Poucos símbolos tangíveis abrigam, em si, simplicidade e grandeza, humildade e majestade, como as pérolas. Tais joias, vivas por essência, são paciente e silenciosamente formadas, camada a camada, em crisol de madrepérola. De nuances e formatos distintos, não há duas idênticas, demonstrando a natureza, em sua sabedoria, que, mesmo entre seus próprios artesãos, plurais são as formas de manifestar sua poesia. Em semelhante ofício, de uma única ideia, palavra ou sentimento, o poeta recama e recena, verso a verso, os mais belos tributos de sua alma: verdadeiras pérolas de si.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias / Romance