Resenhas - Admirável Mundo Novo

Camilla 18/01/2024

A vida caminha em direção às utopias.
Uma vez me disseram que havia uma "trilogia de clássicos distópicos": 1984, Fahrenheit 451 e Admirável Mundo Novo.

Finalmente, finalizei a leitura deles com Admirável Mundo Novo.

Apesar das palavras um pouco difíceis e dos parágrafos de argumentos gigantes, não é muito complicado de entender ? não tanto como achei o 1984.

Foi o livro com personagens mais cativantes ? O Selvagem em especial.

As primeiras 50 páginas, mais ou menos, que te ambientam no mundo em que todos vivem, são maluquice pura. Apesar de já ter ouvido falar do livro, não sabia do que se tratava a história, de fato. A cada frase a minha mente explodia um pouco.

Gostei muito da leitura, do ritmo, das reviravoltas, das reflexões. É assustador o quão atual parece. O final é arrebatador.

Recomendo muito a leitura!

l03s4 17/01/2024

MELHOR DISTOPIA
Um dos meus livros favoritos da vida, se não, o favorito de todos. Eu amo demais!! Li 3 vezes já de tanto que amo?

estela.zimmer 17/01/2024

Quase não dá pra acreditar que foi escrito em 1932. Por mais que o final tenha sido um pouco cansativo, valeu muito a pena

dandara 17/01/2024

"Quando as pessoas desconfiam de nós, acabamos também por desconfiar delas."

Há anos que eu queria ler esse livro e infelizmente tive uma decepção muito grande. Acredito que parte da minha insatisfação com o livro seja pela minha ignorância, eu não consegui entender de fato o livro e consequentemente isso afetou muito a minha experiência.

melbernardoo 17/01/2024

ONDE O SELVAGEM É UM SER SÃO
Esse romance de Aldous Huxley, se passa em Londres em um futuro distópico, mais especificamente no ano de 2540 ou 632 D.F. (depois de Ford). Nesse Admirável Mundo Novo tudo é magnificamente bom! O mundo como conhecemos é exposto de forma invertida, as crianças não mais nascem, são produzidas em laboratório com seus gostos e aversões sendo pré-determinados de acordo com o sistema de castas, em que o embrião poderá vir a ser um Alpha (topo da pirâmide) ou um simples Epsilon (base da pirâmide).

De forma muito envolvente Huxley tem a capacidade de envolver o leitor sem deixar pistas do que será revelado no próximo capitulo. Particularmente, não esperava tanto dessa leitura e fui surpreendida. Não me estenderei a respeito das ressalvas e críticas sobre os três últimos capítulos que, para mim, poderiam ser diferentes. No mais, esse livro me prendeu de forma que só uma distopia costuma fazer.

Abelita.Azevedo 17/01/2024

Orgião Espadão WTF ?!?!?!
É um clássico? Sim.
Não vou negar isso nunca, e não me arrependo de ter lido, sério

Mas eu estão tão enojada com essa civilização e todas aquelas coisas doidas que eles faziam que quando li a última página
Fiquei com vontade de jogar o livro na parede!

É um livro super bem construído e o autor tem uma imaginação fora da caixa
Mas muitas coisas me incomodaram mesmo

E o final meu Deus foi a gota d'água pra mim
ODIEI.

(Mas não se pode negar que o autor foi atual com toda essa coisa de pessoas rasas e vazias, que só pensam em se drogar fazer orgias ficarem jovens e belas para sempre e serem totalmente sem apego qualquer)

Leia.

