Os Manuscritos Perdidos

Os Manuscritos Perdidos Charlotte Brontë




Resenhas - Os Manuscritos Perdidos de Charlotte Brontë


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@gataleitora 25/12/2019

uma obra maravilhosa
" Tantos livros testemunharam e suportaram fatos extraordinários como parte de suas vidas em coleções particulares,mas em geral, com o tempo, essas histórias acabem perdendo, são apagadas, negligenciadas ou esquecidas, juntamente com os ricos detalhes dos outros objetos e das vidas particulares que foram tocadas, e talvez moldadas, por algo que não está entre eles."





Não sei vocês mas eu fui criada para tratar um livro como uma jóia. Não se pode escrever, não se pode marcar, não se pode fazer nada além de ler. Mas eu sempre achei que um livro provar que tinha sido meu precisava ter minha marca, ter minha história. Claro que eu não sou famosa e nem terei ninguém alem da minha família interessado em meus pensamentos, mas sempre imaginei minhas próximas gerações pegando e percebendo como aquele livro me marcou. Ao ler Os Manuscritos Perdidos de Charlotte Bronte eu tive q certeza de que um simples livro para trazer muito mais do que sua própria história.



O que me deixa triste é que a família Bronte que foi marcada por tragédias também passou por grandes privações e não usufruiu da grandeza e dos números financeiros de sua fama.



" Após a morte de Patrick em 1861, os bens da casa foram vendidos em um leilão, incluindo o exemplar de The Remains of Henry Kirke White da Sra Bronte, que passou às mãos de colecionadores particulares nos Estados Unidos."



Este livro traz a opinião e os estudos de 5 ensaístas especializadas na história desta família de escritores. Cada uma delas mostra a riqueza que o livro , The Remains of Henry Kirke White, foi capaz de trazer ao longo de sua história e tantas mãos que o folhearam. Além de textos inéditos escritos por Charlotte Bronte ainda jovem que foram encontrados no seu interior, a obra ainda traz em suas páginas, desenhos e observações feitos por cada membro da família Bronte que teve acesso a ele.



" Após a morte prematura de Maria, o exemplar, que se tornara uma valiosa recordação, foi lido por todos os membros da família. Ele também foi usado como um repositório, os filhos e o pai acrescentando comentários, fazendo rabiscos, caricaturas e anotações nas paginas."



Nestes ensaios, cada uma das estudiosas se debruça em um aspecto destes detalhes encontrados para tecer teorias sobre como a infância e boa parte da vida dos filhos Bronte foi regada pela criatividade em criar histórias trazendo seus pensamentos mais íntimos sobre política, costumes, religião, atualidades.



O papai Bronte, Patrick Bronte, sempre estimulou seus filhos a ler e estes inicialmente escreviam juntos ,mas aos poucos se dividiram em duplas, Charlotte com Branwell, Emily com Anne. Os ensaios tambem analisam a influência da obra de Henry White sobre as escritas da família. Henry White que foi colega de Patrick Bronte, que também morreu muito jovem e que em sua poesia mostrava a fragilidade da vida. Obra que acabou sendo cuidada como uma relíquia da mãe por toda a família Bronte e ajudou os filhos a conectar com a mesma através de sua leitura.



" Percebe-se claramente que alguns dos Brontes se inspiraram nos poemas de White. "



Os Manuscritos Perdidos de Charlotte Bronte tem um prefácio de Jude Dench, presidente da Sociedade Bronte, uma introdução apresentando um panorama geral do que encontraremos nos cinco ensaios, além de ilustrações, fotos da peças encontradas da família Bronte, desenhos e uma explicação final sobre o que é a Sociedade Bronte.



Uma obra interessante e com uma linguagem de fácil entendimento para leitores leigos como eu e que são curiosos sobre a vida e a escrita da família Bronte. A edição da Faro traz uma fita para fechamento do livro, capa dura, boa tradução, folhas iniciais decoradas .



