Os rios profundos

Os rios profundos José María Arguedas




Resenhas - Os Rios Profundos


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Patrick 06/10/2020

O jovem Ernesto
Reduzir esta obra a uma simples narrativa de um adolescente deixado pelo pai em um colégio interno de um pequeno povoado peruano seria uma análise muito rasa. A história de Ernesto é a própria historia da miscigenação ocorrida no Peru (e em boa parte da América Latina). Onde o mundo dos nativos, dos não nativos e dos filhos desta mistura se encontram e se tornam um só. Fico a imaginar o deleite que não deve ser a um cidadão peruano, ávido por conhecer suas raízes, a leitura deste livro.
comentários(0)comente



Lilian 07/05/2020

Cultura peruana
Achei o livro bem chato, só terminei porque sou guerreira! Hahahaha
Mas eu em geral não gosto de histórias de adolescentes amadurecendo e o livro é exatamente isso: novas experiências, visão de um mundo diferente e experimentações
comentários(0)comente



Valério 06/07/2015

Essência profunda
Arguedas preparou uma obra de alcance variável. Digo assim, porque cada leitor chegará atá um determinado ponto. Tamanha a profundidade (que acredito que muitas vezes eu não tenha alcançado durante a leitura).
O livro nos aproxima de nossa essência. Nos traz para as importância que não vemos. Nos faz titãs, pelo escancaramento do aparente apequenamento. Singelezas naturais e humanas nos são apresentadas em toda sua grandiosidade, pelos ainda puros olhos da alma de um garoto de 14 anos, com a sensibilidade de um sábio centenário. O mundo visto com os olhos que já não possuímos, olhos que se esquecem de enxergar o mundo em sua composição original. Quanto há em nossa volta de beleza que não percebemos por nunca prestarmos atenção? Durante o prazo de uma vida, quanto perdemos correndo atrás do que, no fim, pouco importa? Quantos lugares, pessoas e sentimentos passam batidos? Quem e o que você está deixando passar hoje, incógnito?
Pela sensibilidade juvenil do protagonista, percebemos que somos mais parte do mundo do que nos habituamos a enxergar. Os acontecimentos diários para os quais damos muita importância são apenas o pano de fundo para uma existência com sentido. Sem sentido é tudo aquilo que nos afasta da mundo entrevisto por esse garoto.
Um pouco mais de vida, um pouco mais de visão, um pouco mais de humanidade.
comentários(0)comente



Ricardo Rocha 17/11/2011

A costa e a serra desde adentro. Do quichua ao espanhol há um caminho de sangue. Um selvagem, um santo, vocação de suicida. Há um destino pessoal ou o destino de um povo? E se não há destino, o que é mais provável, que as coisas inanimadas dêem seu testemunho, sugiram suas metáforas, de resto nao ouvidas pelo dominador, que hoje são todos. A história não é de todos. Mas, por um ou outro acaso, como encontrar esse livro, a literatura pode ser como um manto de flores que os rios carregam



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR