Lógicas de Transformação: críticas da democracia

O GP Lógicas de Transformação visa analisar rigorosamente o modo democrático de governança, especialmente a versão contemporânea de democracia e suas técnicas biopolíticas de governabilidade comumente apoiadas numa lógica destrutiva e excludente do capital. Afirma-se como objetivo a articulação das lógicas e dos processos de transformação coletiva da política, na prospecção e prescrição dos termos de uma democracia do porvir, tanto em nível nacional quanto em nível internacional. Metodologicamente, as investigações terão como objeto de análise as experiências concretas que ocorrem ao redor do planeta desde o fim dos anos 1980 -- na América Latina, na África, no Leste Europeu e na Ásia -- , observando as implicações práticas decorrentes do modo próprio que os princípios da governança se efetivam nesses contextos plurais, formalmente, democráticos. Na disposição filosófica para reconstruir a democracia destruída de Atenas, se concentravam estudo de teorias da administração do Estado; os conceitos de justiça e as práticas éticas de justificação na atuação política e no direito; o sistema educacional necessário para a formação do cidadão; e a racionalidade da decisão em favor do coletivo. Daí o caráter interdisciplinar da investigação aqui proposta. Dado o caráter aberto, mutante, próprio dos princípios de governança que se denominam democráticos, a construção e reconstrução de democracias não param de encontrar obstáculos na história, não apenas no que diz respeito à sua expressão político-institucional, mas também em seus aspectos sociais, culturais e éticos, apontando assim a necessidade constante de revisão da legitimidade democrática contemporânea. Neste sentido, o foco deste grupo de pesquisa é trabalhar a questão: Democracia, em que estado?