Resenhas - Hamlet, Rei Lear e Macbeth

Rafael1548 31/01/2024

Clássicos!
O autor dispensa comentários.

Este exumar expõe três das quatro¹ tragédias de William Shakespeare. A façanha do autor se mostra na sua expertise de mostrar a alma humana entregue à si mesmo. Shakespeare demonstra de forma magistral o coração humano corrupto de onde "procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem."

HAMLET

Hamlet demonstrar a aflição de uma pessoa pelas imposições da vida. Ao perder seu pai (que lhe aparece posteriormente em forma de fantasma) e ver sua mãe casando-se com o cunhado Cláudio, apenas 1 mês após da morte paterna e que foi exposto pelo fantasma que foi armado por Cláudio numa forma de golpe de Estado.

Juntamente a isso teve que lidar com o fora de Ofélia, seu amor, que fora instigada por seu pai Polônio que se mostrava como "detetive" atrás das cortinas (era o "Maria fifi) e que foi assassinado por Hamlet num desse momentos.

Esse drama familiar, político e borbulhar das emoções humanas levam a vários desastres.

REI LEAR

Lear é um velho monarca que tenta dividir seu reino entre suas 3 filhas, sob a condição de demonstração de amor destas. Cordelia, sob sinceridade de coração, decide não casar-se para cuidar do pai o que foi visto com maus olhos e, por isso, foi deserdada. Depois aparecem as figuras 2 dois filhos do Rei, sendo um legítimo e o outro bastardo e este último busca meios para tomar o lugar do pai.

Um personagem central é o bobo, no qual se mostra como a consciência de Lear. Um cena que chama a atenção é o momento que o bobo é "promovido" a juiz. Me lembrou a Suprema Corte Brasileira de onde saem inúmeras aberrações jurídicas.

No final sangue jorra no seio familiar.

MACBETH:

Por fim, Macbeth mostra o quão terrível é um homem movido por suas ambições, que busca glórias para si.

A personagem recebe predições três bruxas que afirmam que ele será rei, mas que Banquo será pai de reis, ou seja, o reino de Macbeth seria de curta duração.

Mesmo diante de várias vitórias em batalhas, das devidas horárias e distinções sendo feitas, as suas ambições progridem cada vez mais. Agregado a isso, observa- se as incitaçôes de sua esposa, Lady Macbeth, que o instiga a fazer o que for possível para chegar a monarquia (Jezabel purinho essa mulher) não há um final diferente: um banho de sangue sobre outro.

Qual deve ser o limites as aspirações humanas e até onde os esforços devem ir? Uma linha tênue demais para que foi tragado por suas ambições mais profundas.

Carol Martins 13/01/2024

Mds um game of thrones!!
Rei Lear é meu favorito!! Fiquei imaginando ler essas histórias naquela época? q épico!!! Ñ é atoa q Shakespeare tem a fama q tem até hj.

sah_bornelli 06/02/2023

eu mereço um prêmio por ter conseguido terminar
Acho meio complicado fazer resenha de Shakespeare né? Mas vou tentar resumir:

1° lugar - Macbeth: A história é rápida e intensa. Ele é o vilão da sua própria história, pois deixa que a ambição e sua própria crueldade tomem conta de si, e isso gera a própria ruína. Foi a peça que mais fez eu sentir alguma coisa, em que a tragédia pareceu mais real.

2° Hamlet: A peça mais comprida dele e por isso acaba sendo um pouco enrolada em alguns momentos. Gostei da amizade de Hamlet e Horáricio, mas me decepcionei muito com a história da Ofélia, achei que foi meio sem emoção.

3° Rei Lear: Odiei essa, e quase me fez desistir de ler. Personagens demais e por isso a história não é muito linear e eu fiquei extremamente confusa.