5/5 estrelas.



site: http://www.minhavelhaestante.com.br/
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Gio 18/01/2020

Conexão
Esse livro nós aproxima da vida dos irmãos Brontë e de sua principal inspiração para tormarem-se escritores. Eu digo irmãos, e não irmãs, pois Branwell está incluso nisso também.
Entender a importância de um livro, pertencido a mãe, uma mera lembrança física, que não possuí marco algum da mulher, é muito grande. Os irmãos, pequenos ainda, se mantinham alegres ao possuírem essa conexão e claramente marcar suas páginas com comentários e desenhos era uma forma de alimentar essa criatividade tão precoce.
Com esse livro, pude me conectar ainda mais com essas três mulheres que tanto admiro. Seus escritos são maravilhosos e poder entender os mesmos mais a fundo é uma experiência sem.igual.
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Nise | @saymybook 03/02/2020

Uma narrativa cheia de curiosidades!
Aqui temos a história do livro THE REMAINS OF HENRY KIRKE, um livro que pertenceu a Maria - que sobreviveu a um naufrágio .

Após a morte prematura de Maria, o exemplar - que se tornara uma valiosa recordação - foi lido por todos da família. Ele também foi usado como um repositório, os filhos e o pai acrescentando comentários, fazendo rabiscos, caricaturas e anotações nas páginas .

Durante todo o livro é contado toda a trajetória desse livro, as pessoas que o tiveram em mãos. Após um intervalo de 154 anos o livro está nas mãos do Brontë Parsonage Museum em Haworth .

Foi super interessante ler esse livro, saber um pouco mais da história dos irmãos Brontë e saber que muitos acontecimentos da vida deles que acabou inspirando seus livros .

Esse livro realmente é uma jóia maravilhosa para todos que já leu algo dos Brontë. É sempre gratificante saber um pouco mais sobre o que inspirou um autor, principalmente se for um autor mais antigo, e saber o que provavelmente estava passando em sua cabeça ao escrever.

Não posso deixar também de elogiar a Faro Editorial que fizeram uma edição simplesmente maravilhosa!
???????
? O REMAIS é um objeto extraordinário, finalmente, porque os antigos donos colocaram muito de si entre as páginas: suas histórias, seu conhecimento, seus valores e, por último, seu desejo de estabelecer um vínculo permanente com o livro como um objeto físico. Poucos objetos podem fornecer tantas provas tanto de sua origem quanto de suas viagens. Cada inscrição dentro do REMAINS - cada camada encadernada entre suas capas - indica uma miríade de coleções, pessoas e ideias correlacionadas. Nem os ossos de um túmulo, nem as cinzas de uma urna contêm as histórias que continuam a existir dentro do REMAINS ?
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 15/02/2020

Nem sempre um livro é só um livro.
Ao reaver um livro que era o bem mais precioso da família Bronte, a sociedade que cuida dos bens dessa família, descobre que esse livro esconde grandes segredos, e que pode nos mostrar como era a vida daqueles que escreveram grandes histórias!
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Alan (@coracaodeleitor) 03/03/2020

Ótima fonte de conhecimento
Resenha do Instagram @coracaodeleitor

Hoje iremos conversar sobre "Os manuscritos perdidos de Charlotte Brontë" que foi lançado aqui no Brasil pela nossa querida @faroeditorial nessa edição linda, com cinta, laço, em capa dura e cheia de imagens recuperadas no tempo que são incríveis.

Um livro muito importante para a família Brontë chegou em nossas mãos. Resgatado de um naufrágio, passando de geração em geração, toda a família leu o livro e não só isso, eles usavam para anotações também.

O livro traz muitas das inspirações da família Brontë para a composição de seus livros e inclusive um dos principais que é "O Morro dos ventos uivantes". O livro em questão se chama "The remains of Henry Kirke White" que em adaptação livre seria, "Os legados de Henry Kirke White" e podemos ver ao longo de "Os manuscritos" o quanto esse livro foi influente na família Brontë e a carga histórica que ele trás sobre essa família.

O livro traz uma introdução da atriz Judi Dench que é a atual presidente da sociedade Brontë é mais 5 ensaios que nos trazem um vasto conhecimento sobre a família, suas obras e suas influências.

A linguagem é muito fácil e acessível. Se você quer conhecer mais sobre os irmãos Brontë é uma obra indispensável, realmente uma preciosidade.

Falei irmãos pois aqui também fala bastante sobre o irmão das famosas autoras.

