Um dos melhores romances de Samuel Beckett.
'Molloy' divide-se em duas seções. Na primeira, é o próprio Molloy, o 'narrador-narrado', quem fala; na segunda, é Moran, homem encarregado de vigiá-lo. A história que os dois - cada um à sua maneira - tentam registrar, é a das idas e vindas de Molloy, num vai-e-vem que alterna lugares abertos e fechados, a partir do apartamento de sua mãe - e que mimetiza os impasses das frases curtas e da própria linguagem. O livro caracteriza-se pelas ações dramáticas que apresenta, incluindo um caso de amor e um de morte. Mas a verdadeira 'ação', tratando-se de Beckett, está na própria linguagem - ainda que seja a de comunicar a incomunicabilidade moderna.
Ficção / Literatura Estrangeira / Romance