Eva 08/08/2021

HAMLET
Meu primeiro contato com Shakespeare e tive a felicidade de gostar bastante de Hamlet. Antes da leitura tinha receio de ser difícil interpretar o texto shakespeariano e, por fim, não gostar. Cheguei a conclusão de que se for uma boa tradução não haverá grandes dificuldades. Na peça vários pontos importantes como a loucura fingida de Hamlet para "despistar" o rei e sua mãe, a rainha, os cortesãos e assim poder planejar melhor sua vingança pela morte do pai, as ironias nas suas falas nas conversas com os personagens, seus monólogos (solilóquios) com as famosas frases e questões filosóficas, entre outros aspectos que tornam a peça uma fonte quase que inesgotável de discussões ao longo dos séculos. Mesmo tendo feito uma leitura com atenção tentando não deixar escapar nada, percebi após assistir vídeos de estudiosos de Shakespeare que me escapou algumas coisas e que as releituras irão engrandecer ainda mais minhas percepções sobre a grandiosidade de Hamlet.

REI LEAR
Em Rei Lear senti mais dificuldade em algumas falas e cenas.
Rei Lear é a segunda do volume que li e pode suscitar muitas discussões a respeito da traição e fidelidade, ingratidão, senilidade. A peça inicia com Rei Lear dividindo seu Reino com as três filhas Goneril, Regan e Cordélia e para isso precisa que suas filhas declarem seu amor e devoção ao pai, a mais sincera ao declarar o que realmente sente e pensa desse amor é deserdada e oferecida para casar sem dote. A partir daí é só tragédia, mentira, traição, humilhação etc. Vale a leitura sem pressa e com atenção para apreciar o máximo de Shakespeare.

MACBETH
Essa peça foi a mais sombria com muitas mortes, ambição e traição.
Macbeth que é um nobre do reino da Escócia que após ter derrotado um traidor do reino da Escócia volta como heroi. Nesse meio tempo se encontra com três bruxas que fazem a previsão de que ele será Rei da Escócia. A partir dai a cobiça de Macbeth e sua esposa, Lady Macbeth crescem a ponto de planejarem a morte do rei para abreviar a chegada ao trono e assim o faz e se torna rei. Disposto a tirar todos os obstáculos para que permaneça no trono da Escócia faz com que ele mate todos os que estejam nesse caminho.
Como em todas as peças anteriores Shakespeare mostra a natureza humana e que o leitor faça uma análise de como as fraquezas e ambições combinadas podem desencadear em acontecimentos e interferir no destino.

A experiência de ler Shakespeare é satisfatória. Pretendo ler mais algumas peças e com certeza reler, pois acredito que a obra crescerá mais ainda nas releituras.

A edição que li é da editora Abril que copilou as três peças em um volume, traduzido por Barbara Heliodora

Cynthia Leite 12/09/2020

De poucos que li de William Shakespeare, esse foi o melhor. Um verdadeiro clássico. O segundo livro mais citado do mundo! Vale a pena a leitura

Wania Cris 10/07/2020

Clássicos que dão prazer (re)ler
Boa parte da obra de Shakespeare que conheci li na escola. Reli essa coletânea em 2012 e agora mais uma vez, com ênfase em Macbeth, recentemente adaptada por Jo Nesbo e o prazer da leitura permanece o mesmo da adolescência. A crítica social e ao comportamento humano é uma das coisas mais geniais que já vi. Vale ler e reler com frequência.

Alessandro117 20/04/2020

Rei da Tragedia.
O livro contêm as três maiores obras trágicas do autor: Hamlet, Rei Lear e Macbeth; Explorando as melhores e as faces mais corruptas do ser humano Shakespeare torna-se único em seus versos: A loucura de Hamlet e a amizade de Horácio, a soberba do pai Lear e a fidelidade de Kent entre vários outros aspectos das três peças.

Hudson 04/06/2016


As três histórias aqui elencadas, retratam obviamente três das quatro maiores tragédias de Shakespeare, excetuando-se por Otelo, que não está presente neste volume, o que é uma pena deveria ter fechado a coleção com as quatro grandes tragédias, a tradução é de Barbara Eliodora, que foi a maior especialista no autor em âmbito nacional, já falecida.