Fica aqui uma belíssima dica para fãs e não fãs das obras Brontë.
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Leonardo 15/04/2020

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje decidi trazer algumas informações a respeito da família Brontë. Não conhece? Não tem problema nenhum! Até porque você pode não conhecer pelo nome, mas provavelmente já deve ter ouvido falar do romance O Morro dos Ventos Uivantes e Jane Eyre, certo? Pois então, ambas as obras foram escritas pela família Brontë! Além de Charlotte, toda sua família tinha uma veia artística muito forte, que tal conhecermos mais a respeito deles?




É inegável a contribuição da família Brontë para a literatura universal. Mesmo para aqueles que não conhecem esse nome, podem ao menos conhecer alguns dos romances escritos pelas irmãs desta famosa família, tais como O Morro dos Ventos Uivantes e Jane Eyre. Pois bem, Charlotte tem legiões de fãs pelo mundo todo por conta de sua escrita incrível e sensível, a autora foi capaz de nos presentear com romances que tocam e nutrem nossa alma.

Pois bem, pensando nesses fãs, a Faro Editorial nos presenteia com Os Manuscritos Perdidos, de Charlotte Brontë! Desde o falecimento da família Brontë, muito do material pessoal das famosas irmãs foram leiloados e disponibilizados em museus, entretanto muitos não tinham conhecimento de um livro, esse foi obtido por Maria Branwell, a mãs da família. Tal livro tinha um apreço gigante pelos Brontë depois que sobreviveu a um naufrágio praticamente intacto.


Por conta desse enorme apreço, o livro circulou por toda família, e depois da morte deles, foi adquirido pela Brontë Society, ali, foi descoberto alguns manuscritos de Charlotte, projetos e anotações recorrentes de sua vivência! Logo, um grupo de pesquisadores passaram a analisar o conteúdo até então inédito!

Pessoal, o livro é incrível! A Faro caprichou e nos ofereceu uma edição maravilhosa em capa dura e toda bem trabalhada com ilustrações e artes para as diferentes partes do livro. É muito lindo ver o cuidado tanto com os editores quanto como os pesquisadores ao abordar os manuscritos de uma das maiores famílias literárias de todos os tempos, confesso que da Charlotte eu só li Jane Eyre, mas depois de conhecer um pouco mais a respeito de sua vida e trabalho, estou muito animado para ler sua obra completa!

site: http://oporaoliterario.blogspot.com/2020/02/resenha-os-manuscritos-perdidos-de.html
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Thay Freitas 17/05/2020

Incrível!
“Descobrir manuscritos inéditos de Charlotte Bronte, uma das maiores e mais amadas escritoras inglesas, é um marco célebre – e a história por trás dessa descoberta é igualmente incrível.”

O livro é introduzido com esse trecho que tanto nos diz sobre o que esperar dele. Sim, o livro é um verdadeiro deleite para os admiradores da Família Brontë.

Tudo tem início a partir de um livro que Maria Branwell, matriarca da família, possuía e que - de forma intacta - sobreviveu a um naufrágio durante uma travessia. Depois de recuperado, ele foi entregue de volta à família que, depois de tudo que aconteceu ao livro e por tudo que ele representava para todos após a morte de Maria, ele foi tido com muito apreço por Charlotte, Emily, Anne, Elizabeth, Maria, o irmão Bramwell e o pai Patrick que utilizaram o estimado bem não só para leituras, mas também para anotações... no que era para eles, uma preciosa recordação de Maria e que posteriormente nos presentearia com textos maravilhosos (alguns nunca publicados) de Charlotte.

Após a morte de todos e depois de passar por vários lugares e pessoas, ele foi adquirido pela Brontë Society, uma sociedade que tem como presidente, Judi Dench, uma fã incondicional da família. O livro tem início com a apresentação dela, mostrando todo seu apreço pela família que marcou gerações.

