srlucast 23/04/2024
É um clássico com mérito
Tem uma "trilogia de quatro" livros que eu considero muito importantes, isso não significa que sejam boas, mas eu considero um feijão com arroz importante pra formação da pessoa como leitor, que ela tem que encarar e passar por essas experiências literárias pra crescer. São elas: Laranja Mecânica, Admirável Mundo Novo, 1984 e Fahrenheit 541.
Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley tá na minha opinião looooonge de ser a melhor entre esses da trilogia de 4 livros que existe na minha cabeça, ele tem uma escrita chatinha que não vai agradar muita gente, mas têm seu valor, engula esse livro porque vai valer a pena, dos universos das distopias é o único que eu consideraria viver principalmente pela jornada perturbadora por um futuro distópico moldado pela ciência e tecnologia. Em um mundo onde a reprodução assexuada, o condicionamento psicológico e as drogas psicotrópicas controlam a vida, a estabilidade social e a produtividade são os valores supremos. Nesta sociedade utópica artificial, a individualidade, a liberdade e as emoções humanas são suprimidas em prol da ordem e da felicidade superficial. Através dos personagens John, Bernard e Lenina, somos confrontados com os perigos do totalitarismo, da manipulação em massa e da obsessão com o progresso científico.
As pessoas são condicionadas desde antes de nascerem para gostar do tipo de vida pré-determinadas para eles, a sociedade é extremamente organizada em castas, as pessoas gostam do que fazem e se alguma coisa vier a dar errado tem a SOMA que é uma droga que eles tomam e vão dormir e curtir umas férias dopados, e quando acordam tudo está bem. Eu penso que se é pra abrir mão da individualidade e da liberdade, pela felicidade é uma coisa que vale a pena.
Admirável Mundo Novo força a cabecinha de quem pega esse bendito livro pra ler a refletir sobre os perigos da busca desenfreada pela felicidade e pelo imediatismo, e sobre o que realmente significa ser humano em um mundo cada vez mais moldado pela tecnologia. Eu gosto da forma como Huxley aborda religião aqui nesse livro.