Destaque para as notas, explicativas a tradução bem literal, mas bem cuidada, diferente da de Millor Fernandes que é literariamente mais polida, aqui são traduções literalmente teatrais, devido ao ofício e paixão principal da tradutora, mas nada desabonável.


Há muitas coisas a se destacar, mas acho que este não seria o objetivo da resenha, muitas vezes é impressionante o modo pelo qual o autor consegue construir realidades que nunca vivenciou, ou até mesmo o seu cuidado em pesquisar a historiografia para construir as suas peças, além de outros itens que se repetem, como as lições morais reflexivas dos personagens principais, um séquito de coisas a se observar que deixam a leitura mais interessante.

A divisão do texto em peça teatral, algumas vezes torna a leitura um pouco entediante, pois parece quebrar o fluxo de leitura, mas nada tão grave, é apenas um incomodo.

As três tragédias, devem ser lidas por qualquer pessoa são clássicos atemporais e que ainda podem ser similares ao que vivemos hoje, embora tenha me afeiçoado mais a Hamlet, achando Rei Lear um pouco aquém do que é dito muitas vezes, não empolgou, e Macbeth dá uma importante lição sobre a ambição, deve se ler e refletir sobre o que está sendo lido, existem trechos isolados de uma profundidade reflexiva invejável, sem dúvidas vale a leitura e justificado porque alguém que viveu em 1600 ainda é falado nos dias de hoje.

Juliana Nacci 03/04/2015

Hamlet/Rei Lear/Macbeth
Bom, como são três obras do Shakespeare acopladas em um único livro, farei a resenha dos três livros separadamente. O único problema que ficou pecando no livro são os erros de digitação em "Hamlet" e "Rei Lear", em "Macbeth" não há erros. Parece que quando foram traduzir, a barra de espaço do tradutor quebrou, deixando alguns diálogos "escritostodosjuntos".

"Hamlet"

Um ótimo livro, a história prende o leitor, Hamlet é um personagem inesquecível e também não tem como esquecer a famosa cena do solilóquio "ser ou não ser, eis a questão" e a cena do cemitério na qual ele segura o crânio de Yorick. O final deixa um gostinho de "quero mais", um ótimo livro, realmente.

"Rei Lear"

"Rei Lear", por sua vez, não gostei. Não dá pra entender muito bem a história, não deixa muito explícito. E além de tudo, o livro é maçante, sem frases de impacto, os personagens são chatos, o pior deles é o Bobo e até o Rei Lear se torna chato no fim do livro e não dá pra saber o que alguns personagens estão fazendo na história.

"Macbeth"

"Macbeth" é um bom livro. A história te prende, bem-escrito, os personagens são cativantes, gostei de algumas falas serem rimadas, também é um livro que você fica doido pra saber como acaba. E quando acaba, você fica: "O quê"? Também é um bom livro.

E vale também ver o final do livro, que tem a obra e a vida do Shakespeare, conta dos livros, e tem até algumas obras de arte inspiradas nos livros.

Felipe 18/04/2014

Shakespeare em dose tripla
A editora abril em sua coleção "clássicos" decidiu lançar tres das grandes obras do William em um só livro e o que é melhor, lançou-os em forma de peça teatral, do qual só há diálogos. o que torna a leitura mais rápida, e agora falarei dos tres livros.
Hamlet: conta a história de Hamlet que encontra o fantasma de seu pai que diz ter sido traído.
Rei Lear: conta a história de um rei que decide dividir seu reino entre suas tres filhas, sendo que uma delas é renegada.
Macbeth: conta a história de um general de grande valor que deixa levar pela ambição.
Uma característica predominante nessas obras é que para o autor "o homem é sempre responsável por suas ações, e que toda ação tem consequências".Configurando status de grandes tragédias da literatura. Nelas, a razão se esboroa diante da ambição, da ganancia, das traições, das intrigas, etc. Shakespeare consegue fazer, com o material que encontra já trabalhado por outros, uma obra não só absolutamente sua, como também perfeitamente original, é a condição humana que interessa