A edição está – impecavelmente – maravilhosa. O livro é um transcrito de informações ricas e muito bem exploradas e colocadas. Fotos, fragmentos poéticos, pinturas, autorretratos e manuscritos reais e de uma riqueza de detalhes incrível, você se sente de fato conhecendo de perto as memórias da família. Que grande acerto da Faro ♥

Continue lendo em: https://sankasbooks.blogspot.com/2020/05/resenha-os-manuscritos-perdidos.html
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Cla 16/07/2020

Resenha de Manuscritos Perdidos.
Ler esse livro foi um experiência bem diferente para mim. Eu nunca havia lido um livro desse gênero (uma espécie de biografia). Mas gostei bastante.
Esse livro conta sobre vários assuntos, envolvendo muitas pessoas. Inicialmente, nos dois primeiros capítulos, nós lemos sobre o livro onde dentro dele foram encontrados os manuscritos de Charlotte Brontë, e entendemos como este livro chegou até as mãos dos mais jovens Brontë. Estes primeiros capítulos, na minha opinião, não foram tão interessantes. Mas, os outros capítulos do livro foram bem legais. Neles, descobrimos um lado bem diferente de Charlotte que nunca conheceriamos apenas lendo suas obras.
Todos os capítulos são muito bem explicados e bem escritos.
O último capítulo do livro foi o meu favorito, e o julgo muito importante para os fãs das obras das irmãs Brontë. Neste capítulo, nos é apresentado o poema completo "Clifton Grove" escrito por Henry Kirke White, escritor do livro "The Remains of Henry Kirke White" (livro em que dentro estavam o manuscritos). O livro " O Morro dos Ventos Uivantes", escrito por Emily Brontë, foi baseado neste poema, "Clifton Grove". E neste capítulo, são explicadas diversas coisas sobre essa obra de Emily, que nos faz entender melhor a história e até mesmo olhar de uma forma diferente para ela.
Foi muito interessante saber sobre tudo que o livro conta. Recomendo para todos os fãs das irmãs Brontë.
:)
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Beta Oliveira 01/08/2020

Este livro é formado por manuscritos de Charlotte Brontë, com colaborações de Anne Dinsdale (que escreveu o prefácio), Barbara Heritage, Emma Butcher, Sarah E. Maier, Ann-Marie Richardson.
Ele trata da importância da redescoberta de "The Remains of Henry Kirke White", um livro que pertenceu à Maria, a matriarca dos Brontë, e onde estavam guardados manuscritos da juvenília de Charlotte.
O que todas as especialistas envolvidas defendem e ressaltam é como este livro estabeleceu uma ligação dos filhos com a mãe, que morreu jovem e de que forma isso impactou nas obras, especialmente Charlotte e Emily.
E este mesmo livro já incentivou e ainda permitirá muitos estudos para preencher as lacunas e o conhecimento sobre a família para os pesquisadores e os apaixonados pela literatura criada pelos Brontë.

O texto completo é o capítulo 1.700 do Literatura de Mulherzinha, confira:

site: https://www.literaturademulherzinha.com.br/2020/07/cap-1700-os-manuscritos-perdidos-de.html
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Dressa Lopes 16/08/2020

Os manuscritos perdidos de Charlotte Bront?
É um livro que atravessou a virada do velho mundo para o novo e que trás á historia de uma das famílias mais importantes da literatura mundial. É composto por artigos de pesquisadoras das obras das Brontë que analisam um texto inédito que foi encontrado dentro de um exemplar de The Remains of Henry Kirke White, exemplar esse que foi perdido no mar, depois achado e devolvido a família. Com o passar do tempo e depois da morte da mãe, esse livro (The Remains of Henry Kirke White) se tornou o único elo entre a família com a falecida mãe. Lido e relido diversas vezes, foi recebendo comentários e anexados textos novos dos jovens escritores. Com a morte de toda a família o The Remains of Henry Kirke White foi a leilão, mudou de pais e por fim em 2015 a Brontë Society conseguiu comprar e finalmente levar ele para o museu em homenagem a família na cidade de Haworth, no condado de Yorkshire que se chama The Brontë Parsonage Museum.Minha experiêncexperiência de leitura foi muito rica, classifico esse livro para iniciantes na leitura das Brontë e também como um livro de consulta para quem já lê as obras. Nele pude conhecer um pouco mais do dia a dia e costumes deles. Dou 5 estrelas. Se você tiver oportunidade, leia esse livro! 🌟🌟🌟🌟🌟
☕🌻
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Karin 16/10/2020