Emilia.Cristina 17/01/2024

Distopia é distopia né, aquela confusão que gostamos
Quando comecei a ler sabia pouco sobre esse livro, sabia que era uma distopia, mas só? não sabia nada da história e nem busquei saber, o começo do livro é estranho pois não entendemos muito o que tá acontecendo, mas com o passar das páginas vamos nos ambientalizando.. tinha muita fé no Bernard, porém ele se mostrou, na minha opinião, um hipócrita, me passou a sensação de que ele só achava ruim o sistema pq ele não era incluído, quando ele conseguiu ser ?aceito? ele aceitou o sistema, mesmo com as ressalvas que ele tinha. O Helmholtz foi uma surpresa boa, ele sempre foi ?aceito? é muito destacado dentro do sistema é mesmo assim não o aceitava. O selvagem apareceu pra nós mostrar isso. Fiquei triste com o fim do selvagem, e achei o sistema civilizado e o selvagem muitos extremos, mas se tratando de uma distopia não tinha como ser mais ameno.. achei muito bom, e lerei novamente para frente

isabela.mm_ 17/01/2024

Críticas do autor são um tanto confusas
A ideia da obra é muito interessante, comecei a ler por gostar bastante de distopias e por me chamar a atenção já durante as primeiras páginas. No entanto, no decorrer do livro a narrativa vai ficando um tanto confusa e arrastada (?) digamos assim, além de que não consegui compreender muito bem a crítica do autor.
Quer dizer, é evidente que existe a crítica à falta de liberdade do indivíduo em um regime totalitário e tudo o mais, porém a sociedade apresentada no livro é descrita como perfeitamente organizada, em que não há guerras, não há doenças, não há violência e as pessoas são condicionadas desde o nascimento para nunca estarem insatisfeitas e estarem sempre felizes. Quem é que não gostaria de viver em um mundo assim?? Eu particularmente amaria viver nessa realidade apesar dela ser o objeto de crítica do autor, ainda que uma das personagens do livro declare que prefere ser infeliz do que não ter liberdade, que gostaria de ter o direito de ser infeliz (como também de ficar doente, com fome, na pobreza, envelhecer e tudo relacionado). Isso que é algo bastante confuso para mim. Mas, outro leitor pode ter uma percepção diferente da minha.
Não é um dos melhores livros que eu li, mas pode ser interessante a leitura só pra conhecer a obra e o autor dessa época.

ferbortoloso 17/01/2024

#2 desafio literário 2024

?Admirável mundo novo é um livro atormentado e atormentador, uma obra prima da era da ansiedade, um registro vívido da angústia do século XX.? Ursula K. Lê Guin.

Só isso a dizer mesmo.

João Pedro 15/01/2024

História surpreendente, possibilidades diversas.
O desenvolvimento da história me surpreendeu. A expectativa criada nos capítulos iniciais foi pouco a pouco sendo derretida a partir do desenvolvimento e acréscimo de personagens. O possível romance entre personagens se torna plano de fundo para a dinâmica das sociedades Civilizadas e Selvagens. Mas o maior potencial do clássico está no que podemos interpretar para além da história contada. Iniciando com uma narrativa sobre uma tecnologia disruptiva (com base em engenharia genética), logo notamos que, apesar de ser central a interferência da ciência, os efeitos transgridem o mundo físico e são intensos na esfera social - ainda que se possa argumentar que os valores da Civilização já eram compatíveis com as transformações promovidas pela intensa manipulação genética, é certo que a tecnologia levou isso a outro patamar. A correlação de tais valores do mundo da ficção com o mundo real, e da tecnologia do mundo da ficção com o mundo real (alô CRISPR), torna fácil as interpretações que levam à correlações entre o mundo da obra e o nosso mundo.

Uma primeira interpretação, que é tentadora e o autor do prefácio brasileiro a faz, é a interpretação conservadora. De certo, o Selvagem que se manifesta como defensor de certos valores conservadores - como a Castidade, a Família e a Religião -, enfrenta uma luta perdida contra uma civilização que nega explicitamente todos esses valores. Entretanto, apesar de Huxley nós inclinar a ver todos os problemas desse Mundo Novo, ele não esconde também todos os elementos tidos como positivos que foram motivadores para o estabelecimento do princípio da Civilização: a busca da felicidade e a minimização do sofrimento. Fica evidente, portanto, o princípio utilitarista de tal Civilização.