Marina 09/01/2013

Mais que sangue..
Em uma palavra é possível definir essas três histórias:tragédia.A tragédia não está em saber que na próxima página ou muito em breve alguém irá morrer,mas saber que os protagonistas não são os "clássicos mocinhos".Aliás mais que isso,em Shakespeare não existem "mocinhos e vilões" mas sim SERES HUMANOS,destes o quais erram tanto quanto nós.
Em Hamlet por exemplo,a justiça e a vingança se mesclam tanto que é praticamente impossível saber qual desses dois se sobressai a Hamlet( o protagonista) e torna difícil a tarefa de julgar este.Mas foi depois que li,foi que entendi:a questão não era julgar e sim entender.Apesar de em Hamlet haver uma verdadeira chacina(depois eu tenho que contar quais foram os poucos que se salvaram kkk) Hamlet foi o que mais se aproximou de herói.
Rei Lear lembra aqueles filmes de suspense em que o vilão está pronto pra atacar com uma faca nas costas do herói e ficamos gritando:OLHA PRA TRÁS!!.Rei Lear também tem outro presente de personagem:o BOBO.Que mesmo com suas falas confusas são cheias de ironia e quando o personagem mais sensato é o Bobo então tem alguma coisa muito errada(kkk)!Outra coisa que faz Rei Lear ser M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O são os personagens.Alguns se tornam lúcidos quando ficam cegos outros só descobrem a verdade ficando literalmente loucos.
Diferente das outras 2 tragédias,o "inimigo" em Macbeth não são personagens externos (Hamlet a principio não era o próprio inimigo e ao final Rei Lear também não) o inimigo em Macbeth é o próprio Macbeth e a causa deixa qualquer um desconfortável porque sabemos que todos nós somos vulneráveis á ela:AMBIÇÃO.Apesar de ser a menor das tragédias o enredo vai se desenvolvendo de forma que quando nos assustamos o guerreiro Macbeth virou aos poucos uma deformação de caráter.
Escrevi aqui,dos protagonistas,mas os demais personagens são tão importantes quanto esses porque ajudam a formar uma teia de intrigas,traição e vingança,alguns até podem serem "tachados" de Bobo mas contribuem de uma maneira que torna Shakespeare incomparável!

Hildeberto 04/08/2012

Ler William Shakespeare é ler o melhor da produção literário humana. Mesmo escrevendo há mais de quatrocentos anos, suas peças continuam a despertar um interesse incapaz de ser medido. Pois podem ter roupagens medievais, mais os temas discutidos permanecem atuais: a condição humana, a fragilidade do nosso ser. Ler essas peças poderia ser uma atividade constantes, pois elas nos lembra quem realmente somos. Em um mundo em que cada vez pensamos menos e nos escondemos atrás de artifícios, as peças desse livro de forma lúdica nos lembram o que somos. " Pois sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos vir a ser".

As três peças são únicas e magistrais. Considero que Hamlet é a indagação moral do que deve ser feito, do certo. Na minha concepção, a peça mostra que não há certo, e sim circunstâncias. Rei Lear evidencia que as aparências são mero nada, o orgulho uma chaga, e bobos somos todos, menos aqueles que realmente se consideram bobos. A minha preferida, Macbeth, é sombria e magistral, curta (e ai está seu defeito) mas mostra a sombras que podem haver em um ser humano, mesmo no melhor da espécie.

Faltam palavras para descrever como esse livro contribui para o amadurecimento da visão do mundo. Foi a minha primeira leitura de Shakespeare, e foi ai que vi o porquê de vários proclamarem sua genialidade.

Carlo 10/09/2011



>>>Valeu amigo Ed, nos últimos tempos vossa senhoria pertuba minha cabeça com Shakespeare, agora estou tonto para degustar essas páginas.