Tenho interesse em tudo que envolve as irmãs Bronte. E esse livro traz muitas informações da dinâmica familiar!
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Vai Lendo 12/11/2020

Quando uma escritora clássica se torna um marco da história da literatura, muitas pessoas começam a estudar o seu estilo de escrita, de desenvolvimento de narrativa e personagens. Além disso, sua vida gera curiosidade. No caso de Charlotte Brontë, não foi diferente. Assim, qualquer nova descoberta tanto sobre a sua obra quanto a sua vida revela um novo mundo de possibilidade de análises. Em 2016, a Sociedade Brontë, da qual Judi Dench (sim, a maravilhosa atriz) é presidente, conseguiu adquirir um novo manuscrito da juvenília de Charlotte, após ele ter feito uma longa viagem pelo mundo. E, no livro Os Manuscritos Perdidos, publicado pela Faro Editorial, conseguimos saber mais sobre ele e sobre essa escritora incrível.

OS ARTIGOS DE OS MANUSCRITOS PERDIDOS

O livro é dividido em cinco estudos. O primeiro deles, escrito por Ann Disdale, fala sobre a história brontiana do percurso do livro onde os manuscritos foram encontrados. A mãe de Charlotte, Maria, tinha poucos pertences e, entre eles, estava o exemplar de The Remains of Henry Kirke. Na mudança para um novo lar, inclusive, o baú aonde estava o livro sobreviveu a um naufrágio. Esse livro realmente era para pertencer à família Brontë.

“Desse modo, os livros parecem sítios arqueológicos: as alterações realizadas por várias mãos são camadas de depósitos – os estratos deixando ainda outra camada de resíduos históricos com as atividades dos leitores e donos atuais. Os livros não tratam apenas de história: eles constituem e incorporam o próprio registro histórico vivo. É precisamente porque os livros têm esse poder de encapsular o passado que servem como lembrança da efemeridade do presente. Todo ‘livro velho’ é um memento mori, que sobrevive aos seus donos, lembrando-nos de que somos apenas os curadores temporários das histórias que seguramos nas mãos.”

Por sua vez, o segundo estudo desenvolvido, de autoria de Barbara Heritage, nos introduz a quem foi Henry Kirke e como a sua poesia marcou a literatura inglesa. O próximo, de Emma Butcher, já nos apresenta os manuscritos encontrados dentro do exemplar da mãe de Charlotte. Ele é um claro exemplo da sua escrita de juvenília, quando se aventurava na Cidade de Cristal e em Angria, reinos inventados na infância com seu irmão Branwell, e com personagens de caráter duvidoso e aventureiros.

É justamente sobre essa criatividade da juventude de Charlotte que Sarah E. Maier discute no penúltimo estudo do livro. Nele, ela lembra da coragem da autora em falar sobre homens, violência e crenças em um momento no qual as mulheres que conseguiam escrever – que já não eram muitas – não se arriscavam para além do romance. Por fim, Ann-Marie Richardson desenvolve a possível influência que o Remains, de Kirke, possa ter em O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë.

VEREDITO…
Os Manuscritos Perdidos é um livro especial, feito sob medida para aqueles que buscam um pouco mais do que as obras da família Brontë, em especial Charlotte, e perfeito para os estudiosos de literatura inglesa. Para mim, foi uma leitura que me tirou da zona de conforto, cheia de informações incríveis e inéditas, e fez crescer minha admiração pela autora de Jane Eyre. Espero que faça o mesmo por vocês.

site: https://www.vailendo.com.br/2020/09/28/conheca-os-manuscritos-perdidos-de-charlotte-bronte-especial-irmas-bronte/
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Tamires 23/11/2020

Os manuscritos Perdidos de Charlotte Brontë (e sua família)
Estive profundamente encantada nas últimas semanas pelo livro Os manuscritos perdidos, (várias autoras — incluindo Charlotte Brontë), sobre uma das famílias mais amadas da literatura mundial, os Brontë! Aqui temos vários ensaios sobre um livro que pertenceu à Maria Branwell, mãe dos irmãos Brontë, The remains of Henry Kirke White (1810). Este exemplar sobreviveu à um acidente de navio (sem vítimas, mas com perdas de vários objetos transportados) em 1812 e passou pelas mãos de vários colecionadores, até retornar à Inglaterra, ao Brontë Parsonage Museum, em Yorkshire.