Entretanto, essa interpretação conservadora ao eleger o Selvagem como o último herói da terra, esquece de refletir sobre sua própria conduta. A vivência desse personagem em sua comunidade, marcada por um sincretismo centrado em Jesus Cristo, o leva a condutas também dignas de indignação. Sua relação com a Castidade, por exemplo, o leva não somente a violentar fisicamente diversas vezes a si mesmo, mas também Lenina, por despertar nele o pecado da Luxúria - uma primeira vez em um episódio controverso, em que ela fica nua e o agarra ignorando suas confusas manifestações, e uma segunda vez nada controversa, em que ele a violenta devido à essas lembranças, já no final do livro.

Há vários outros pontos de reflexão e correlação: o atual poliamor, a investigação invasiva e desumanizante de um modo de vida diferente a partir dos olhos da civilização, a engenharia genética como um Risco, a percepção e diálogo entre o administrador e o Selvagem (nos capítulos finais), dentre outros. Tudo isso denota que esta é, de fato, uma grande obra.

Henrique 15/01/2024

Mundo interessante, trama massante
A premissa do livro é sensacional: uma utopia extremamente realista em que todos são coagidos pelo governo a serem felizes e todos os humanos são criados por inseminação artificial e sofrem lavagem cerebral para que acreditem em diversos dogmas impostos de modo a manter a estabilidade do regime.

Posto isso, este me soa como um livro muito mais interessante de ser debatido e comentado do que lido, já que a trama é bem maçante e favorece a construção realista da utopia ao invés de uma trama interessante (o primeiro capítulo, especificamente, é uma leitura densa). Boa parte do livro é apenas uma introdução ao mundo e a história só começa a tomar forma a partir da metade do livro. De fato, eu diria que a única parte realmente empolgante foi a reta final.

Os diálogos da história muitas vezes são confusos, já que as cenas mudam rapidamente, e uma leitura apressada pode acabar se confundindo se não prestar atenção. Um exemplo claro disso é o terceiro capítulo em que três cenários diferentes se apresentam ao mesmo tempo.

Por fim, creio que se alguém for ler este livro é importante se atentar que a história não gira em torno dos personagens, mas sim os personagens em torno da história e que o livro não tem escrúpulos em assassinar a narrativa se necessário para construir melhor a ambientação do mundo. Talvez terem me dito que este livro era melhor que 1984 quando fui comprar tenha me colocado uma expectativa e comparação injustas ao livro (que precisa comer muito arroz com feijão para chegar ao nível de Orwell).

No geral, não me arrependo de ter lido e recomendo a leitura a todos aqueles que se interessam por utopias/distopias.

sofiab_2001 15/01/2024

Esperava mais
O livro traz reflexões interessantíssimas, muito importantes e atuais, e as críticas são muito bem construídas. Porém, a leitura não me prendeu. A trama deixa a desejar em diversos sentidos, além da escrita ser cansativa. De modo geral é um bom livro mas não leria novamente.

Marcus.Santana 14/01/2024

Não funcionou para mim esse livro.
O livro aborda uma sociedade perfeita. Diria que perfeitamente condicionada. Classes sociais que não se percebe, anestesia para fugir da realidade, tudo em prol do bem comum, ou seja, estabilidade. Estabilidade social e felicidade e como consequência desnecessidade de Deus.

Mas esse livro não funcionou para mim. Apesar da interessante discussão entre ter felicidade ou liberdade, o livro no início é muito massante. Começa ficar interessante da página 200 para frente, ou seja, para mim só valeu a pena 1/3 do livro que foi a discussão filosófica e política praticada neste mundo futuristico e distopico sobre a forma de conduzir a população para se ter felicidade, mas pagando o preço pela falta de liberdade. Condicionando a massa para seguir com as suas vidas conforme a elite político deseja.