Evy 15/06/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Peças Teatrais / Mês: Junho (Livro 1,2 e 3)
Definitivamente, eu não gosto de ler peças teatrais. Esse mês, com toda certeza está sendo um desafio pra mim. Adoro teatro e assistir peças, mas ler esse gênero literário realmente não é minha praia. Porém, apesar de ter sofrido um pouco pra conseguir concluir a leitura, gostei do desafio, pois assim pude ler mais desse gênero literário que jamais faria sem esse empurrão. E não se pode dizer que é um leitor de verdade, sem ter lido de tudo um pouco e principalmente sem ter lido Shakespeare.

Eu já tinha lido uma peça de Shakespeare, A Megera Domada, que procurei após assistir a peça em São Paulo e acredito que por isso li com maior facilidade que estas três peças que compõem o volume que tenho da coleção Abril. Tive uma certa dificuldade em visualizar algumas cenas, e em outras achei alguns atos drásticos e secos demais. Afora isso, é possível notar em toda a obra a beleza dos textos de Shakespeare e sua contemporaneidade, apesar de terem sido escritos na passagem do século XVI para o XVII.

Não há como não trazer para nossa realidade os problemas e tragédias vividos por seus personagens, além de que todo seu texto tem uma conotação de responsabilidade do ser humano pelos seus atos e que ele arca com as conseqüências deles. Os três livros que li para este desafio: Hamlet, Rei Lear e Macbeth, estão entre as grandes tragédias que Shakespeare escreveu durante sua vida. Em todas as três, o tema é o mesmo: o mal que existe dentro dos homens e o que esse mal faz deles.

Um outro ponto que vale ser ressaltado a cerca das três obras, e de todas as demais obras de Shakespeare é que infelizmente na transposição para o português é impossível não haver uma grande perda em relação ao que Shakespeare poderia querer dizer precisamente em suas palavras. Cada língua tem suas peculiaridades, e não há como não haver um empobrecimento do texto resultante da tradução e interpretação do mesmo.

HAMLET
Hamlet, uma das mais famosas peças teatrais de Shakespeare, tem suas origens nas sagas nórdicas e poderia ser a história de uma vingança, já que o tema está presente do começo ao fim do texto. Mas Shakespeare consegue embutir no texto a condição humana, que é o que realmente lhe interessa. Hamlet, um jovem encantador, procura vingar a morte de seu pai, que lhe aparece em espectro acusando o próprio irmão de sua morte. Desde então, a trama se desenvolve em cenas e passagens interessantes, como a cena dos coveiros e a que Hamlet se passa por louco. Com toda certeza a peça não se resume apenas ao “Ser, ou não ser”, como antes da leitura eu acredita ser. Todos os personagens se encontram num sangrento e trágico drama político e familiar.

REI LEAR
Rei Lear também é uma tragédia familiar, cheia de intrigas. O Rei sente-se velho e cansado e decide dividir seu reino entre suas três filhas: Regan, Goneril e Cordélia. Pede a cada uma delas que declare o seu amor pelo pai. As duas primeiras filhas respondem com adulação que amam o pai acima de tudo e qualquer coisa. Cordélia, no entanto, apoiando-se em sua sinceridade, questiona o porque das irmãs estarem se casando se amam apenas o pai e ninguém mais. Com essa declaração o Rei se irrita e renega a filha, tirando toda a sua herança. O conde de Kent, defende a moça contra a atitude intempestiva do Rei e é expulso também do palácio. Cordélia se casa e parte para a França, onde se torna Rainha apesar de não ter nada. As irmãs também se casam, e quando o Rei decide ir ficar com elas, ambas se negam a acolher o pai e seus cavaleiros. Neste ínterim, entra a história do personagem Gloucester e seus filhos, Edgar e o bastardo Edmund. Edmund trama contra seu irmão, para ficar sendo o único herdeiro do pai. Shakespeare nos mostra magistralmente nesta história, como os enganos dos dois velhos em relação a seus filhos, traz a desgraça a ambos.

