Manual de fontes de informação

Manual de fontes de informação Murilo Bastos da Cunha


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É provável que a palavra referência, nos sentidos que tem na biblioteconomia de língua portuguesa, haja chegado por aqui nos idos de 1940, trazida pela influência norte-americana sobre uma nova geração de bibliotecários, que, no Rio de Janeiro e em São Paulo, procuravam modernizar as práticas bibliotecárias aqui adotadas. Como em muitos outros casos, prevaleceu a semelhança fonética e ortográfica, em detrimento do sentido que já poderia existir associado a palavras de há muito presentes no português. O fato é que, apesar de qualquer preocupação preciosista, o sentido novo foi incorporado ao português e também a outras línguas, e obra de consulta passou a ser ‘obra de referência' e ‘sala de consulta' virou ‘sala de referência'. Assim como ‘cota' virou ‘número de chamada' e hoje em dia site se incorpora como tal, deslocando para outros mapas semânticos o seu equivalente ‘sítio'. Se nossas bibliotecas sempre tiveram obras de consulta, isto é, de referência, o fato é que estas somente adquiriram o estado diferenciado de fontes de informação quando foram criados os primeiros serviços de referência no país, na década de 1940. Esses serviços, que tanto evoluíram em nossas bibliotecas, dependem não apenas de suas coleções, mas também de listas seletivas e comentadas daquelas obras que podem ajudar o bibliotecário em seu trabalho de atendimento aos leitores que buscam informação. Se, em outros países, há um grande número desses guias ou manuais de referência, sua produção no Brasil tem sido esporádica e escassa. Aqui, como é assinalado no prefácio de Paulo da Terra Caldeira, o autor apresenta um "espectro mais amplo" do que aquele tentado pelos antecessores brasileiros "abrangendo tipos de materiais indispensáveis para consulta no cotidiano da população" que "facilitam a identificação e o conhecimento de enorme número de fontes e mecanismos para recuperação de informação em meio eletrônico". Em 1957, a bibliotecária argentina Josefa Emilia Sabor publicou seu Manual de fuentes de información, que marcou gerações de estudantes e profissionais, não só pela proximidade com nossa realidade (contava com um apêndice sobre obras de referência brasileiras feito por Bernadete Sinay Neves, da Universidade da Bahia) como também pela facilidade de compreensão do castelhano, ao contrário das outras alternativas disponíveis, em inglês ou francês. Ao adotar, neste livro, o bibliônimo usado por Josefa Emilia Sabor, o autor espera que seu livro venha a ter uma utilidade que se aproxime, tanto quanto possível, da que teve o Manual de fuentes de información. E que seja visto como uma homenagem à ilustre colega argentina.

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João
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17/06/2012 07:30:31

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