Meu Primeiro Amor

Premiado pela Academia Francesa e aplaudido pelo público, que exigiu várias edições do livro, MEU PRIMEIRO AMOR, agora incluído na "Coleção Rosa", é um dos mais célebres romances de ficção destinada às moças.
Jean de la Brète conta, na sua afortunada obra-prima, a história de uma jovem órfã entregue aos cuidados de uma tia ranzinza e irritante e educada por um padre bonachão e humano.
A pobre mocinha, de alma terna e espírito inquieto, espécie de Gata Borralheira moderna, ama a fantasia e o sonho, constrói castelos no ar, vive os romances de amor que lê e suspira pelo casamento com um moço que seja o seu príncipe encantado.
O tão ansiosamente aguardado príncipe surge-lhe, um dia, na figura de um rapaz forte, sadio e glutão, que se apaixona, no entanto, pela prima da heroína, coisa que ela só muito tardiamente vem a perceber.
Longe de seu querido cura, que é depositário de sua mais profunda estima, e desenganada no amor, a moça se sente infeliz, desgraçada mesmo. Mas o destino, caprichoso às vezes, possui uma secreta sabedoria, e trama acontecimentos de modo a que a felicidade retorne ao coração da jovem, que conquista, enfim, o seu tão desejado esposo e lhe dá novamente o convívio amável do velho padre compreensivo.
Romance alegre, pleno dessa graça típica do espírito gaulês, MEU PRIMEIRO AMOR é livro que se lê com agrado de página a página. Aqui espouca uma risada franca; ali um fio de melancolia, com certo sabor de música ao longe; além, uma ponta de ironia; mais adiante, um episódio inesperado; de repente, uma situação terna e sentimental - e assim, através de situações sempre brilhantemente descritas, vai correndo a narrativa de Jean de la Brète, para o agrado permanente de sua leitura.
Obra feita de propósito para moças, MEU PRIMEIRO AMOR constitui entretenimento fascinante, quer por sua leveza e humor, quer pela vivacidade da narrativa, quer pela movimentação do enredo e quer, ainda, pela mestria de sua realização literária, invulgar mesmo no gênero.