transcreve os absurdos da época que saia em jornais, revistas e outros semanários de diversas parte do país. Políticos interioranos, militares de baixa patente, empresários e gente da alta sociedade deferido impropérios contra a razão e a língua portuguesa. Além dos desmandos e trapalhadas dos que detinham o poder. A brutalidade da polícia contra os manifestos dos estudantes. O puxa-saquismo dos aproveitadores da Redentora, que como o autor chama o golpe de 1964.
A segunda parte são contos curto, causos, anedotas, fofocas disfarçadas, piadas mais elaboradas, cenas da vida que o tema não foge muito do adultério, da conversa de bêbado, da perseverança ou teimosia do pobre. Estorinhas sobre mulheres fáceis e difíceis, homens enganados e galanteadores. Serviços e servidores públicos num mundo que um não funciona e o outro fingi que trabalha. Bastidores da nascente televisão nacional, com sua infraestrutura capenga e a nítida má vontade do autor com ela, onde trabalhou a contra gosto parece.
A escrita sobe do coloquial para o meio erudito na brincadeira que o Stanislaw faz com os trocadilhos e a pomposidade que as personalidades, depufedes (que são os folclóricos deputados federais) e ministros incompetentes daquele período davam, ou tentavam dar aos seus discursos inescrutáveis para a população brasileira. Sérgio Porto faleceu de ataque cardíaco meses antes do Ato Institucional n.º 5. Acho que se o coração não tivesse falhado, os militares o teriam hospedado só com check in nos porões do DOPS. Mas imaginemos se ele tivesse sobrevivido a tudo isso, a décadas de besteiradas brasileiras, e hoje, quase centenário estive na fila para ser vacinado com a esperança de virar jacaré. Pois ser humano não está mais com essa bola toda...
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claudioschamis 05/02/2009

Um livro de histórias e de História, como mesmo autodenomina o autor. Uma coletânia de crônicas no estilo único de Ponte Preta, onde seus personagens passeiam trazendo graça, arrancando risos e em alguns casos boas gargalhadas. Algumas crônicas são até meio sem graça nenhuma e outras do tipo só quem escreveu riu. Mas tem também as impagáveis.
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Rafael 28/08/2016

Febeapa
Segundo o autor, é difícil precisar o dia em que o Festival de Besteira que Assola o País começou. Este livro do aclamado Stanislaw Ponte Preta, heterônimo de Sérgio Porto, é uma reação cômica, irreverente, à mediocridade política da época, que embora tenha sido lançado em 1966, adapta-se muito bem aos dias de hoje. O livro, que era editado em três volumes, agora é um só.
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Henrique Fendrich 10/09/2019

FEBEAPÁ e a revanche do cronista
Embora só tenha vivido os primeiros quatros anos do regime militar no Brasil, pode-se dizer que Sérgio Porto se tornou o cronista daquele período – pelo menos entre aqueles que o combatiam. Afinal, é a ele, transfigurado em Stanislaw Ponte Preta, que se recorre para evidenciar o absurdo e o ridículo em que, invariavelmente, a ditadura (ou a “Redentora”) caia na tentativa de impor à nação “uma pseudomoral, em nome da hipocrisia”. Assim é que, tendo coletado um punhado de notícias impagáveis ocorridas pouco tempo após o golpe, Sérgio fez ver ao país que ele estava sendo assolado por um festival de besteiras. Publicou então um livro com essas pérolas, tão bem vendido que decidiu fazer outro, e depois mais outro, e a trilogia, sob o nome de “FEBEAPÁ”, se tornou um dos maiores clássicos da crônica, celebrada até os dias de hoje. Aliás, num tempo em que muita gente defende justamente a volta desse regime, o que torna esta nova edição, agora pela Companhia das Letras, ainda mais oportuna.

Com seu estilo divertido, gaiato mesmo, Stanislaw Ponte Preta nos conta episódios inacreditáveis daquele período, como o dos agentes do Dops que foram ao Theatro Municipal de São Paulo para prender Sófocles, autor de uma peça considerada subversiva, ou o de uma encíclica papal que foi recolhida de uma feira de livros sob a mesma acusação. O dedo-durismo rendia muitas notícias absurdas, e foi justamente ele a motivação inicial do Festival, graças às “cocorocas de diversas classes sociais” e às “otoridades” que buscavam prestígio pessoal.

