Minha moto, eu e a América

Minha moto, eu e a América Miragaia René Angelino

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Minha moto, eu e a América


45.000 quilômetros percorridos de motocicleta através do continente sul-americano




...As coisas que Gaia arrolou neste seu magnífico livro, onde as aventuras se atropelam com o impossível, prendem o leitor pelo contraste. Ora é uma praia na nossa pacata Santa Catarina onde só se permite tomar banho nu, conforme recomenda um mal-encarado baixinho peludo que de cobertura só tinha um vistoso relógio ou então, num salto já agora a bordo de um teco-teco, em Nazca no Perú, de onde nos conta ter visto no chapadão da serra, planura parecendo pistas de aeronaves, além de figuras gigantescas formadas por pedras justapostas. Quem teria feito coisas assim tão estranhas, como contornos de uma baleia ou de um avantajado lagarto ou, mais surpreendente ainda, a figura gigantesca de um astronauta? Como se o contintente fosse pequeno, eis Gaia cá embaixo, no extremo argentino, assistindo baleias e filhotes passeando tranquilos à flor d'água, enquando bandos de lobos marinhos se espreguiçam ao sol. De repente, registra ele um fenômeno comum naquelas alturas, os "monzones" que nada mais são do que choques de ventos quentes do Continente, com outros frígidos do mar. Conta Gaia que a tempestade que isso ocasiona, é imprevisível. Uma que tensão elétrica paira no ar pondo no chão as criaturas. Na sua bem-conduzida narrativa, nosso motociclista destaca como empolgante, mas plena de sacrifícios, a subida na cordilheira dos Andes por trilhas estreitas, tortuosas e empedradas que, aliadas à fúria e ao descontrole dos ventos, cobram daqueles que se aventuram um preço muito alto. Não se há de destacar nas narrativas do explorador Gaia pontos altos e baixos, tão-somente porque não os há. Tudo é surpreendente. O belo se confunde com o pitoresco e este com o insólito, quando fala das tentativas de assalto. O mundo histórico dos incas, por tudo que foi visto, empolgou o explorador como um testemunho do esforço da criatura para fazer o que fez numa região inóspita como a das cordilheiras . De outro lado, Gaia nos fala da mais alta queda dágua do Planeta nos limites Brasil-Venezuela, cujas águas se despencam em plena floresta, a mais de 1.000 metros de altura.

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Resenhas para Minha moto, eu e a América (2)

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on 8/12/09


Gaia tem uma narrativa, recheada de detalhes. Sua experiência em aventuras é incrível. Pena que não cita o ano em que a aventura foi feita. A partir de alguns fatos, pode-se deduzir que foi no início dos anos 90. Algumas histórias são tão incríveis que chego a pensar que nem todas podem ter sido verdade. De qualquer forma, é um bom livro de aventura.... leia mais

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RoKombatente
cadastrou em:
08/12/2009 13:48:42

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