Daniel.Malaquias 14/01/2024

Um mundo realmente novo
Ganhei este livro no meu aniversário, de um aluno, o que me deixou contente, visto que eu amo livros, ainda mais quando eu os recebo de presente. Eu já conhecia o título, é um clássico da literatura, porém nunca tive o interesse de realizar a leitura e o fato de eu o ter ganho, facilitou o processo. A narrativa começa de forma meio "engessada", sem ritmo. Todavia, no decorrer da trama, o texto prende sua atenção, te faz querer acompanhar a narrativa pra ver o que vai acontecer, de que forma vai terminar. É incrível o desenvolvimento da história, os personagens, o cenário e o futuro distópico narrado em 3° pessoa. Não é a toa é um clássico e realmente a classificação o faz valer. Começar o ano lendo essa obra me foi um presente incrível e bem vindo.

Jonatha8 13/01/2024

O admirável mundo novo e o perigo da busca pelo excesso de dopamina.
Isso mesmo, este livro é sobre felicidade, ou melhor sobre o excesso dela. A nota deste livro não vai ser pela escrita, nem pela criatividade deste livro, embora seja os dois dignos de boas avaliações, e sim pela importância dos escritos e da análise atual da qual o mundo de hoje está inserido. É divertido pensar que o Huxley pensou e escreveu em 1932 uma advertência sobre as escolhas, inclusive também, uma advertência à evolução humana e tecnológica, e a consequência destas. O mundo novo da qual é descrito por Aldous é nada mais que uma sociedade movida pela felicidade excessiva. Essa sociedade, baseada na satisfação pessoal, se privou de algumas, digamos, "questões" características humanas para, através desta ausências, atingir o apogeu da felicidade. De ante mão, já quero te dizer que esse ápice não existe, e que, mesmo acreditando que exista a consciência daquela sociedade que a felicidade da qual eles partilham é falsa, eles se utilizam de um "complemento" para conseguir viverem plenos (esse complemento é mesmo que uma droga).
A questão é, se eu me privo de tudo o que me faz triste, eu vivo feliz?
Essa pergunta é interessante porquê, embora a felicidade seja subjetiva, essa pergunta não é e a resposta é não. Nossa felicidade depende exclusivamente daquilo que me faz ser quem sou, e a tristeza é um dos meios pelo qual somos forjados. A somatória de quem somos é o que nos faz feliz. Eu sou feliz em amar, uma característica herdada de alguém que me amou, mas isso não significa que no amor não há dor. Conclui-se que a felicidade é um estado de espírito e não um dispositivo. Aí vem a pergunta, e porque isso é relevante nos dias de hoje? O fato, ou melhor, o problema é que hoje, cada vez mais, é comercializado essa "felicidade" objetificada. A prova real disso é que conversar com alguém no WhatsApp não é o importante, mas o importante é seu celular caro. Terrível, obscuro mas verdadeiro.
Sobre a Obra, percebi, talvez uma concepção minha, que ela é dividida em duas partes. A primeira fala sobre o funcionamento do Novo mundo. Essa foi umas das partes que eu mais gostei porquê ele nos explica, claro, de maneira ficcional, um estudo sobre como a sociedade daquele futuro chegou aos seus ideais. Então, é aqui que vemos a troca das bases da sociedade, da família, do amor e dos sentimentos, da comunhão por futilidades. Na segunda parte somos inseridos à ótica de um "selvagem" que me fez vacilar em achar a obra perfeita. Um selvagem que lê Shakespeare não é um selvagem, ou eu devo ser um macaco. Mas entendo perfeitamente que a ideia era trazer alguém do nosso mundo imperfeito e fazer esse contraste. Quando esse selvagem aparece e faz suas objeções, confirmando muitas dos pensamentos que fazíamos na leitura da primeira parte, percebemos que o novo e admirável mundo não é tão perfeito assim. O drama segue a sua cena final, respostas essas paras as perguntas "onde fica Deus nisto tudo?" e " qual é a resposta da sociedade as questões levantadas pelo selvagem".
Esse livro é uma crítica ao sociedade capitalista e sua busca desenfreada pelo consumo do objeto felicidade, aos avanços tecnológicos e científicos a medida que se perde o humano.
Admirável mundo novo é sobre um mundo não tão admirável assim.