Note que eu disse “irmãos Brontë” e não “irmãs”, como comumente digo ou dizem por aí. Maria Brontë foi mãe de Maria, Elizabeth e os (mais) famosos, Charlotte, Branwell, Emily e Anne. Branwell, único filho homem desta família, também foi escritor, além de pintor, tendo pintado, inclusive, o retrato mais famoso das irmãs Brontë (veja abaixo). Não chegou a publicar nenhum livro, sua produção artística não obteve sucesso, muito devido ao vício dele em álcool e ópio. Todos os irmãos, em maior ou menor importância LITERÁRIA, são mencionados nOs manuscritos.

Mas, voltando ao Remains: sabe o que este livro tem de especial? A família o usava como uma lembrança de Maria, que faleceu em 1821. Sendo assim, além de seu conteúdo original, também muito amado pelos Brontë, o livro acabou se tornando um objeto com significado de união e registros de toda a família. Eles tinham o hábito de fazer anotações nas páginas do Remains, então vocês podem imaginar o tanto de material biográfico sobre os Brontës foi encontrado ali! Além disso, encontraram, também no exemplar, alguns manuscritos de Charlotte Brontë, inéditos até então!

“(…) os livros parecem sítios arqueológicos: as alterações realizadas por várias mãos são como camadas de depósitos — os estratos deixando ainda outra camada de resíduos históricos com as atividades dos leitores e donos atuais. Os livros não tratam ‘apenas’ de história: eles constituem e incorporam o próprio registro histórico vivo. É precisamente porque os livros têm esse poder de encapsular o passado que servem como lembrança da efemeridade do presente. Todo ‘livro velho’ é um ‘memento mori’, que sobrevive a seus antigos donos, lembrando-nos de que somos apenas os curadores temporários da história que seguramos nas mãos.”

Barbara Heritage no artigo A arqueologia do livro. Memento mori é uma expressão latina que significa “lembre-se da morte”; nota da tradutora Thereza Cristina Rocque da Motta

Os manuscritos traz uma reunião de cinco ensaios de especialistas sobre esse tesouro que quase afundou no mar, foi parar nos Estados Unidos e hoje está disponível para todos os leitores que admiram essa família notável. Alguns temas acabam se repetindo, mas cada artigo usa o Remains como ponto de partida para analisar algum aspecto da vida e da obra da família Brontë.

Acredito que este seja um livro para os fãs desta família de notáveis, ou aqueles que gostam de conhecer detalhes da biografia de grandes autores. Para mim, é como se eu tivesse tendo acesso aos “bastidores” da escrita de alguns dos meus romances favoritos.

O último artigo dOs manuscritos, Reinventando o céu, de Ann-Marie Richardson, traça um paralelo entre as anotações e desenhos encontrados no Remains e os comentários de Cathy, através da descrição de Emily Brontë em O morro dos ventos uivantes. A autora também mostra como o poema Clifton Grove, de Kirke White (transcrito nOs Manuscritos), pode ter sido uma forte inspiração para a composição do único romance de Emily. O livro de Kirke White serviu como ponte entre os filhos órfãos e a mãe (e mulher, não nos esqueçamos de que o livro era de seus tempos de solteira), Maria Branwell, que quase nada deixou de registro próprio no Remains. O apego a este livro era quase como uma invocação de um fantasma. Quem já leu O morro dos ventos uivantes também vai traçar, inevitavelmente, este paralelo, especialmente depois de ler este ensaio. Na verdade, a vontade agora é de reler o romance!

“O que para mim não está ligado a ela? (…) e o que não faz com que eu me lembre dela? (…) [o] mundo inteiro é uma terrível coleção de lembranças de que ela existiu, e de que eu a perdi!”

Trecho de O morro dos ventos uivantes retirado do livro Os manuscritos perdidos.

