Os documentos da censura aos livros e aos intelectuais encontrados junto aos múltiplos acervos brasileiros comprovam que o controle da cultura foi sempre uma questão de Estado. A censura, assim como a violência físico-simbólica, fizeram parte dos projetos políticos articulados em diferentes momentos de nossa história. Assim, responde pelo gerenciamento da brutalidade e pela promoção do medo e da auto-censura. No entanto, ao debruçar-se sobre arquivos históricos, a autora constata que muitos autores nacionais ajudaram na metamorfose desta realidade.
Escrito com o propósito de acompanhar uma exposição iconográfica homônima, este ensaio nos mostra os arquivos do DEOPS e põe à disposição do público as informações contidas neles. A exposição e a publicação do livro atiçaram o debate sobre a necessidade da abertura dos arquivos policiais em todo o país. A repercussão alcançada pelo tema atestou o ineditismo das fontes e o quanto ainda temos que pesquisar acerca de nossa história contemporânea.