Sérgio acompanha atentamente o noticiário, no que é ajudado por seus leitores, e, diante da impotência que sente ao ler “cada besteira de encabular dupla caipira”, se vinga da única forma que está ao seu alcance: debochando delas. Ao transcrever essas notícias, Sérgio acrescenta os seus próprios comentários, fazendo, dessa maneira, uma negação da retórica e do discurso oficial dos personagens, e revelando aspectos escondidos na matéria jornalística. É possível dizer que ele faz, de maneira irônica, o “aprofundamento da notícia”, que geralmente se atribui como característica da crônica. Seus textos evidenciam a relação indissociável com o jornalismo, muitas vezes negada pela literatura, e sem sofrer os prejuízos da temporalidade.

Afinal, as besteiras continuam assolando o país, mesmo em tempos de democracia, e faz falta um Stanislaw Ponte Preta para registrá-las em todo o seu ridículo. Mas há marcas do seu legado até os dias de hoje. Abordagens como a que José Simão faz do noticiário, embora de forma mais escrachada, certamente possuem origem em Stanislaw Ponte Preta. Até mesmo o sucesso de sites de notícias falsas como o “Sensacionalista” deve a sua porção ao cronista. A notícia inventada, afinal, é uma notícia “possível”, a serem mantidos os rumos absurdos que as notícias verdadeiras sugerem. Também ali se faz uma revanche diante da retórica do poder.

Além das notícias que coletava e comentava, Stanislaw preencheu os três volumes do FEBEAPÁ com crônicas propriamente ditas, todas ligadas de alguma forma ao tempo de sua escrita e marcadas fortemente pelo humor e pela oralidade. O cronista abusa das anedotas e salpica os textos de incríveis achados, divertidas comparações, engraçadas gírias e certeiras alfinetadas, na medida em que retreta pequenas histórias do cotidiano e conduz o leitor a um inusitado desfecho. Em tudo, sobressai a sua preferência pelos mais humildes, que, nem por isso, deixam de ser alvo de piadas – é possível que hoje algumas sejam vistas com restrições.

Stanislaw é um cronista singular, a começar por não ser exatamente cronista, mas um personagem, de modo que Sérgio Porto, o seu autor, abre mão da simples expressão do seu ponto de vista para buscar diferentes formas de refletir sobre a realidade. Essa ousadia de criar personagens e misturá-los à individualidade do autor não é algo muito comum à crônica (pode-se falar, talvez, apenas em Nelson Rodrigues, que também muito brincou de misturar a ficção com a vida real). Quando cria tipos como Stanislaw Ponte Preta, a Tia Zulmira, o Primo Altamirando (nefando parente), Rosamundo ou Bonifácio, o patriota, Sérgio Porto exagera as características de muitos de nós, e por isso faz mais do que divertir – também nos expõe.

Tudo isso é feito com uma desenvoltura narrativa notável, o que torna a leitura do livro extremamente prazerosa e justifica a sua inclusão entre os grandes livros do gênero.



SELEÇÃO DE BESTEIRAS

Foi então que estreou no Teatro Municipal de São Paulo a peça clássica Electra, tendo comparecido ao local alguns agentes do DOPS para prender Sófocles, autor da peça e acusado de subversão, mas já falecido em 406 A.C.

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O General Olímpio Mourão Filho doava ao Museu Mariano Procópio, de Juiz de Fora, a espada e a farda de campanha que usava como comandante das forças que fizeram a ‘redentora’ de 1º de abril. Isso é que foi revolução; com pouco mais de dois anos já estava dando peças para museu.

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Quando se desenhou a perspectiva de uma seca no interior cearense, as autoridades dirigiram uma circular aos prefeitos, solicitando informações sobre a situação local depois da passagem do equinócio. Um prefeito enviou a seguinte resposta à circular: ‘Doutor Equinócio ainda não passou por aqui. Se chegar será recebido como amigo, com foguetes, passeata e festas'.

