'Meu lar é o botequim - alcoolismo e masculinidade' tem como temática central o ébrio e as tensões em torno da construção da masculinidade. O livro se inscreve numa nova tendência da historiografia - os estudos de gênero - que vem contribuindo no sentido de tornar a História um discurso crítico em relação às idéias universais e às naturalizações. O texto aborda as representações de gênero emergentes no discurso médico e musical no período que vai de 1890 a 1940, chamando atenção para o fato de que os perfis masculinos e femininos que aparecem nestes discursos são móveis, cambiantes e relacionais. A abordagem se destaca ao focalizar a construção histórica das masculinidades, temática bastante atual e com escassa bibliografia.