Estamos sós no mundo.
Não houve criação, não houve criador.
Deus não existe.
Essa ideia, tão corajosa quanto ousada, não é defendida por um materialista qualquer, mas por um dos mais notáveis gramáticos do país, o professor Napoleão Mendes de Almeida, que agora se aventura, com notável brilho, pelos caminhos da Filosofia.
Deus não existe, afirma o professor Napoleão, e a criação do mundo não passa de uma composição dramática.
O universo é infinito, todas as coisas sempre existiram e são infelizes todos os que nasceram dentro de uma religião, assim como são infelizes todos os que, religiosos ou não, rejeitam o diálogo e - como na Idade Média - preferem discutir sobre quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete.