Esperei até dez para as seis para voltar à agropecuária, e descobri que TODOS os animais que estavam lá para doação, naquele dia, tinham arranjado dono e ido embora – todos menos um cachorrinho que estava abandonado lá no canto de uma jaula, abanando um rabinho que parecia um fio de lã preta do tamanho de um dedinho de bebê – foi um momento mágico, aquele, quando peguei Atahualpa no colo, embrulhei-o num florido pano vermelho e fui com ele até o carro, mostrando-lhe o que havia ali por fora e começando nossa primeira conversa:
- Olha só, Atahualpa, veja como o mundo é grande!