Sobre os textos inéditos de Charlotte Brontë: são esboços, obviamente. Um conto e um poema. Mas dois dos ensaios dOs manuscritos dedicam-se a examiná-los com uma super lupa: Uma visita a Haworth: unindo fantasia à realidade, de Emma Butcher, que faz uma interpretação do conto inédito em que os personagens ficcionais da Cidade de Cristal (ver Juvenília de Charlotte Brontë) chegam a Haworth e encontram os moradores; e Cristais partidos: rapazes, sede de sangue e beleza, de Sarah E. Maier, que a partir das anotações e fragmentos do Remains, reexamina a juvenília de Charlotte Brontë, com foco no tema da masculinidade.

Sobre o exemplar, acho que as fotos dizem mais do que eu poderia expressar (dá uma olhada lá no blog, link no perfil ou abaixo!): lindíssimo, capa dura, um detalhe super delicado no fechamento, todo ilustrado, colorido… Enfim, foi uma espera (namorei bastante antes de comprar!) que valeu muito, fiquei realmente surpresa com a qualidade do exemplar e do conteúdo! Os artigos são bem gostosos de ler e o prefácio foi escrito pela atriz Judi Dench, presidente da Sociedade Brontë.


Título: Os manuscritos perdidos
Autoras: Ann Disdale, Barbara Heritage, Emma Butcher, Sarah E. Maier, Anne-Marie Richardson e Charlotte Brontë
Prefácio: Judi Dench
Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta
Editora: Faro Editorial
Páginas: 176

site: https://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-os-manuscritos-perdidos-de-charlotte-bronte-e-sua-familia/
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Ket 26/03/2021

Um livro imprescindível para os amantes da literatura inglesa e em especial da família Bronte. "Os manuscritos perdidos" nos apresenta um conjunto de ensaios que foram elaborados após a descoberta de um poema e um conto, ambos inéditos, da Charlotte Bronte. Os textos da autora inglesa estavam encadernados dentro de um livro que pertenceu à mãe dela, Maria Branwell e que estava nos EUA, em posse de um colecionador particular.

Mas a descoberta se tornou ainda mais preciosa porque, além dos textos inéditos de Charlotte, o exemplar também ofereceu aos olhos modernos uma série de marcas (caricaturas, desenhos, rabiscos, mensagens) que a família Bronte inteira foi deixando ao longo do tempo. Um tesouro literário!

Um objeto de estudos fascinante!

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Desireé (@UpLiterario) 29/03/2021

Um livro e muitas histórias. (@upliterario)
A família Brontë é uma das famílias mais amadas e aclamadas da literatura e qualquer achado das irmãs acaba sendo motivo de muita comemoração. Resgatado de um naufrágio e após dois séculos perdidos, um livro foi encontrado e dentro dele havia mais de uma história. Havia uma verdadeira relíquia.
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Um exemplar de The Remains of Henry Kirke White, que havia pertencido a Maria Brontë, mãe das irmãs Brontë, sobreviveu a um naufrágio e passou de mão em mão pelos membros da família. Mais do que acolher seus escritos originais, o exemplar serviu de receptáculo de pensamentos, reflexões, poemas e ilustrações da família. Entre páginas, trechos em branco, bordas, foram encontradas verdadeiras relíquias.
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A obra da Faro se destaca não apenas pelo achado, mas ainda pela sua bela apresentação. Com um prefácio e uma introdução capazes de ambientar qualquer leitor leigo, Os Manuscritos Perdidos destrincham os escritos da família e nos contam a história desse achado.
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"Após a morte prematura de Maria, o exemplar, que se tornara uma valiosa recordação, foi lido por todos os membros da família. Ele também foi usado como um repositório, os filhos e o pai acrescentando comentários, fazendo rabiscos, caricaturas e anotações nas páginas."
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Além disso, a bela obra em capa dura, ornamentada em seu interior, acompanha uma série de fotos e ilustrações e ainda uma fitinha amarela para embalarmos o livro, que é um charme à parte.
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"Não se iluda imaginando que exista ao menos um pingo de bondade em mim."
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Mais do que trazer ao público esboços perdidos, conhecemos a história da família e, principalmente de Charlotte e como sua imaginação sempre foi além do comum e dos padrões da época. Um estudo belíssimo, leve e de fácil leitura. Adorei!

site: www.instagram.com/upliterario
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