MACBETH
Em Macbeth, a situação é a ambição pelo poder. O texto todo parece um pesadelo que é lançado por três bruxas que fazem predições, dizendo a Macbeth que ele será rei e que seu amigo Banquo será pai de três reis. O protagonista que havia acabado de retornar de uma batalha como vencedor e herói, começa a bolar um plano ambicioso de matar o rei da Escócia, apoiado por sua esposa Lady Macbeth, que o atiça o tempo todo a manter-se no caminho de alcançar o poder supremo. No entanto, como é esperado, isso será sua destruição. No Trono, enlouquecido, nota que não tem herdeiros e mata Banquo, iniciando uma perseguição a seus filhos. A obra é um mundo banhado de sangue, um grande pesadelo trágico, com assassinatos e planos de assassinatos sem fim. Uma das cenas mais fortes, em minha opinião, é quando Macbeth vê, no auge de seu remorso pela morte do amigo, o fantasma dele durante um banquete. É o ser humano mostrando a que ponto chega para conseguir aquilo que quer.

Enfim, só não pude avaliar com cinco estrelas a obra, por realmente não gostar do gênero literário, mas é impossível não admitir a genialidade de Shakespeare. Leitura recomendada.

Aninha 15/01/2011

Tragédias e tragédias!
ssa edição contempla 3 das 7 tragédias do grande escritor inglês, cujo tema é o mesmo, conforme Bárbara Heliodora: "como o homem enfrenta o mal que sempre existe e o que o mal faz dele".


1. HAMLET

Trata-se de um drama familiar e político, que se desenrola a partir da aparição do fantasma do rei ao seu filho Hamlet, príncipe da Dinamarca. O motivo? O fantasma confessa ao filho que foi envenenado por Claudio (tio de Hamlet), o atual rei e atual marido de Gertrudes (mãe de Hamlet).
A partir daí, o jovem se faz louco e quase não sobra gente prá ter história prá contar!
Destaque especial para o diálogo de Hamlet e Horácio com os coveiros.
Se você acha que a obra se resume ao "ser ou não ser" ou ao famoso bordão "há algo de podre no reino da Dinamarca" precisa ler a obra toda.

2. REI LEAR

Rei Lear, o rei da Grã Bretanha, decide dividir o reino em 3 e dar as partes para as filhas Goneril, Regan e Cordélia. Para isso, pede para que cada uma fale sobre seu amor ao pai. As mais velhas o bajulam, mas a caçula fala a verdade, com amor. O rei, sem perceber o verdadeiro amor desta, se irrita, divide o reino em 2 partes e deserda Cordélia.
O rei da França aceita casar com Cordélia, pois "ela é um dote em si" (verso 241) e partem.
Tudo podia acabar por aí, mas aos poucos as filhas mostram quem realmente são ao impor limites às vontades do pai. Este descobre, tarde demais, quem foi a filha que verdadeiramente o amou...
Em paralelo, outras histórias se entrelaçam à trama principal, como a do fiel conde de Kent e a do conde de Gloucester e de seus 2 filhos, Edgar (legítimo) e Edmund (bastardo).
Traição, ambição, erro de julgamento, arrependimento, dor, amor e morte. Todos esses ingredientes aparecem nessa tragédia, que é considerada "a definitiva" obra-prima de Shakespeare.

3. MACBETH

Tudo começa quando 3 bruxas prevêem o futuro de Macbeth, primo do rei Duncan (rei da Escócia).

Ao ver que as bruxas acertaram as 2 primeiras previsões em curto espaço de tempo, Macbeth planeja matar o rei para que a terceira ("um dia [você] há de ser rei!") também se cumpra logo.

Sendo assim, Macbeth e Lady Macbeth planejam a morte do rei quando esse se encontra hospedado em sua casa e decidem culpar os guardas. O rei é assassinado e, a partir daí, para encobrir falhas do meio do caminho, muitas mortes acontecem.

Loucura, ambição ao poder e culpa são tratados nessa tragédia de forma que só um mestre como ele é capaz.

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2010/10/hamlet-rei-lear-e-macbeth.html