"Hapia abriu os olhos sem entender onde estava, mas esqueceu qualquer preocupação momentânea quando olhou a imensidão azul acima e a bola de fogo brilhante queimando perto do horizonte. Em seus vinte e dois anos de vida, era a primeira vez que colocava os olhos castanhos no céu e no sol. Era cem vezes mais bonito do que imaginava quando ouvia as histórias do pai e dos irmãos, e imensuravelmente mais majestoso e confortante do que o teto da cidade Sobek, onde passara a vida inteira. Se havia sido trazida a arena tão de repente, era porque algo estava errado. A contemplação do céu teria que ficar para depois, seu pai estava em algum lugar precisando dela."
O povo do Antigo Egito foi obrigado a construir e viver dentro de uma pirâmide gigante para se esconder de um ser mais poderoso que seu Panteão. A pirâmide é tão grande, que é dividida em várias cidades, cada uma com um Deus patrono diferente. Os deuses e cidades vivem em conflitos entre si tentando se manter em uma posição mais segura e com mais recursos dentro da pirâmide.
O livro é uma fantasia que mistura o mito da caverna com a cultura e mitologia do Antigo Egito. O maior diferencial do livro é se tratar de uma história onde os personagens estão presos a uma sociedade que tem medo de mudar o jeito de ser por receio do que possa haver fora da pirâmide. As cidades poderiam viver de forma melhor, mas não o fazem por medo de que qualquer mudança acabaria com a segurança deles. Cabe aos personagens se desenvolverem para ir justamente contra essas resistências a mudanças na sociedade.
Aventura / Fantasia / Infantojuvenil