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“Repetia-se em Porto Alegre episódio semelhante ao ocorrido com Sófocles, em São Paulo. O Coronel Bermudes, secretário da insegurança pública, acusava todo o elenco do Teatro Leopoldina de debochado e exigia a presença dos atores e do autor da peça em seu gabinete. Depois ficou muito decepcionado, porque Georgers Feydeau – o autor – desobedeceu sua ordem por motivo de força maior, isto é, faleceu em Paris, em 1921.”

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“E quando a gente pensava que tinha diminuído o número de deputados cocorocas, aparecia o parlamentar Tufic Nassif com um projeto instituindo a escritura pública para venda de automóveis. Na ocasião, enviamos os nossos sinceros parabéns ao esclarecido deputado, com a sugestão de que aproveitasse o embalo e instituísse também um projeto sugerindo a lei do inquilinato para aluguel de táxis.”

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A Pretapress continuava trabalhando ativamente e colecionando novas notícias para o Festival de Besteira que Assola o País. E este ano começou tão bem que na Paraíba, o Prefeito da cidade de Juarez Távora nomeou para a Prefeitura local, como funcionário público, figurando na folha de pagamento, o cavalo ‘Motor’ de sua propriedade. Dizem que o cavalo do Prefeito João Mendes é muito cumpridor dos seus deveres.

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A Delegacia de Costumes de Porto Alegre mandava retirar das livrarias, sem dar a menor satisfação aos livreiros, todos os livros que fossem considerados pornográficos. Um dos livros apreendidos era ‘O amante de Lady Chatterley’ e, quando o delegado soube que o autor era súdito de Sua Majestade Britânica, mandou devolver todos os exemplares, explicando aos seus homens: ‘Nós não temo nada que ver, tche, com a pornografia inglesa. Só com a nacional, tche!’.

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Em Recife, quem tocasse buzina na zona considerada de silêncio, pagava uma multa de Cr$ 200. O deputado estadual Alcides Teixeira sabia disso mas distraiu-se e tocou. Imediatamente apareceu um guarda e multou-o. Alcides deu uma nota de Cr$ 1.000 para pagar os 200 e o guarda informou-o de que não tinha troco. O deputado quebrou o galho: deu mais quatro buzinadas na zona de silêncio, ficou quite com a Justiça e foi embora.

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Um time da Alemanha Oriental vinha disputar alguns jogos no Brasil e o Itamaraty distribuiu uma nota avisando que os alemães só jogariam se a partida não tivesse cunho político. ‘Cunho político’ — explicaria depois o próprio Itamaraty, era tocar o hino nacional dos dois países que iriam jogar. Um dia eu vou contar isto aos meus netinhos e os garotos vão comentar: ‘Esse vovô inventa cada besteira!’”

site: http://rubem.wordpress.com
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Ana Claudia 01/05/2022

Primeiro livro de Stanislaw Ponte Preta que leio. Bastante interesse, por vezes engraçado, porém também cansativo.
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Valesi 31/12/2023

Leve, ingênuo e um pouco datado
Stanislaw Ponte Preta, codnome do jornalista Sérgio Porto, foi um excelente cronista irônico da sua época. Não se levando a sério (e tirando sarro dos colunistas sociais que se levavam), ele colheu pérolas da ignorância e estupidez dos poderosos da época da ditadura.
A melhor parte do livro é realmente o Festival de Besteiras que Assola o País que lhe dá o nome. Quando Porto parte para pequenos contos sobre o dia a dia da sociedade, acaba se revelando uma pálida cópia de Nelson Rodrigues, sem conseguir chegar ao nível do mestre.
Escrito no final dos anos 60, os textos são datados, às vezes um pouco ingênuos. É um produto da sua época, então é preciso relevar o sexismo e o ranço contra a televisão (apesar de que neste ponto ele acabou profetizando, mesmo mirando em outro alvo). A parte mais divertida do livro é traçar paralelos entre os ocupantes de segundo escalão do poder da época e nossos representantes atuais.
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Joaquim117 09/01/2024

Livro obrigatório para todo brasileiro perceber que a várzea desse país não é de hoje, Além de ter histórias muito engraçadas.
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