Memorias Encontradas numa Banheira (Mundos da Ficção Científica #36)

A história passa-se num futuro distante e conta-nos na primeira pessoa o relato da insanidade burocrática de uma organização militar encerrada dentro de um complexo subterrâneo sem qualquer contacto com o mundo exterior. Trata-se de um delírio kafkiano em que este agente tem de tentar cumprir uma missão misteriosa e nunca bem esclarecida de "investigar localmente, controlar, pesquisar, eventualmente provocar.

Estas Memorias, do título do livro, são encontradas num futuro remoto, quando tudo se modificou nos Estados Unidos, a começar pela lingua, o que torna o documento quase inteligivel para os eruditos paleógrafos da época, embora para nós seja perfeitamente claro.

Toda a primeira parte do livro é uma descrição indireta desse mundo futuro, escrita obviamente numa linguagem da época, constituindo-se num desafio aos tradutores, pois algumas palavras importantes passaram a ter um sentido misterioso ou controvertido, e foram deformadas pelo passar do tempo.

E houve um fato que provocou essas radicais transformações: uma praga destruiu tudo o que era papel, que em grande parte é a nossa, desapareceu por inteiro.

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